Último precursor a abandonar seleção, Júnior Negão crê em domínio

Luiz Gabriel Ribeiro
Em São Paulo

A última peça de uma geração que transformou o futebol de areia de uma simples brincadeira para um esporte profissional, reconhecido pela Fifa, entidade que organiza campeonatos mundiais anualmente, saiu de cena após o adeus de Júnior Negão. O desafio, portanto, é fazer a passagem de um ciclo para outro de uma maneira pela qual a seleção brasileira consiga manter o nível técnico para dar sequência à hegemonia do país na modalidade.

CONFIANÇA EM MANTER O DOMÍNIO
Divulgação/CBBS
Negão aponta Júnior, ex-Flamengo, como fundamental para consolidação do esporte
Divulgação/CBBS
Técnico Alexandre Soares afirma que time tem experiência para suportar a pressão
DIRIGENTE, JÚNIOR NEGÃO TRABALHA
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"Temos um time tricampeão mundial. A seleção está no caminho certo e continua com grandes jogadores", comenta Júnior Negão. Alexandre Soares, técnico da equipe, também lembra as conquistas do passado, mas ressalta que a atual geração tem experiência para manter o domínio.

"A base que atuou nas últimas competições está mantida, mas com o desfalque importante do Júnior Negão. Já temos um período de três anos juntos, e o elenco é bastante experimentado para suportar a pressão de ter que buscar o tetracampeonato mundial neste ano", assegura o treinador.

Ex-atletas como Júnior, Edinho, Zico e Paulo Sérgio foram fundamentais para a consolidação do esporte. Júnior Negão é tratado por Soares como alguém com a mesma importância para o desenvolvimento do futebol de areia.

"A idade chega para todos e não foi diferente com o Júnior Negão. Mas ele foi inteligente, porque parou por cima, com o reconhecimento de todos. Escolheu um ótimo momento para se aposentar e agora faz bom trabalho como dirigente", lembra Soares.

Apesar da importância para o esporte, Júnior Negão faz questão de lembrar outros nomes que fizeram a modalidade crescer. Um dos mais exaltados é Júnior, ex-jogador do Flamengo. "Júnior era um cara que sempre dava exemplo e não tinha tanta necessidade de se dedicar quanto os demais jogadores. Ele foi um dos principais responsáveis pela profissionalização e o aumento da seriedade do esporte", aponta o ex-jogador, que assegura que não foi difícil deixar de jogar.

"Não foi complicado parar de jogar, porque me preparei para sair no momento certo, com as pessoas pedindo para eu ficar, e não o contrário", destaca Júnior Negão, que encerrou a carreira com 318 jogos pela seleção brasileira.

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