Garotinho diz que romperá contrato do Maracanã na 1ª semana de governo

Do UOL, no Rio

O representante do PR na disputa pelo Executivo fluminense, Anthony Garotinho, afirmou que vai cancelar o contrato de concessão do Maracanã em sua primeira semana de governo, caso seja eleito. Ele foi o segundo candidato ao governo do Estado do Rio a ser sabatinado pelo UOL, pela "Folha de S.Paulo" e pelo SBT, na manhã desta quarta-feira (6).

Garotinho defendeu o controle estatal do estádio que foi palco da final da Copa do Mundo do Brasil, no dia 13 de julho desse ano. "O Maracanã tem que ser controlado pelo Estado para que todos os clubes joguem lá. O [valor do] ingresso está fora do padrão do povo. O Estado sempre administrou o Maracanã, através da Suderj", disse ele, referindo-se à Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro.

A responsável pela administração do estádio pelos próximos 35 anos é o grupo Maracanã S.A, da qual fazem parte Odebrecht, AEG e IMX. Segundo o governo do Rio, a concessionária pagará 33 parcelas anuais de R$ 5,5 milhões ao Estado (total de R$ 181,5 milhões).

Para o candidato, o alto investimento feito na reforma do Maracanã, que custou pelo menos R$ 1,2 bilhão, é um dos argumentos que justificam a necessidade de controle estatal. Garotinho afirmou que o estádio "não é um brinquedinho" e fez críticas à gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), antecessor do atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que concorre à reeleição.

"Pelo preço do saco de pipoca [cobrado no estádio], parece que você está na Disneylândia. Os preços são absurdos", declarou.

De acordo com o contrato de concessão firmado com o grupo Maracanã S.A, o Estado terá que compensar a concessionária pelos investimentos feitos caso haja quebra de contrato. No entanto, o documento não fixa o valor.

Garotinho também assumiu o compromisso de que, se for eleito, vai auditar todos os contratos de concessão firmados pelo Estado na área do transporte público. Para ele, as concessionárias que administram trens e metrô, Supervia e MetroRio, respectivamente, precisam mostrar porque "merecem" contratos longos.

"O Sérgio Cabral deu mais 28 anos para a Supervia. Por que? O que eles fizeram para merecer mais 28 anos? (...) O problema não é a prorrogação de contratos, desde que você tenha uma contrapartida", disse.

Sabatinas

Garotinho foi o segundo dos quatro principais candidatos ao governo a passar pela sabatina. Ontem (5), o petista Lindberg Farias participou da entrevista. Na quinta (7), às 11h, será a vez do representante do PRB no pleito, Marcelo Crivella. O atual governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), fecha o ciclo de sabatinas na sexta (8).

As datas das sabatinas foram definidas por sorteio na presença de representantes das respectivas campanhas.

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