| | 24/06/2005 - 00h57
Tim Duncan se redime, é eleito MVP e leva Spurs ao tricampeonato Da Redação
Em São Paulo A NBA tem um novo campeão. O San Antonio Spurs destronou o Detroit Pistons ao vencer o sétimo jogo da final por 81 a 74, nesta quinta-feira, em San Antonio, e fechar a série decisiva da liga em 4 a 3. Este foi o terceiro título da história da franquia.
 | | | Presente nos três títulos dos Spurs, Duncan é eleito o melhor das finais; veja as fotos |
E o grande responsável pela conquista foi mais uma vez o ala-pivô Tim Duncan, único jogador presente nas três conquistas dos Spurs. Bastante criticado por suas atuações nas últimas partidas, ele se redimiu no sétimo jogo.
Com 25 pontos e 11 rebotes, além de três assistências e dois bloqueios, ele comandou a reação da equipe no terceiro quarto e acabou eleito o jogador mais valioso das finais. Foi a terceira vez que Duncan recebeu o prêmio.
"Eu não ouvi nada do que foi dito sobre mim. Queria vir aqui e dar o meu melhor", disse o jogador após receber o troféu de MVP. "É uma grande honra ser escolhido, mas esse time tem muitos MVPs", completou. "Lutamos muito por isso. Foi incrível".
Outro destaque da campanha dos Spurs foi o reserva Robert Horry, que alcançou o sexto título de sua carreira pela terceira equipe diferente. Curiosamente, ele também enfrentou seis equipes distintas nas seis vezes em que saiu vitorioso da final.
| A CAMINHADA RUMO AO TRI | Temporada regular:
2º no Oeste (59v e 23d) | Primeira rodada:
4 x 1 sobre o Denver Nuggets | Semifinal do Oeste:
4 x 2 sobre o Seattle Sonics | Final do Oeste:
4 x 1 sobre o Phoenix Suns | Decisão do título:
4 x 3 sobre o Detroit Pistons |
"A chave da vitória foram os erros. Não cometemos tantos como nos outros jogos. Tomamos conta da bola e acertamos arremessos excelentes", comentou o veterano, bicampeão pelo Houston Rockets e tricampeão com o Los Angeles Lakers.
O título coroou a equipe mais estrangeira de toda a liga. Nada menos que cinco jogadores nascidos fora dos EUA fazem parte do elenco dos Spurs: Tim Duncan (Ilhas Virgens), Manu Ginóbili (Argentina), Tony Parker (França), Rasho Nesterovic (Eslovênia) e Beno Udrih (Eslovênia).
"Estou incrivelmente feliz. Não poderia estar mais. É um sentimento inacreditável. Acho que preciso de outro corpo para poder sentir isso", comemorou Ginóbili, campeão olímpico em Atenas com a Argentina, que fez 23 pontos nesta quinta-feira.
O técnico Gregg Poppovich, que também comandou a equipe nas conquistas anteriores, fez questão de elogiar o adversário. "Enfrentamos um grande time. Não sei como conseguimos vencer, mas estou muito satisfeito", comentou.
 | É uma grande honra ser escolhido, mas esse time tem muitos MVPs. | | |  | Tim Duncan
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O Detroit Pistons lamentou a fraca atuação de seus principais cestinhas, os armadores Richard Hamilton (15 pontos) e Chauncey Billups (13 pontos), na sétima partida. Mas reconheceu a superioridade do adversário nesse jogo.
"Eles jogaram muito bem. Temos que dar o crédito. Tim Duncan foi espetacular hoje. Acho que o melhor time venceu. Mesmo assim, estou orgulhoso de meus jogadores", afirmou o técnico Larry Brown, que deve deixar o cargo nos próximos dias.
O jogo
Empurrados pela torcida, os Spurs começaram a partida tentando imprimir um ritmo de jogo veloz, principalmente através das arrancadas do argentino Manu Ginóbili. A estratégia surtiu pouco efeito, já que logo depois de fazer 4 a 2, o time da casa viu o rival virar para 6 a 4.
O nervosismo de ambas as equipes era evidenciado pelo excesso de erros. Maior cestinha dos Pistons na temporada, Richard Hamilton perdeu duas cestas fáceis consecutivas. Mais experiente, porém, o Detroit se acalmou mais rápido e, uma cesta de Chauncey Billups, abriu seis pontos (12 a 6).
 | | | Manu Ginóbili enterra: argentino foi peça fundamental na conquista dos Spurs |
A reação incendiou a torcida, que viu o reserva Robert Horry, herói da vitória na quinta partida, marcar oito pontos e assegurar a vitória por 18 a 16 no primeiro quarto.
No segundo período, foi a vez dos Pistons começarem melhor e pularem na frente com uma cesta de três pontos de Prince (23 a 20). As duas equipes seguiram se alternando no comando do placar, mas o Detroit foi para o intervalo vencendo por 39 a 38.
Curiosamente, os dois cestinhas do primeiro tempo foram jogadores que normalmente não marcam muitos pontos. Melhor jogador de defesa da temporada, Ben Wallace marcou 12 pontos para os Pistons, enquanto Horry anotou dez para os Spurs.
Rasheed Wallace cometeu sua quarta falta logo no ínicio do terceiro período, deixando o técnico Larry Brown preocupado. Mesmo assim, os Pistons melhoraram em quadra e, explorando bem a combinação de defesa agressiva e contra-ataque, abriram nove pontos, a maior vantagem até então.
No pior momento dos Spurs na partida, Tim Duncan chamou a responsabilidade e comandou a reação dos donos da casa. Sem Wallace e McDyess, poupados por causa do excesso de faltas, a defesa de Detroit não conseguia parar o astro de San Antonio.
| Acho que o melhor time venceu. Mesmo assim, estou orgulhoso de meus jogadores. | | | | Larry Brown
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Com isso, Duncan aproveitou para empatar o jogo em 53 pontos e depois virar para 57 a 55. Uma cesta do reserva Lindsey Hunter no último segundo, no entanto, decretou o empate ao final do quarto.
O último período começou com o San Antonio pulando na frente por 61 a 59. Em seguida, Horry acertou um arremesso de três pontos e ampliou para 64 a 59. Com pontaria certeira de longa distância, os Spurs abriram 72 a 65, sua maior vantagem na partida até então.
Atrás no marcador, o Detroit se enervou. Passou a forçar as jogadas de ataque e, preso na marcação adversária, não conseguiu reagir. Com a torcida já em festa, os Spurs administraram o cronômetro e asseguraram a conquista do tricampeonato.
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