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Após campanha marcada por reviravoltas, petista vence Aécio Neves

Dilma Rousseff

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No discurso da vitória, Dilma pede união ao país e diz estar aberta a diálogo

Ao lado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente reeleita disse não acreditar que o país tenha saído dividido das eleições e voltou a falar em plebiscito pela reforma política.

Frases que marcaram a campanha

  • Eu disse que o Lula mudou o Brasil e que o Brasil queria continuar mudando. A continuidade que o país deseja é a continuidade dessa mudança Na convenção do PT que a anunciou como candidata
  • O mensalão foi julgado, e o mensalão mineiro não foi. Nós tomamos todas as providências, não pressionamos juízes nem engavetamos denúncias Ao ser perguntada sobre corrupção em sabatina
  • Essa história de que o povo não sabe votar, porque não se formou em uma universidade é uma falácia. É uma mentira' Após FHC dizer que eleitores do PT são 'menos informados'
  • Onde estão os envolvidos no caso Sivam? Na compra de votos da reeleição? Na Pasta Rosa? No mensalão tucano? Todos soltos Em debate com o adversário Aécio Neves (PSDB)
  • Vou concordar com o humorista José Simão: vocês estão levando o Estado para ter um programa 'Meu Banho Minha Vida' Ao criticar a gestão do PSDB na crise da água em SP
  • Os brasileiros darão sua resposta a Veja e seus cúmplices nas urnas. E eu darei a minha resposta a eles na Justiça Após a revista Veja divulgar denúncia na véspera do 2º turno

Números da campanha

Estados

elegeram Dilma no primeiro turno

municípios

elegeram Dilma no primeiro turno

Estados

deram a vitória a Dilma em todos os seus municípios no 1º turno

dos votos

de Belágua (MA) foram para Dilma

eleições

seguidas foram vencidas pelo PT

eleições

foram disputadas e vencidas por Dilma (2010 e 2014)

partidos

fazem parte da coligação de Dilma: PT, PMDB, PSD, PP, PR, PRB, PDT, Pros e PC do B

deputados federais

foram eleitos pela coligação de Dilma neste ano

Mais
vazio

Como fica o Congresso

Ao final do segundo turno das eleições, a coligação de Dilma contabiliza 304 deputados federais eleitos e uma bancada de 52 senadores a partir de 2015. Se a base aliada permanecer fiel ao governo, a petista terá maioria simples na Câmara e maioria absoluta no Senado, mas a tendência é que ele enfrente dificuldades com os parlamentares.

Confira abaixo os desafios da presidente eleita

Arte/UOL

Desafios
Dilma será responsável por implementar o Plano Nacional da Educação, que estabelece 20 metas a serem cumpridas nos próximos dez anos, entre elas a destinação de 10% do PIB para a área. Terá que definir uma política curricular comum, garantir o pagamento do piso salarial para professores, construir uma estrutura nacional de carreira no magistério e implementar o Custo Aluno Qualidade, um repasse de R$ 37 bilhões para Estados e municípios. Terá ainda que garantir recursos para que Estados e municípios façam a universalização do ensino básico para a população de 4 a 17 anos até 2016, conforme determina a Emenda Constitucional --o investimento precisa ser maior nas duas pontas: pré-escola (mais vagas) e ensino médio (qualidade do ensino), ou seja, a terá de colocar mais recursos na educação básica sem tirar do ensino superior. Fonte: Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Promessas
Dilma promete transformar a qualidade do ensino e expandir o acesso à educação em todos os níveis, usando para isso recursos provenientes da exploração do petróleo do pré-sal e do pós-sal. O programa de governo diz que esse dinheiro, somado ao orçamento já destino à educação, viabilizará o Plano Nacional da Educação. Além disso, promete ampliar o atendimento em creches, universalizar a educação de crianças entre 4 e 5 anos até 2016 e expandir a educação em tempo integral para 20% da rede pública até 2018. Dilma diz ainda que vai valorizar os professores e promete melhores salários e formação. Também promete continuar com a expansão do ensino técnico por meio do Pronatec e dar 100 mil bolsas do Ciência Sem Fronteiras (que leva estudantes brasileiros para estudar no exterior) entre 2015 e 2018. Fonte: BBC e programa de governo

Desafios
Dilma tem o desafio de baixar a inflação e acelerar a economia, preservando o nível de emprego. A inflação está pouco acima do teto da meta estipulada pelo governo; o nível de desemprego tem se mantido em patamares historicamente baixos, mas a média de crescimento do PIB no primeiro mandato é inferior à dos últimos presidentes. Nos dois primeiros trimestres de 2014, os resultados do indicador foram negativos. Além disso, as contas do governo precisam de ajustes, porque ficaram deficitárias nos últimos meses, com despesas superando as receitas. Fonte: BBC
Promessas
Dilma atribui o baixo crescimento dos últimos anos ao cenário internacional desfavorável, mas entende que o comércio e a economia no exterior voltarão a crescer nos próximos anos. Ela prega a manutenção da política econômica, com controle da inflação, manutenção do emprego e ampliação dos investimentos públicos e privados. Também aposta na expansão de investimentos em infraestrutura, na redução de impostos que incidem sobre o setor produtivo e na desoneração da folha de pagamento. Promete reduzir a burocracia para incentivar o empreendedorismo. Para ela, o aumento dos investimentos e a ampliação do mercado interno garantirão o reaquecimento da economia. Fonte: BBC e programa de governo

