O dono do Botafogo, John Textor, acusou de forma incisiva manipulação de resultados no Brasileiro de 2022 e 2023, citando dois jogos em que teriam favorecido o Palmeiras.
Há lacunas nas acusações quando confrontadas com informações da empresa "Good Game!", responsável pelo relatório base do executivo para suas alegações.
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As brechas sem explicação foram expostas pelo depoimento do Chairman da Good Game, Pierre Sallet, e o CEO, Thierry Hassanaly, em audiência pública no Senado em 20 de março.
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Senadores da CPI solicitaram que a Polícia Federal investigue as acusações de Textor e pediram sua convocação para depor na comissão.
Durante a audiência, a sensação foi de que a "Good Game!" é capaz de levantar suposições, mas não de comprovar manipulação, o que contrasta com as alegações de Textor.
Identificou-se lacunas nas acusações de Textor ao confrontá-las com a posição da empresa, como a falta de explicação sobre como chegam à conclusão de que um jogador errou de propósito.
A empresa informou não fazer monitoramento em larga escala de jogos no Brasil e não explicou o critério para escolha dos jogos analisados.
A "Good Game!" não poderia informar quais jogos foram classificados como manipulados, alegando confidencialidade.
A empresa admite não saber os motivos para manipulação dos jogos do Brasileiro e que seu trabalho é apenas complementar uma investigação policial.
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O alerta feito por Textor à CBF sobre manipulações em jogos da Série A teve sua eficácia questionada, pois o e-mail pode ter caído em spam.
Textor alegou ter mais provas além do relatório da Good Game, porém, o STJD só recebeu o relatório da empresa, sem outras evidências.
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As supostas evidências apresentadas por Textor ficaram comprometidas pela divulgação pública dos jogos suspeitos, enquanto a "Good Game!" manteve confidencialidade sobre suas análises.
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