Com cabelos desgrenhados e a indefectível camisa 10, Diego Maradona pega a bola, arma o chute e... é desarmado. Minutos mais tarde volta para seu lugar de origem, a reserva.

Essa é a rotina de um dos sobrenomes mais ilustres do futebol em Marselha, no Mundial de futebol de praia.

Mas não se trata do craque argentino Diego Maradona, e sim de seu filho renegado, o italiano Diego Maradona Jr.

Com aparência física semelhante ao pai com quem teve pouquíssimo contato durante seus 22 anos, o jovem atleta da seleção da Itália busca na areia o Mundial que lhe sobrou para conquistar.

Depois de tentar seguir os passos de seu pai e virar jogador profissional (chegou a integrar times da base do Napoli), Maradona Jr. tenta ajudar a Itália a obter o inédito título e, ao mesmo tempo, desvincular sua imagem do Maradona argentino e bem mais famoso.

Nesta quinta-feira, a seleção italiana venceu a França (5 a 2) e, na condição de zebra do torneio, deu mais um passo em direção à difícil missão de bater potências da modalidade, como Portugal e Brasil, que também avançaram às semifinais do Mundial em Marselha e agora se enfrentam _os brasileiros, que defendem o título, passaram pela Rússia (6 a 4).

Maradona Jr., no entanto, procura não extrapolar sua condição dentro de sua equipe, a despeito de todo o peso que seu sobrenome tem. Como reserva, o filho do craque argentino escolhe a humildade quando fala sobre si.

"Acho que sou um bom jogador. Não sou no mesmo nível dele [Maradona], mas sou bom", afirma o rapaz, filho de um relacionamento extraconjugal de Maradona na época em que jogava na Itália.