Em 11 Estados e no DF, governadores eleitos são "estreantes" no cargo

Do UOL, em São Paulo

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    'Estreantes' como governadores, Rui Costa (PT-BA), Robinson Faria (PSD-RN) e Paulo Câmara (PSB-PE) foram eleitos neste ano

    'Estreantes' como governadores, Rui Costa (PT-BA), Robinson Faria (PSD-RN) e Paulo Câmara (PSB-PE) foram eleitos neste ano

Em 12 Estados, os governadores eleitos vão exercer o mandato pela primeira vez. Só três deles são herdeiros políticos do atual governador. Rui Costa (PT) substitui Jaques Wagner (PT) na Bahia; Camilo Santana (PT) foi bem-sucedido ao receber o apoio de Cid Gomes (Pros); e Paulo Câmara (PSB) recebeu o legado de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo durante a campanha, em agosto. Todos usaram cargos no secretariado estadual para se alçar à candidatura e nenhum deles havia assumido um posto eletivo no Executivo antes.

Renan Filho, herdeiro de Renan Calheiros (PMDB-AL), é o governador mais jovem eleito em 2014. Ele derrotou Benedito de Lira (PP), o Biu, já no primeiro turno, usando da força política de sua família no Estado.

Em Roraima, Suely Campos (PP) substituiu o marido na disputa e conseguiu se eleger, batendo o atual governador, Chico Rodrigues (PSB). Antes, ela só havia sido prefeita da capital, Boa Vista.

Em alguns Estados, a eleição do "estreante" tira do poder o partido historicamente mais forte. Fernando Pimentel (PT), em Minas Gerais, desbancou a hegemonia do PSDB após 12 anos. Reinaldo Azambuja (PSDB), no Mato Grosso do Sul, é o primeiro tucano a governar o Estado, após uma alternância de PT e PMDB no Executivo.

Flávio Dino (PCdoB), primeiro comunista a ser eleito governador, no Maranhão, desbancou o candidato da família Sarney. Ele é ex-presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo). 

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Radiografia dos governadores eleitos também mostra um país rachado; nove partidos dividem o Executivo das 27 unidades federativas do Brasil

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Robinson Faria (PSD), no Rio Grande do Norte, derrotou Henrique Eduardo Alves, de família tradicional no Estado e atual presidente da Câmara dos Deputados. Ele contou com o apoio decisivo do ex-presidente Lula, que gravou vídeo para a campanha pedindo votos para o então candidato. Alves criticou o posicionamento de Lula, mas não alterou o resultado nas urnas.

No Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) manteve a tradição dos gaúchos de nunca reeleger um mandatário, ao vencer o atual governador, Tarso Genro (PT). Desconhecido por boa parte do eleitorado, foi apresentado como uma figura distante do político tradicional e emplacou como "gringo", apelido dado aos descendentes italianos da serra gaúcha.

No Distrito Federal e em Mato Grosso, os vencedores acabaram beneficiados pela saída de dois fichas-sujas da disputa. Em MT, o deputado estadual José Riva (PSD) teve a candidatura barrada com base na lei da Ficha Limpa e colocou a mulher, Janete Riva, em seu lugar, que ficou apenas em terceiro lugar. Pedro Taques (PDT) foi eleito no primeiro turno.

No DF, Rodrigo Rollemberg (PSB) venceu o segundo turno contra Jofran Frejat (PR), que substituiu Arruda quando o ex-governador teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral.

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