TRE-MG sorteia urnas para processo de votação paralela
Danilo Macedo
Da Agência Brasil, em Belo Horizonte
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sorteou na manhã de hoje (25) quatro seções eleitorais do estado (uma na capital e três no interior) para terem as urnas eletrônicas auditadas por meio da chamada votação paralela. O presidente da Comissão de Votação Paralela, juiz Fernando de Vasconcelos Lins, explicou que o processo tem o objetivo de comprovar a segurança e a confiabilidade do sistema eletrônico. Foram chamados para participar representantes do Ministério Público, de partidos políticos e coligações, de entidades representativas da sociedade e demais interessados.
"O processo é importante para comprovar que a urna eletrônica é isenta de fraude, não tem como ser alterada e que todos os votos realmente lançados nela são totalizados e impressos ao final da votação", disse à reportagem. As seções sorteadas hoje durante audiência na sede do TRE-MG, além de Belo Horizonte, ficam em Betim, Governador Valadares e Montes Claros, todos municípios com mais de 200 mil eleitores.
A urnas que estariam amanhã nas seções sorteadas estão sendo buscadas agora nos locais onde estão armazenadas, por fiscais, auditores e representantes das coligações, com a escolta da Polícia Militar. Nos casos dos municípios mais afastados, foi disponibilizado um avião para o transporte. "O sistema é bastante caro, a gente dispende aeronaves para buscar as urnas, então entendemos que quatro urnas do estado, sendo de lugares diferentes, vão mostrar a lisura do processo", destacou Lins.
As urnas recolhidas serão substituídas por outras de contingência e chegarão ainda hoje à sede do TRE-MG, onde amanhã serão submetidas ao processo de votação paralela, com gravação de todos os procedimentos e verificação dos resultados. Neste domingo, a partir das 8h, a Comissão de Votação Paralela providenciará pelo menos 500 cédulas de votação por seção eleitoral sorteada que serão preenchidas por representantes dos partidos políticos e coligações e guardadas em urnas de lona lacradas. Em seguida, os votos são inseridos na urna eletrônica. "Ao final, vamos encerrar a votação, imprimir o boletim de urna e conferir se bate com o sistema eletrônico. Até hoje não houve problema algum", explicou.
Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país, com 15,2 milhões de eleitores, ficando atrás apenas de São Paulo. Como as eleições para o governo do estado foram decididas ainda no primeiro turno, com a vitória de Fernando Pimentel (PT), os eleitores mineiros votarão apenas para a escolha do próximo presidente do país. Tanto Aécio Neves (PSDB) quanto Dilma Rousseff (PT) nasceram em Belo Horizonte, capital do estado.