Rollemberg cita Arruda e Estevão para atacar Frejat em debate no DF

Do UOL, em Brasília

  • Pedro Ladeira/Folhapress

    Os candidatos ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR), participam de debate promovido pelo UOL, "Folha de S. Paulo" e SBT, em estúdio da filial do SBT em Brasília, nesta segunda-feira

    Os candidatos ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR), participam de debate promovido pelo UOL, "Folha de S. Paulo" e SBT, em estúdio da filial do SBT em Brasília, nesta segunda-feira

O candidato ao governo do Distrito Federal pelo PSB, senador Rodrigo Rollemberg, citou políticos presos por corrupção que são aliados de Jofran Frejat, candidato do PR, para atacar seu adversário durante debate organizado pelo UOL, pelo jornal "Folha de S.Paulo" e pelo SBT.

"Eu fico impressionado como você tenta sair fora dos seus aliados, do ex-senador Luiz Estevão seu aliado que está preso, Valdemar Costa Neto, que é seu aliado e está preso. Seu padrinho [José Roberto Arruda (PR)] não pode sequer ser candidato", afirmou Rollemberg.

Frejat assumiu a disputa pelo governo do DF em setembro, quando a candidatura de Arruda foi barrada pela Justiça Eleitoral.

Para se defender, Frejat afirmou que é o candidato ao governo e que se eleito será responsável por seu governo e não seus aliados. "Como ele [Arruda] foi impedido de manter sua candidatura, eu fui ungido pelo meu partido para que eu aceitasse assumir a disputa. Os acertos serão meus, eu não vou decepcionar porque já fiz. Eu tenho que me preocupar com a minha reputação, ninguém aponta o dedo dizendo que estou envolvido em alguma irregularidade", afirmou Frejat.

Rollemberg então atacou o adversário afirmando que ele responde a quatro ações na Justiça por desvio de dinheiro público por ações durante o período que foi secretário da Saúde do DF.

"Respondo [a ações na Justiça] porque comprei remédio para câncer e eu tive que dispensar licitação pelo governo que ele [Rollemberg] participou que não comprou os remédios. Eu tive ações e me livrei de todas", defendeu Frejat. As acusações foram feitas no segundo bloco do evento.

Em contrapartida, Frejat acusou Rollemberg de ser inexperiente. O candidato do PSB nunca foi eleito para cargos do Executivo.

No primeiro turno, Rollemberg ficou em primeiro com 45,23% da preferência do eleitorado do DF com 692.855 votos. Frejat chegou em segundo com 27,97%, com 428.522 votos. 

Primeiro e segundo bloco

Na primeira etapa do evento, os dois candidatos criticaram o atual governo, que teria dobrado o número de secretarias e aumentado a burocracia, prejudicando o DF. Eles defenderam a redução de cargos comissionados, mas discordaram na escolha do administrador das regiões administrativas.

Frejat acusou Rollemberg de tomar uma atitude eleitoreira ao propor eleição direta para os administradores. Para Rollemberg, a eleição direta é mais democrática. Já para o candidato Frejat, se o administrador for eleito, e não indicado como ocorre hoje, o governador perde autoridade em caso de problemas.

Sobre negociação política Rollemberg tergiversou quando foi questionado sobre como conseguirá governar se eleito com o pequeno apoio que teria na Câmara Legislativa do DF - 4 dos 24 deputados distritais - sem entrar na política do "toma lá, dá cá" e alfinetou o concorrente ao citar a operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que investigou os escândalos envolvendo aliados de Frejat.

"Chegamos no primeiro turno no primeiro lugar, estamos recendo apoio por causa do programa de governo, nós não vamos lotear cargos porque teremos insucesso. Nós vamos inovar com a relação politica, sem o 'toma lá, dá cá' que gerou a Caixa de Pandora muito bem conhecida do adversário", respondeu Rollemberg sem explicar como conseguirá negociar apoio dos distritais.

O candidato do PR também acusou Rollemberg de não propor a criação de uma universidade pública do Distrito Federal, que, segundo Frejat, será uma das prioridades de seu governo.

Na área da educação, Rollemberg afirmou que, se eleito, irá investir em creches e ensino técnico e só posteriormente irá propor a criação de uma universidade distrital.

O segundo bloco do debate foi marcado pela troca de acusações de corrupção e de envolvimento dos candidatos com apoios suspeitos.

Terceiro bloco

No terceiro bloco do debate, Frejat acusou Rollemberg de ter uma "relação permanente" com o atual governador Agnelo Queiroz (PT), de quem o socialista era aliado até 2013. "É evidente que você está com ele [Agnelo]", declarou.

Rollemberg se defendeu dizendo que "fiz, faço e sou oposição ao Agnelo". Ele deixou a base aliada do governador petista em 2013. O senador rebateu dizendo que o PR, partido de Frejat, é da base aliada de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT). Em resposta, Frejat disse que, apesar da orientação do partido nacionalmente, ele apoia a candidatura de Aécio Neves (PSDB) nas eleições.

Ainda neste bloco, os candidatos trocaram ideias sobre as propostas para a cultura, para a regularização dos condomínios no Distrito Federal e para a região do Entorno do DF (que engloba municípios de Goiás).

Quarto bloco

O quarto e último bloco do debate foi dedicado às considerações finais dos candidatos. O debate teve pouco mais de uma hora de duração.

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