Só 13 Estados têm maioria governista em assembleias; RR tem o menor apoio

Do UOL, em São Paulo

Das 27 unidades federativas, apenas 13 delas terão assembleias legislativas com maioria governista, segundo levantamento baseado na coligação dos governadores eleitos após os resultados do segundo turno neste domingo (26). A pior situação é a de Roraima, que elegeu apenas um deputado da chapa governista.

Entre os Estados que conquistaram maioria ampla --entre 73% e 60% de deputados governistas--, estão Pernambuco, Paraná, Ceará, Goiás, Piauí, Rio de Janeiro, Acre e Santa Catarina.

Outros governos estaduais que têm maioria, mas com porcentagem mais apertada, entre 54% e 51%, estão Amazonas, Sergipe, São Paulo, Bahia e Pará.

Em votações, as assembleias estaduais necessitam de número de deputados diferentes dependendo do teor da matéria em pauta para aprová-la. Em alguns casos, como na votação pela suspensão de imunidade de deputados, admissão de acusação contra o governador e perda de mandado do deputado, é necessário maioria de dois terços dos membros da Casa.

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Em outros, como a aprovação de projeto de lei complementar, veto a projeto de lei e eleição dos membros da mesa, é preciso maioria absoluta (metade mais um dos membros). Há ainda maioria simples (maioria dos presentes na sessão) para projetos de lei ordinária e maioria de três quintos para emendas constitucionais.

Em entrevista à Folha, o cientista político Marco Antonio Teixeira (FGV) alertou que Estados com maioria governista ameaçam a autonomia do Legislativo, que tende a aprovar menos projetos próprios e mais os do Executivo. "O risco é a Assembleia se tornar uma casa homologatória, e não de discussão de projetos."

Minoria nas assembleias

Dos 14 Estados em que os governadores deverão buscar apoio de deputados eleitos fora de sua coligação, oito têm entre uma taxa 46% e 31% de apoio nas assembleias. São eles: Mato Grosso, Alagoas, Espírito Santo, Rondônia, Minas Gerais, Paraíba, Tocantins e Maranhão.

Dos que se encontram em pior situação, ou seja, contam com menos de um quarto de deputados eleitos pertencentes à coligação, estão Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Amapá, Distrito Federal e Roraima. Na lanterna, o Estado elegeu apenas o deputado estadual Brito Bezerra (PP) pela coligação Salve Roraima (PP / PTB / DEM). 

Única governadora eleita do país, a pepista Suely Campos terá como principal desafio ao assumir o cargo a articulação política com 20 partidos que compuseram a coligação de Chico Rodrigues (PSB). Entre eles estão o PSDB, que governou Roraima por dez anos, e o PMDB, que têm o costume de se aliar com o governante de situação.

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