Conheça opinião dos candidatos sobre reeleição, ministérios e Bolsa Família
Do UOL, em Brasília, Rio e São Paulo
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Eraldo Peres/AP
Número ideal de ministérios é uma das questões colocadas aos candidatos à Presidência
Levantamento e entrevistas feitas pela redação do UOL mostram a opinião de 10 dos 11 candidatos à Presidência sobre temas polêmicos.
Além de economia, aborto, maconha e ensino religioso, os presidenciáveis foram questionados sobre outros assuntos ligados à política e à sociedade: redução da maioridade penal, fim da reeleição, número de ministérios, Bolsa Família, financiamento público de campanha.
- Eymael (PSDC)A favor. Eymael diz que era contra e mudou de ideia porque, segundo ele, adolescentes de 16 e 17 anos tomam a iniciativa de planejar e executar crimes. O pré-candidato afirma, porém, que a redução será inútil caso o sistema penitenciário não seja reformado. "O sistema penitenciário brasileiro não recupera ninguém"
- José Maria (PSTU)É contra. "O aumento da repressão e da penalização dos crimes no país tem levado ao aumento da violência. Vão aumentar a população das cadeias com crianças para resolver o quê? O combate à criminalidade e à violência tem que ser feito com outras políticas"
- Pastor Everaldo Pereira (PSC)A favor. "Defendemos a redução da maioridade penal, que tem se mostrado cada vez mais uma exigência da população brasileira. Se os jovens brasileiros, a partir de 16 anos, podem votar e escolher o presidente do país, também têm capacidade de discernir e se responsabilizar pelos atos que pratica, seja civil ou penal"
- Dilma Rousseff (PT)Não se posicionou sobre o assunto
- Eymael (PSDC)É a favor. O ex-deputado federal é contra a reeleição nos cargos majoritários e defende a ampliação dos mandatos de quatro para cinco anos
- José Maria (PSTU)A favor
- Luciana Genro (PSOL)"Vou submeter esta proposta a um plebiscito. Minha opinião pessoal, entretanto, é que precisamos garantir a rotatividade no exercício de cargos públicos, mas não acho que uma reeleição seja necessariamente uma burla à democracia"
- Pastor Everaldo Pereira (PSC)Não respondeu diretamente. "Acredito que mais importante que a discussão sobre reeleição é a alternativa de uma sociedade mais próxima da política, de uma política cidadã. Defendemos o fim da obrigatoriedade do voto, defendemos que nas coligações majoritárias não seja acumulado o tempo de TV dos partidos coligados e o fim das coligações proporcionais"
- Dilma Rousseff (PT)Questionada pelo UOL, a candidata não respondeu
- José Maria (PSTU)A favor do programa como política emergencial. "As pessoas que recebem o Bolsa Família precisam dessa ajuda do Estado, devem continuar recebendo essa ajuda enquanto o Estado não garante a elas aquilo que de fato elas merecem, que é emprego, salário digno, saúde pública, educação pública, moradia, transporte coletivo. O Estado hoje tem recursos para fazê-lo, não faz porque dá dinheiro aos bancos"
- Luciana Genro (PSOL)"O Bolsa Família é um programa de inclusão que trouxe um impacto importante na redução da miséria no Brasil. O critério de renda não é suficiente para medir miséria e pobreza. Nós vamos manter o programa e tratar de acelerar o cumprimento de suas metas"
- Pastor Everaldo Pereira (PSC)É contra. "O programa atual está desvirtuado e sendo usado como moeda de troca eleitoral. Se o número de beneficiários está aumentando, é porque a política social está errada e as pessoas não estão sendo reinseridas no mercado de trabalho. No meu governo, vamos manter o Bolsa Família, estimulando o investimento em educação e capacitação no mercado de trabalho, com aumento da sua produtividade"
- Dilma Rousseff (PT)Não se pronunciou sobre o assunto. No entanto, seu partido, o PT, defende o financiamento público
- José Maria (PSTU)A favor, "desde que os recursos colocados à disposição sejam poucos, modestos. O Brasil tem outras prioridades. Acho que tem que proibir o financiamento privado"
- Pastor Everaldo Pereira (PSC)É contra. "Lugar de dinheiro público é na educação, na saúde e na segurança pública, não em campanha política. Pessoas físicas e jurídicas devem ser livres para financiar candidatos e causas que acreditam. O combate à corrupção e ao caixa 2 eleitoral deve se dar com a criação de fórmulas de redução do custo de campanha, não usando dinheiro do povo brasileiro"