Código Penal no Rio não deve ser o mesmo de Roraima e Acre, diz Pezão

Do UOL, no Rio

O atual governador do Rio de Janeiro e concorrente à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), defendeu que cada Estado tenha um Código Penal específico, citando como exemplo as diferenças entre a segurança pública no Rio de Janeiro e em Estados como Rondônia, Roraima e Acre. Pezão é o último candidato a ser sabatinado pelo UOL, pela "Folha de S.Paulo" e pelo SBT, nesta sexta-feira (8).

Pezão afirmou que, logo após tomar posse (no dia 4 de abril deste ano), ligou para o ex-governador de Minas Gerais Antônio Anastasia e para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, para discutir sobre segurança.

"Pelo menos para o Sudeste, (...) a gente não pode ter o mesmo Código Penal no Rio de Janeiro assim como temos em Rondônia, em Roraima e no Acre. Assim como não podemos ter o Código Florestal da Amazônia aqui para a cidade do Rio de Janeiro", disse.

O candidato, que se disse favorável à redução da maioridade penal em casos de crimes hediondos, declarou ainda que a discussão sobre a legislação tem que ser feita pelo Congresso. "Eu tenho que hoje obedecer à lei, ao que o Congresso Nacional determina", afirmou.

Questionado sobre as denúncias de corrupção policial no Estado, Pezão afirmou que "não se pode julgar 60 mil policiais (civis e militares) por 20 ou 30 que erraram". "Se teve um governo que cortou na carne, foi o nosso. (...) Onde houve desvio nós cortamos imediatamente", completou ele, que disse ainda que, desde o início da gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), em 2007, 1.652 policiais (civis e militares) foram demitidos ou expulsos da corporação.

O peemedebista afirmou também que, em sua visão, os casos de corrupção policial nada têm a ver com o processo de formação e ensino: "Não tem formação que cuide do maníaco. Por mais que façamos testes".

Já sobre as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), Pezão disse que "não vai retroceder um milímetro" em sua política de segurança, também utilizada pela chapa do peemedebista como principal bandeira de campanha. Na visão do concorrente à reeleição, as UPPs vão estar sempre submetidas a "testes" --em referência aos ataques de criminosos contra policiais nas favelas. "Hoje o tráfico entra lá, dá um tiro covardemente em um policial ou em uma policial e depois foge", declarou.

Sabatinas

Pezão foi o quarto e último dos quatro principais candidatos ao governo a passar pela sabatina. Ontem (7), Marcelo Crivella (PRB) participou da entrevista. Já Anthony Garotinho (PR) foi sabatinado na quarta (6). O  petista Lindberg Farias abriu o ciclo de sabatinas na terça (5).

Participaram das sabatinas os jornalistas Humberto Nascimento, editor-chefe do "SBT Rio", Maurício Stycer, colunista do UOL, e Fernanda Godoy, repórter da "Folha de S.Paulo".

As datas das sabatinas foram definidas por sorteio na presença de representantes das respectivas campanhas.

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos