Fiel da balança, PMDB poderá dar maioria a Aécio no Congresso

Vinícius Segalla

Do UOL, em Brasília

  • Alan Marques/ Folhapress

    Partido do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) será o fiel da balança em 2015

    Partido do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) será o fiel da balança em 2015

Tanto a presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), quanto o postulante da oposição ao cargo, Aécio Neves (PSDB), poderão ter maioria no Congresso Nacional em um eventual governo a partir de 2015, mas isso dependerá do apoio do PMDB ao presidente que será eleito no próximo dia 26.

Hoje, o apoio formal do PMDB, do vice-presidente Michel Temer e que também disputa a reeleição, é à presidente Dilma, e o partido é o principal aliado do PT no atual governo. Apesar disso, algumas figuras importantes da legenda, como o senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) e os deputados federais reeleitos Danilo Forte (PMDB-CE) e  Darcísio Perondi (PMDB-RS), já declararam apoio a Aécio Neves após o resultado do primeiro turno.

Além disso, desde a redemocratização do país, com as eleições de 1989, o PMDB jamais deixou de apoiar e fazer parte de qualquer governo eleito no Brasil. A partir de 2015, o PMDB contará com 18 parlamentares no Senado.

Se o partido não apoiasse Aécio e considerando os apoios que ele já recebeu até a última quarta-feira, um eventual governo tucano a partir de 2015 contaria com o apoio de 34 dos 81 senadores que ocuparão o Senado a partir de 2015.

O número inclui os parlamentares do PSDB, PSB, DEM, SD, PV, PTB, PSC e mais quatro senadores eleitos do PDT, uma do PP e um do PMDB, que já declararam publicamente seu apoio a Aécio Neves. 

Já se o PMDB viesse a aderir a um eventual governo tucano em 2015, a base de apoio de Aécio no Senado passaria a contar com 51 dos 81 senadores. E este número não inclui partidos que atualmente fazem parte da base de sustentação de Dilma Rousseff, mas que poderiam aderir a um governo tucano, como o PP, o PSD e o PROS.

Já a candidata Dilma Rousseff, teria o apoio de, no mínimo, 47 dos 81 senadores que comporão o Senado a partir de 2015. O número inclui os parlamentares de PT, PMDB (menos o senador Jarbas Vasconcellos, que declarou apoio a Aécio), PDT (menos quatro senadores que anunciaram apoio ao candidato tucano), PP (menos a senadora Ana Amélia, que apoia Aécio), PROS, PSD, PC do B e PRB.

Dissidentes de coligação de Dilma e ex-rivais apoiam Aécio

Câmara dos Deputados

Na Câmara dos Deputados, o atual arco de apoios de Aécio Neves não permitiria que o tucano tivesse maioria na Casa em 2015. Dos 513 deputados, apenas 183 fazem parte dos partidos que apoiam a candidatura do PSDB.

Este número cresceria para 249 se fossem incluídos os 66 parlamentares eleitos pelo PMDB. Aécio chegaria à maioria, no entanto, se conseguisse atrair a seu eventual governo partidos como o PP e o PSD, que contam, respectivamente com 33 e 37 deputados federais.

Já a presidente Dlma Rousseff contará com o apoio de 330 dos 513 deputados federais em 2015, a julgar pela sigla a qual pertencem aos parlamentares e o anúncio formal das legendas sobre qual candidato está apoiando na eleição.

Campanha presidencial 2014
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