Desafios
Dilma deve construir um novo pacto federativo para definir as competências do governo federal na área de segurança pública e discutir o modelo policial em vigor (dividido entre civis e militares nos Estados) e uma maior integração entre as polícias. Outro desafio é reduzir ainda mais o número de homicídios no país --o Brasil é o 12º colocado no ranking mundial. Além disso, é necessário modernizar as políticas criminal e penitenciária e apoiar a aplicação de penas alternativas para combater as constantes crises no sistema prisional. Fontes: Folha de S.Paulo e Instituto Sou da Paz
Promessas
Dilma promete apoiar mudanças na legislação para que a União tenha maior responsabilidade sobre a segurança. Fala em tornar permanente a estratégia adotada na Copa do Mundo, com ação conjunta das polícias federal e estaduais em centros de comando e controle nas capitais. Propõe a criação da Academia Nacional de Segurança Pública para a formação conjunta de policiais e a difusão de procedimentos operacionais padronizados. Em seu programa de governo, promete ampliar a presença do Estado em territórios vulneráveis por meio dos programas "Brasil Seguro", que reforça o policiamento nos Estados, e "Crack, é Possível Vencer". Também fala em fortalecer as ações de combate às organizações criminosas e à lavagem de dinheiro e as ações de controle das fronteiras. Fonte: programa de governo

Desafios
Dilma precisará aumentar os investimentos no SUS (entidades e especialistas reivindicam que 10% do orçamento do governo federal seja destinado para a área), garantir uma gestão mais profissional (já que muitos administradores sem formação na área são indicados para o cargo politicamente) e implementar uma carreira pública no sistema, tanto para médicos quanto para outros profissionais da área. Também deve ampliar a oferta de serviços especializados e o acesso a exames como tomografias, ultrassons e eletrocardiogramas, que são procedimentos mais caros, complexos e que não são possíveis de serem feitos nas unidades básicas de saúde. Fonte: José Costa Cardoso, professor do departamento de saúde coletiva da UnB
Promessas
Dilma diz que expandirá o programa Mais Médicos e criará o programa Mais Especialidades, uma rede de clínicas com especialistas e exames de apoio diagnóstico para agilizar o atendimento médico e o tratamento do paciente. A meta, segundo ela, é criar uma rede de unidades especializadas integradas, com diferentes tipos de consultas, exames, tratamentos e reabilitação, em todas as regiões do país. O programa prevê ainda a expansão das UPAs, que atendem emergências de baixa e média gravidade, e do acesso aos remédios pela população. Também prometeu fortalecer e universalizar o Samu, além de aprimorar dois outros programas criados em seu governo: o Aqui Tem Farmácia Popular e o Brasil Sorridente. Fonte: BBC e programa de governo

Desafios
Para combater efetivamente a corrupção, Dilma teria que enviar ao Congresso uma emenda à Constituição limitando drasticamente a quantidade de pessoas que podem ser nomeadas para cargos da administração, segundo Claudio Weber Abramo, diretor executivo da ONG Transparência Brasil. "Todos que trabalham em algum ramo do Estado podem nomear muitas pessoas para ocupar funções, seja no Executivo, Legislativo ou Judiciário. No Executivo o problema é maior, pois tem mais cargo e mais dinheiro. Acontece um loteamento entre partidos aliados, é a maior usina de corrupção que existe. Sem essa medida [de diminuir as indicações] o combate à corrupção se torna praticamente impossível em todas as esferas", acredita o especialista
Promessas
Dilma anunciou cinco medidas para combater a corrupção e a impunidade. A proposta, segundo ela, é garantir processos e julgamentos mais rápidos e punições mais eficazes. São elas: modificação da legislação eleitoral para a criação do crime de prática de caixa 2; criação de um novo tipo de ação judicial que permita declarar a perda da propriedade ou da posse de bens adquiridos a partir de atividades ilícitas; aprovação por lei de um novo crime que puna agentes públicos que apresentem enriquecimento sem justificativa ou demonstração da origem dos ganhos patrimoniais; alteração da lei para agilizar o julgamento de processos judiciais que digam respeito a desvio de recursos públicos, respeitando contraditório e amplo direito de defesa; criação de nova estrutura no poder judiciário, em especial junto aos tribunais superiores (STJ e STF), que permita agilização e maior eficácia das investigação e processos promovidos contra agentes que possuam foros privilegiados. Fonte: site da campanha de Dilma

Os ministeriáveis

Aloizio Mercadante

Influente na gestão atual, deverá permanecer como ministro-chefe da Casa Civil, cargo do qual se licenciou para integrar a campanha no segundo turno

José Eduardo Cardozo

Ministro da Justiça desde o início do governo Dilma, o petista de São Paulo deverá manter o cargo no segundo mandato

Jaques Wagner

Teve dois mandatos como governador da Bahia e conseguiu eleger o sucessor. Foi ministro do Trabalho e de Relações Institucionais no primeiro mandato de Lula e agora pode voltar ao governo federal

Alexandre Padilha

Foi ministro da Saúde durante o governo Dilma e pode voltar à pasta. Depois de implantar o programa Mais Médicos, ele se candidatou ao governo de São Paulo e ficou em 3º lugar

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