Direto da redaçãoConfira a íntegra do 4º debate entre presidenciáveis na TV

  • Eleições presidenciais 2014 74081

Debate entre presidenciáveis chega ao fim

Corrupção, atuação dos bancos públicos, inflação e segurança pública foram alguns dos temas mais discutidos pelos candidatos à Presidência da República no debate realizado pela Record. Debate chegou ao fim depois de pouco mais de duas horas de duração. 

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro faz suas considerações finais

Eu e meu vice Jorge paz queremos agradecer a enorme acolhida que temos tido nas ruas e nas redes sociais e dizer que nós estamos semeando para o futuro, para construção de um novo sistema político. Não importa o nome desse novo sistema. O que importa é que o lucro não esteja acima do bem-estar das pessoas. Vocês que acompanharam esse debate viram que a única candidatura de esquerda coerente é a candidatura do PSOL. A única candidatura que tem a coragem de dizer o que os outros não dizem, de defender a tributação dos bancos, das grandes fortunas, a pauta das mulheres, da comunidade LBGT. A única candidatura que realmente tem uma proposta de mudança estrutural na política econômica desse país. Por isso nós pedimos o seu voto. As bancadas do PSOL nas assembleias legislativas e na câmara federal são sempre consideradas as melhores e mais combativas, Jean Wyllys, Ivan valente, Chico Alencar, são considerados os melhores deputados do Brasil. Nós precisamos aumentar essa bancada, cada voto que você der no 50, para mim, candidata a presidente, para nossos governadores, para nossos deputados federais e estaduais, você estará fortalecendo essas bandeiras que eu focalizei aqui, bandeiras que não são minhas, bandeiras que são da juventude, dos trabalhadores, do povo. Bandeiras que precisam ser vitoriosas. E para que elas sejam vitoriosas nós precisamos ter cada vez mais força, por isso pedimos o seu voto no 50, muito obrigada.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva faz suas considerações finais

A sociedade brasileira tem acompanhado quem são aqueles que estão comprometidos com a mudança. A aliança que eu represento apresentou um programa, um programa de transformação, que debate saúde, educação, Segurança Pública, o passe livre para os estudantes,que vai sim criar a escola de tempo integral em todo o país, em quatro anos; que está comprometida com o fim da reeleição, que quer apenas um mandato para começar as grandes transformações que ainda não foram feitas, manter as conquistas  e corrigir os erros. Uma candidatura que está comprometida em unir o Brasil,acabar com a polarização do PT e do PSDB que há 20 anos estão no poder se revezando e que já não se escutam mais, e se não se escutam mais não têm condições de ouvir o Brasil. Ouvir o Brasil é respeitá-lo naquilo que você mais precisa! Ter um programa para enfrentar os problemas. Eu, com apenas dois minutos, me esforcei para apresentar propostas para fazer o debate, não o embate. É por isso que nós vamos sim para o segundo turno, e aí com o tempo diferente, com tempos iguais, não mais com tempos diferentes, nós vamos sim poder mostrar quem é que de fato está comprometido em manter as conquistas, o Bolsa Família, o minha casa minha vida. Eu tenho esse compromisso de vida, e vou mantê-los.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge faz suas considerações finais

Vocês já conhecem de certa forma as nossas teses, as teses do partido verde que eu venho defendendo. E tem sido enorme a aceitação, as redes sociais não param de mandar mensagens, críticas, propostas, perguntas. No metrô, no trem, na rua, nos parques, as pessoas falam comigo "estamos com você, simpatizamos com suas ideias". No entanto, acontece um fenômeno, muita gente que quer votar no Partido Verde, em Eduardo Jorge, no 43, fica com medo que essa eleição se decida no primeiro turno e fica pensando "será que a Marina vai ganhar no primeiro turno? Será que a Dilma vai ganhar no primeiro turno?", e aí às vezes não votam no candidato do coração deles, que sou eu. Então eu falo, amigos, façam as contas, vai ter segundo turno, as duas vão estar lá, pode votar útil no segundo turno, pode votar, escolham as duas para o segundo turno, agora, no primeiro turno, e para isso que existe o primeiro turno, é o voto da razão e do coração. Você tem que votar no que você acha melhor. No que mais identifica vocês. E isso então é muito importante para nós do PV. Eu preciso do voto e da força do PV para influenciar no segundo turno, defendendo essas teses junto das duas e principalmente preciso do voto dos deputados federais e estaduais do PV para que isso que eu falo agora continue sendo discutido por mais quatro anos em todos os estados e na Câmara Federal lá em Brasília. Por isso vote 43.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo faz suas considerações finais

Reafirmo o meu compromisso em defesa da vida, do ser humano desde a sua concepção. Sou contra a legalização das drogas, sou a favor da família tradicional. Defendo a livre iniciativa e a meritocracia para que você, trabalhador, que se esforça, que tem o seu mérito, possa ter acesso aos bens e serviços que você produz na sua vida e que hoje lamentavelmente eu vou ter que repetir. É um mar de corrupção que tem campeado o nosso país. Então você trabalha, produz, paga o seu imposto e depois o seu dinheiro está indo pelo ralo da corrupção. Sou a favor da liberdade de imprensa sem marco regulatório. Eleito presidente, trabalhador brasileiro, a partir de primeiro de janeiro do ano que vem, todo trabalhador que ganha até cinco mil reais estará isento, meu querido eleitor, eleito, estarei refazendo o pacto federativo e aumentando em mais 2% os recursos para o fundo de participação dos municípios. Quero agradecer à Record, a você que ficou conosco até agora, e aos candidatos, e peço seu voto. Vote a favor da vida, da família, e do Brasil. Vote 20, Everaldo presidente, muito obrigado e boa noite.

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff faz suas considerações finais

Meus amigos e minhas amigas. No próximo domingo nós vamos às urnas para decidir o que queremos para o futuro do Brasil. Nesse momento todo mundo deve se perguntar: Quem tem mais capacidade e experiência para manter o que já conquistamos? Para mudar o que é preciso, e para fazer mais? Quem tem força e apoio político para fazer as reformas que o país exige? Quem tem compromisso verdadeiro com os trabalhadores? Com seus direitos e com as suas conquistas? Nos tempos bons e nos tempos difíceis. Quem enfrentou a pior crise internacional, aumentando os empregos, os salários e investimento? Quem tem firmeza para defender e projetar o Brasil no cenário mundial? Quem preparou o Brasil para um novo ciclo de desenvolvimento? Um ciclo gerando emprego, gerando salários adequados, formando os brasileiros e colocando a educação no centro de tudo? Eu peço que você reflita sobre todas essas questões. Eu tenho certeza que ao responder essas perguntas, você vai fazer a melhor escolha. No próximo domingo, vamos todos votar com consciência, com paz e amor no coração. Humildemente peço seu voto, muito obrigada por tudo.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves faz suas considerações finais

Quero agora agradecer a você que nos acompanhou até essa hora, a sua família, de forma especial a vocês que têm me recebido pelo país inteiro de forma tão afetuosa e mostrando tanta confiança. A grande verdade é que enquanto duas das candidatas não param de brigar aqui e nos programas eleitorais, eu me preparei para brigar a seu lado. Eu me preparei para apresentar uma proposta ao país que permita que a inflação volte a ser controlada, nós voltemos a crescer, porque o crescimento que gera emprego. É muito importante que nós tenhamos em mente que quando se elege um Presidente da República, se elege um governo, e eu busquei ao longo de todos esses últimos anos os quadros mais preparados do país, não do meu partido apenas, muitos de fora do meu partido, sem partido, gente de educação, gente da saúde, da assistência social, da economia,porque nós temos nas nossas mãos uma oportunidade muito, mas muito preciosa de fazermos o Brasil se reencontrar com os brasileiros. É muito importante que você reflita antes da escolha do próximo domingo, porque refletindo, tenho absoluta convicção, que você vai perceber que o governo que está aí perdeu as condições de governar, e a outra candidata que aparece pontuando nas pesquisas, infelizmente ainda não adquiriu essas condições. É por isso que eu peço o seu voto para fazer um governo decente, eficiente em seu favor.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix faz suas considerações finais

Senhores, concluímos mais uma jornada. Tenho certeza absoluta que não sou utópico, não vamos ganhar essa eleição, mas temos três pontos que pontuam e pontuam bem. Pensarem e analisarem o seguinte: Será que vamos continuar a pagar tanto por juros bancários enquanto milhões de pessoas passam fome, miséria, e estão na rua da amargura enfrentando filas e filas nos hospitais? Que consciência têm, senhores, os que vão ganhar a eleição, estão os três aqui? Apenas me coloco para 2018 como investimento, tá? Tenho certeza. Agora, já dei um lucro fantástico para o Brasil. O Copom não aumentou, gente, nos últimos 60 dias os juros, e já economizamos com isso no mínimo 25 milhões de reais. Saio daqui satisfeito somente por isso. Agora vamos ser breves. Sou contra o fórum de São Paulo que reúne PC do B, PT  e PSB da dona Marina. Quero remédios, imposto zero, cesta básica desonerada, mobilidade urbana renovada, quero a PEC 300, e a família brasileira votará com mais consciência nas próximas eleições.  O 28 é o número, gente! Muito obrigado a todos.

Começa o quarto bloco do debate da Record

Quarto bloco terá considerações finais dos candidatos

O quarto bloco do debate da Rede Record trará as considerações finais dos principais candidatos à Presidência da República

Terceiro bloco chega ao fim

Questões sobre homofobia e atuação dos bancos públicos marcaram o terceiro bloco em que candidatos perguntaram para candidatos.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo faz sua tréplica

Eu acredito, Levy, se nós tivermos, vamos, se Deus quiser, a partir de primeiro de janeiro um novo governo que vai tratar essa questão, que nós de maneira nenhuma vamos continuar alimentando governos que não têm Direitos Humanos, que não respeita a liberdade, aonde não se pratica a democracia, então eu acredito que é muito importante para nós abrirmos, estabelecermos relações comerciais com a América do norte, com Europa.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix faz sua réplica

Everaldo, meu receio é que esse dinheiro dos Brics, China, Brasil, sul da África, esse conjunto de países, vão ser destinados para os países Bolivariano, Cuba vai fazer mais posto, e a louca da Cristina Kirchner lá da Argentina vai importar mais carros da China e menos do Brasil, gerando então problemas para a nossa nação.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo responde

Fidelix, essa atuação do Brasil no mercado internacional, inclusive eu defendo que o Brasil, ele não fique atrelado só ao Mercosul. Eu defendo a livre iniciativa, a livre concorrência, e que o Brasil possa desenvolver acordos comerciais com todos os países que queiram ter relações comerciais conosco. O que eu discordo e até escrevi sobre isso, desse dinheiro, do banco não ficar no Brasil. É isso, do Brics eu concordo com essa atividade, desde que fosse mantida aqui no Brasil. Para que um país que está em desenvolvimento, como o Brasil, pudesse ter a primazia de ter esses recursos e ajudar a geri-lo. Então eu acredito que nós devemos desenvolver, não podemos ficar fora do contexto global que estamos hoje na nossa economia, da maneira que nós estamos colocados, atrelados somente ao Mercosul, nós não podemos fazer certos contratos e relações comerciais que sejam de interesse do Brasil e é importante nós termos relação com todos, por quê? Porque nós temos, abolir essas barreiras e trazer, facilitar a importação para que o preço da mercadoria, o preço do produto para o brasileiro ele possa diminuir o valor e com a livre concorrência, que nós possamos trazer benefícios para o consumidor brasileiro e que hoje tem massacrado por um protecionismo que prejudica o consumidor no ponto final. 

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix pergunta

Pastor Everaldo, vamos a um tema internacional porque esse aí é muito pequeno, embora importante, para tratarmos aqui do nosso país. Estou preocupado com as relações que o nosso país está tendo ultimamente aí com os Brics, estimulando que aliás cem milhões de reais, US$ 100 milhões para estimular essa relação bolivariana na América Latina. O que você me diz a respeito disso aí?

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix faz sua tréplica

Luciana, você já imaginou, o Brasil tem 200 milhões de habitantes, daqui a pouquinho vai reduzir para cem. Vai para a paulista e anda lá e vê, é feio o negócio, né? Então, gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los. Não tenha medo de dizer que sou pai, uma mãe, vovô, e o mais importante, é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro faz sua réplica

Infelizmente não está na lei, Fidelix. O casamento civil igualitário é fundamental para que nós possamos reconhecer juridicamente como família qualquer tipo de família. Eu acredito que sou uma das que mais defende a família nessa campanha eleitoral, porque eu estou defendendo todas as famílias. Não importa se são dois homens, duas mulheres, o que importa é que as pessoas se amém e para combater a discriminação, a homofobia, a transfobia.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix responde

Jogo pesado aí agora, hein? Nessa você jamais deveria entrar, economia, tudo bem. Olha, minha filha, tenho 62 anos, pelo que eu vi na vida, dois iguais não fazem filho. E digo mais, digo mais, desculpe, mas aparelho escretor não reproduz, mas não podemos jamais, gente, eu que sou um pai debaixo família, um avô, deixar que tenhamos, esses que aí estão, acho cando a gente no dia a dia, querendo escorar a maioria do povo brasileiro. Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Eu vamos acabar com essa historinha, eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano um pedófilo. Está certo! Nós tratamos a vida toda com a religiosidade para que nossos filhos possam encontrar realmente um bom caminho familiar. Então, Luciana, eu lamento muito, que façam bom proveito que querem fazer e continuar como estão, mas eu Presidente da República, não vou estimular, se estar na lei, que fique como está, mas estimular jamais a união homoafetiva.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro pergunta

Levy... não vou fazer conversa de comadre contigo, vamos debater uma coisa que talvez tenhamos uma diferença. Os homossexuais, travestis, lésbicas, sofrem uma violência constante. O Brasil é campeão de mortes da comunidade LBGT. Por que as pessoas que defendem tanto a família se recusam a reconhecer como família um casal do mesmo sexo?

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro faz sua tréplica

É verdade, eu trabalhei muito para que essa emenda das 40 horas fosse aprovada porque isso poderia garantir uma maior geração de emprego e as maravilhas do desenvolvimento tecnológico do capitalismo deveriam servir para melhorar o bem-estar do povo. E isso significaria reduzir a jornada de trabalho, as pessoas trabalharem menos, mas o capitalismo não permite isso, porque a lógica do capitalismo é a lógica de enriquecer, o lucro acima da vida, o lucro acima dão bem-estar das pessoas, por isso não aprovam as 40 horas.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge faz sua réplica

A verdade é que a social democracia é o Partido dos Trabalhadores, são partidos da grande família socialista, variados partidos socialistas. O que interessa, que eu quero diminuo... para o povo brasileiro é que existe uma Emenda Constitucional, passando de 44 para 40 horas, reivindicação histórica da classe trabalhadora brasileira que abriria mais oportunidade de trabalhos, e esses partidos da família socialista não votam no Congresso Nacional a emenda de 44 para 40 horas.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro responde

De socialista eles não têm nada, Eduardo Jorge. E é por isso que eu acho que é muito importante ter lado na política. Porque quando nós governamos, tem que escolher, ou se governa para os banqueiros ou se governa para os trabalhadores, ou se governa para o agronegócio ou se governa para o povo. E essa lógica de achar que vai unir todo mundo é uma lógica falida. O PSOL é um partido socialista de verdade. E nós apresentamos nosso programa medidas de transição. São medidas que apontam para reformas radicais no sentido de que elas vão a raiz dos problemas. A reforma urbana, para garantir moradia. A reforma agrária, para garantir terra. A tributação sobre as grandes fortunas, que é o imposto que está lá constituição e não foi cumprido, foi o Fernando Henrique que propôs mas o PSDB não defende, nem o PT defende, porque o PT, o PSDB e o PSB da Marina estão unidos em manter a política de tudo que está aí. E o que está aí, o que é? É os bancos lucrando muito enquanto o povo está endividado. O sistema da dívida pública que faz com que cinco mil famílias, as mais ricas do Brasil, acumulem uma riqueza em média de 400 milhões de reais. Infelizmente só os socialistas de verdade, como os socialistas do PSOL, realmente têm coragem de enfrentar os interesses dos banqueiros, das empreiteiras e das multinacionais...

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge pergunta

Luciana. Agora eu vou para a esquerda. Luciana, nós estamos aqui vivendo vinte anos de governo da família socialista, social democrata, PSB, Partido Socialista Brasileiro, e, no entanto, 20 anos passados de governo e continua mofando no congresso a Emenda Constitucional que reduz a jornada de 44 para 40 horas. É realmente impressionante como a classe trabalhadora brasileira não encontra respaldo nessa família socialista.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge faz sua tréplica

O orçamento superior lá em Brasília é uma necessidade. Agora, Marina, não só o orçamento. O problema de gestão é fundamental, veja o Sistema Nacional inglês, que foi o paradigma da reforma lá atrás na constituição. E ele ordena todo o atendimento. Esse que é o papel original pensado para o Programa de Saúde da família e que nesses anos foi abandonado. É isso que tem que ser retomado, mais dinheiro, mas tem que ter gestão certa.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva faz sua réplica

No meu governo nós vamos implementar o cadastro único de saúde para que as pessoas possam ser atendidas como merecem. A pior coisa que existe é quando você está doente, tem um familiar doente e anda de hospital em hospital sem ser atendido, como acontece hoje. Milhões de pessoas ficam até três meses para fazer o exame. É por isso que o saúde mais dez, combinado com outras saúdes públicas vai sim resolver o problema da saúde que está colapsada no nosso país.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge responde

Eu, Marina sabe, que eu tenho toda uma vida ligada a isso e continuarei tendo, porque sou médico concursado, e vou continuar trabalhando na Secretaria Estadual de Saúde pela construção do Sistema Único de Saúde no Brasil, que é a política social, a reforma social mais ampla e generosa que a nossa constituinte democrática começou no nosso país, e é um processo, está em construção. O povo reclama, tem razão de reclamar, porque ainda falta muito.  O Brasil trabalhou, Brasil avançou nesse período, todos os governos estaduais, municipais, profissionais de saúde, mas o povo quer mais e precisa mais. Por isso as duas faces da moeda têm que ser vistas. O Brasil avançou, o SUS é um caminho, mas o povo tem razão de reclamar mais. Um dos elementos, a Marina tem razão, é que precisa de mais recursos. Eu estou solidário com essa reivindicação, que é uma reivindicação dos profissionais de saúde já de longo tempo, desse aumento de recursos. Vamos ver como é que se vai conseguir isso, porque a divisão orçamentária é um problema,você sabe. Não se pode resolver em poucos dias,é o horizonte que nós devemos buscar,mas eu insisto nos outros pontos, a necessidade que a saúde tenha colaboração das outras políticas públicas. Se eu não tiro o petróleo e o diesel das cidades, eu não vou deixar de envenenar nunca as pessoas que estão morrendo, uma a cada um milhão por dia no Brasil. A promoção da saúde. E em terceiro lugar, Marina, a centralidade, esse é o programa que deve ser o farol do Sistema Único de Saúde no Brasil.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva pergunta

A minha pergunta vai ser encaminhada para o Eduardo Jorge. Eduardo, a saúde pública tem se constituído um grave problema ao longo da vida. No atual governo ela tem se agravado. Só em São Paulo temos cerca de um milhão de pessoas nas filas a espera de consulta. Eu sei que você deu uma contribuição nesse tema e hoje, no atual governo, nós não temos uma proposta clara. Eu tenho um programa e estou dedicando 10% da arrecadação bruta para melhorar a qualidade da saúde.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva faz sua tréplica

Candidata, eu vou manter sim o crédito direcionado para aqueles que têm esse direito e que precisam para o estudo, para a agricultura, para o minha casa minha vida, isso está muito claro no meu programa. É mais um dos boatos que estão sendo espalhados. O que não vai acontecer no meu governo é o que acontece no atual governo, em que dos recursos do BNDES cerca de R$ 500 bilhões, 60% desses recursos são direcionados para meia dúzia de empresários, alguns deles até empresários...

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff faz sua réplica

Candidata , é interessante, porque no seu programa de governo consta justamente que a senhora vai reduzir o papel dos bancos públicos. Sei que a senhora não sabe o montante do crédito direcionado. É um trilhão e 340 bilhões de reais. Isso significa, candidata, que toda a estrutura do Brasil, a produtiva e a social, está ligada a esse crédito,não só à indústria, como à agricultura. O crédito também que financia a educação, as pessoas que vão estudar. Tudo isso está ligado ao crédito direcionado.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva responde

Eu, presidente Dilma, não só vou manter o crédito dos bancos públicos para minha casa minha vida, para que possamos ajudar nossa agricultura a se desenvolver, como vou fortalecer sim os bancos públicos. Isso é mais um boato que está sendo dito em relação a nossa aliança, de que nós vamos enfraquecer os bancos públicos. Vamos fortalecer, inclusive valorizando os funcionários de carreira, para que eles possam ter espaço dentro da caixa, dentro do BNDES, dentro do Banco do Brasil. O que nós vamos evitar é aquele subsídio que vai para empresários falidos, meia dúzia escolhidos para serem os ungidos, que serão os campeões do mundo. Estas pessoas não terão vez no meu governo. Mas a agricultura, as pessoas que precisam do investimento na sua empresa, o crédito que deve ser discutido e de forma aberta no orçamento, que hoje não tem transparência em relação a esses que são beneficiados, esses sim não terão vez no meu governo. A Caixa Econômica Federal, o BNDES, tem uma função importante para o desenvolvimento do país. Nós vamos, sim, favorecer. O que nós não vamos é permitir que o recurso do BNDES seja usado para meia dúzia.

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff pergunta

Eu gostaria que a candidata Marina me desse uma resposta. Candidata, não se pode usar dois pesos e duas medidas. Não se pode tomar um posição hoje e mudá-la amanhã. Qual é realmente a posição da senhora a respeito do crédito para os bancos, dos bancos públicos? O chamado crédito direcionado subsidiado, a senhora sabe em quanto monta esse crédito?

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff faz sua tréplica

Candidato, eu considero que a melhor solução é punir a quadrilha que usa menor para diminuir a pena. Acho que não se deve tratar os menores como sendo pessoas irrecuperáveis. Assim eu acredito que é fundamental dar às penitenciárias condições para trazer os menores para a vida pública. Para a sociedade. Agora, candidato.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves faz sua réplica

Ela não tem que autorizar a Polícia Federal a prender ninguém, essa é uma prerrogativa constitucional da Polícia Federal, mas volto à questão da segurança já que a senhora fugiu a resposta, dentre todo o conjunto de propostas que apresentamos, eu defendo no caso de crimes graves, os chamados crimes hediondos que o maior de dezesseis anos possa, autorizado pelo Ministério Público, possa ser processado pelo juiz com base no Código Penal, para dminuirmos essa sensação de impunidade, o que a senhora pensa a respeito disso?

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff responde

Candidato Aécio, eu já respondi sobre segurança e vou continuar respondendo. Eu tenho a proposta de colocar o Governo Federal atuando nesta área, porque até agora ela é prerrogativa dos estados federados, como o seu estado, Minas Gerais. Então, se aumenta as taxas de mortalidade por conta de assassinatos, decorre da política que é levada pelos estados federados, no caso, por exemplo, o estado de Minas Gerais, que o senhor governou durante muito tempo. Nós mudamos essa prática. Nós fazemos agora uma cooperação muito estreita com os estados. Criamos centros de comando de controle e atuamos de forma coordenada com os estados. Deu muito certo e nós vamos repetir para todos os estados federados. Mas quero voltar na questão da corrupção, sabe por que, candidato? Porque na minha vida eu tive tolerância zero com crimes de corrupção. Eu, além disso, dei autonomia à Polícia Federal para prender o senhor Paulo Roberto e os doleiros todos, o que não acontecia nos governos anteriores. Além disso, candidato, eu quero dizer que eu defendo a apuração da corrupção para fortalecer a Petrobras, mas não para enfraquecê-la, tornando este um álibi da sua privatização.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves pergunta

Eu formulo a pergunta a candidata Dilma Rousseff. Mais uma vez, candidata, vamos falar de um tema que eu tenho certeza, aqueles que nos ouvem, não compreenderam o que a senhora quis dizer há pouco tempo atrás, um tema que está presente nas preocupações de todos os brasileiros. Vou poupá-la do tema da corrupção, quero falar de Segurança Pública. O governo que a senhora preside não tem investido sequer metade dos recursos dos fundos para Segurança Pública. Fundo penitenciário, fundo nacional para a segurança, mas uma oportunidade eu lhe dou, qual a sua proposta para o enfrentamento da criminalidade no Brasil?

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves faz sua tréplica

Olha, nós não podemos compreender a pobreza apenas na vertente da privação da renda. Além disso, a privação de serviços, saneamento básico, saúde adequada e a privação de oportunidades caracterizam a pobreza. E a nossa proposta, a família brasileira, busca classificar as pessoas que recebem, as famílias que recebem o Bolsa Família em cinco níveis de carência, das maiores até às menores, e nenhuma família ficará mais de um ano numa mesma faixa. Portanto, o estado atuará de forma integrada para que sua vida melhore.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo faz sua réplica

Eu tive o prazer de participar da implantação do precursor do Bolsa Família no Rio de Janeiro e vi aquelas famílias que pela primeira vez puderam entrar no supermercado e fazer suas compras para levar iogurte para as crianças. Portanto, população brasileira, saiba que eu, presidente, jamais acabarei com o Bolsa Família, jamais deixarei um brasileiro com fome porque eu sei o que representa para você que depende no momento dessa situação de ter um recurso como o Bolsa Família.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves responde

Caro candidato. A Presidente da República protagonizou nos últimos dias um dos mais tristes episódios da política externa brasileira. Nós temos um local de destaque na ONU, conquistado por Oswaldo Aranha. Nós abrimos as reuniões anuais da ONU. A Presidente da República foi aquela Tribuna para a perplexidade de diplomatas, inclusive alguns brasileiros com os quais conversei depois, em primeiro lugar para fazer auto elogios ao seu governo. Pouca gente entendeu o que ela queria dizer, e ao final conclui propondo um diálogo com o estado islâmico. O estado islâmico está decapitando, cortando cabeças de pessoas. Não é possível que nós não possamos hoje compreender o esforço que o mundo está fazendo para o enfrentamento do terrorismo, numa aliança inclusive que inclui inúmeros países árabes, uma marca, uma mancha na política externa brasileira. Como outras. Como esse alinhamento ideológico absolutamente atrasado, anacrônico, que tem impedido o Brasil de avançar em novos mercados e gerar mais empregos para sua família, para seus filhos. Mas o terrorismo, concordo com o candidato, está aqui também. Essa é a prática do PT. O PT diz que seus adversários acabarão com programas que não acabarão. Ao contrário. Em relação ao Bolsa Família, não só vou mantê-lo como vou aprimorar, porque para o PT interessa administrar a pobreza, eu quero a superação da pobreza.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo pergunta

Perguntar para o candidato Aécio. Candidato Aécio, a atual Presidente da República esteve na ONU essa semana e lá defendeu não combater os terroristas. E o seu partido aqui no Brasil tem feito um terrorismo para dizer que todos nós, os outros candidatos, vamos acabar com o Bolsa Família. O que o senhor tem a dizer sobre isso, candidato?

Começa o terceiro bloco

Neste bloco, os candidatos voltam a fazer perguntas uns aos outros

Fim do segundo bloco; direito de resposta a Marina é negado

Já foi tomada a decisão e não foi concedido o direito de resposta à candidata Marina Silva.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge comenta

Sou pela legalização e regulamentação, uma política inteligente, para quebrar a economia do crime. Isso que estão fazendo vários países que pensam uma política mais inteligente para reduzir os danos das drogas. Uruguai, Estados Unidos, Holanda, Espanha, Portugal. Eu quero dizer para as pessoas depois da legalização não use a droga, mas uma conversa adulta, não use a droga, ela é prejudicial, se usar, use mais moderadamente possível, e se ficar doente eu quero te ajudar no Sistema Único de Saúde.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix responde

Muito obrigado pela pergunta, muito pertinente para o momento que vivemos hoje, porque temos mais de um milhão de drogados, somente nas capitais brasileiras. Este pessoal todo não trabalha, não produz nada, além de serem, honestamente, peso para qualquer governo, porque nós temos que tratar deles em clínicas. Não podem ser produtivos. Muitas vezes eles atacam suas próprias famílias, subtraindo valores. São pessoas que precisam ser tratadas, ter o nosso carinho. Aliás, o Governo Federal repassou tão?somente 36 para as CAPs, ONGs e entidades focadas exatamente nesse sentido de ajudar os drogados. Temos que combater nas fronteiras a entrada dessas drogas, dos países fronteiriços, temos que reequipar nossas forças armadas e as forças auxiliares i,é fundamental. E para as drogas eu tenho um projeto que é não somente aumentar os valores para essas CAPs, que são entidades que fundamentalmente trabalham o dia a dia e o cotidiano com esses drogados, como também reforçar a que mais verbas deverão ser entregues aos municípios, porque dentro dos municípios é que nós sabemos que exatamente ocorrem esses problemas. Caberão aos prefeitos também incentivarem e darem mais valores, que o Governo Federal deverá ampliar esses investimentos com essas CAPs, através dos municípios.

Heródoto Barbeiro pergunta a Levy Fidelix, com comentário de Eduardo Jorge

Candidato Fidelix, tem se discutido muito a respeito da liberação ou não da maconha. A gente tem aí como exemplo o Uruguai, um país que promoveu a descriminalização. Devemos ou não seguir o exemplo uruguaio e isso daria ou não a posição de combater o narcotráfico no país?

Mediadora intervém

Obrigada candidata, e eu registro agora que durante esse confronto entre a candidata Luciana Genro e o candidato Eduardo Jorge, a candidata Marina Silva solicitou direito de resposta que será analisado pela nossa comissão, mas agora eu chamo o jornalista Heródoto Barbiero.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro comenta

Quero falar do meu partido, do qual tenho muito orgulho. O PSOL nasceu da luta por uma esquerda coerente no Brasil, nasceu da recusa de milhares de lutadores sociais, de ativistas, sindicalistas, jovens, estudantes, de continuar segurando as bandeiras que o PT abandonou. A bandeira da luta por emprego, por salário, por reforma agrária, por moradia, por dignidade e por uma política diferente de verdade, que não esteja atrelada aos bancos, às empreiteiras e às multinacionais.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge responde

Eu estava na reunião do diretório aonde houve essa cisão. E fui uma pessoa crítica, tanto a Marina quanto a direção do meu partido, porque eu defendia e continuo defendo defendendo que o movimento ambientalista brasileiro deveria ficar unificado. O que aconteceu naquela ocasião, Eduardo, na verdade, foi uma disputa de poder. Embora um partido pequeno, o Partido Verde, mas com grandes ideias, o que houve foi uma disputa de poder entre a antiga direção e um grupo que estava em torno da Marina. Os dois queriam ter a direção do partido, e como não conseguiu, a Marina saiu e quer fundar um partido à sua imagem e semelhança. É um direito dela, democrático, não tem nenhum problema. Não tem nenhum problema. Agora, na verdade, houve essa disputa de poder. E eu, na ocasião, claro que o Partido Verde, como outros partidos, nesse sistema eleitoral, por isso que o Partido Verde propõe uma reforma política tão radical.  Têm problemas, problemas democráticos, problemas de descentralização, mas isso, a minha reforma política, vem para reformar todos os partidos, inclusive o meu. Quero que seja mais democrático, que exista na base dos municípios, que funcione debaixo para cima, isso, no entanto, não seria motivo para que nós não pudéssemos nos mantermos unidos. Foi uma perda para o ambientalista esta divisão.

Jornalista Eduardo Ribeiro faz pergunta a Eduardo Jorge; Luciana comenta

Dirijo agora a minha pergunta ao candidato Eduardo Jorge e gostaria de ouvir o comentário da candidata Luciana Genro. Candidato, quando a ex?senadora Marina Silva deixou seu partido, PV, saiu afirmando que sobravam a ele práticas da velha política e faltavam no partido noções elementares de ética. O senhor se sente confortado ficando num partido que sofre acusações como essas?

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo comenta

Minha posição é clara, defendo a vida do ser humano desde a sua concepção. Sou contra o aborto. Toda política que puder ser desenvolvida, não abortivo, de planejamento familiar, de prevenção da gravidez, eu darei o apoio. Mas fique claro para a população brasileira que eu sou a favor da vida desde a sua concepção, e sou contra o aborto.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro responde

Sim, sou favorável, porque o aborto é uma realidade. Infelizmente, 800 mil abortos ocorrem todos os anos no Brasil. E a cada dois dias morre uma mulher por aborto clandestino. Eu acho que ninguém é a favor do aborto, ninguém quer o aborto como método contraceptivo, o aborto é um drama para qualquer mulher. Eu fui mãe, tive apoio do meu companheiro, tive o apoio da minha família, mas muitas mulheres não têm esse apoio. E o estado brasileiro não oferece esse apoio para a mulher que está diante de uma gravidez indesejada, muitas vezes desesperada. O Uruguai legalizou o aborto e ofereceu uma rede de apoio para as mulheres que estão diante de uma gravidez indesejada, e, dessa forma, caíram o número de abortos, caiu o número de abortos de 35 mil por ano para menos de quatro mil por ano. Esta é a realidade que nós precisamos avaliar. As convicções religiosas de cada um devem ser respeitadas, muito embora se saiba que independente da religião, as mulheres no momento de desespero sim praticam o aborto. Nós precisamos defender a vida, defender a vida dessas mulheres, e legalizar o aborto e oferecer pelo SUS este acolhimento com uma estrutura, inclusive, para que a mulher possa decidir ter este filho, mesmo sem ter o apoio de sua família, ou do seu companheiro.  É muito importante o apoio psicológico e material para a mulher ter o seu filho.

Jornalista Cristina Lemos pergunta a Luciana Genro; Everaldo responde

Candidata, a senhora é favorável a legalização do aborto. Se eleita vai trabalhar para aprovar a mudança na legislação, ampliando os casos em que a prática pode ser adotada e quais seriam as regras?

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix comenta

Everaldo, eu não tenho honestamente nenhuma utopia de ganhar, mesmo porque eu contei hoje, são os que possuem os melhores recursos, as grandes empreiteiras, os grandes bancos, estamos investindo muito pouco porque essa famigerada lei partidária não nos permite a isonomia e igualdade. Se eu sair dessa eleição apenas com o fato de que as questões da macro economia sejam discutidas no bom nível, que o Brasil vai ganhar no mínimo dez bilhões de reais discutindo esses assuntos que são importantes.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo responde

Até, desconheço essa afirmativa de ter manifestado simpatia por qualquer pessoa. Eu estou como candidato até a semana que vem, dia cinco, eu creio que estou trabalhando, e segundo o que eu aprendi ao longo da história, eleição e mineração só depois da apuração, então eu tenho que esperar até o dia cinco. Estou trabalhando. E você que está em casa, cidadão, cidadã, que não está conseguindo pagar suas contas porque a inflação de verdade, a inflação que bate no seu bolso está corroendo o seu dinheiro, o seu salário, isso que nós estamos propondo. Um enxugamento da máquina pública, diminuir esse peso do Estado, para que os recursos que hoje estão saindo no ralo da corrupção, que os recursos que estão sendo jogados fora nesse antro de corrupção que lamentavelmente campo é a a máquina do governo possa ser aplicado diretamente a educação, saúde e Segurança Pública do povo brasileiro. Então eu estou trabalhando e acreditando que no dia cinco de outubro, domingo que vem, a população vai dar uma resposta diferente desse quadro que aparentemente está acontecendo hoje. Então dia cinco de outubro, aí sim, nós vamos ver eleição e mineração, só depois da apuração.

Jornalista Nirlando Beirão faz pergunta ao Pastor Everaldo com comentário de Levy Fidelix

Boa noite, Celso. Quero fazer uma pergunta para o pastor Everaldo, e peço comentário do Levi Fidelix. Em troca do seu apoio, o senhor cobraria algum cargo no eventual governo Marina Silva? Por quem, aliás, o senhor já demonstrou simpatia e alegou afinidade?

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves comenta resposta de Marina Silva

No meu governo serei eu que irei decidir, e manterei os programas sociais, até porque grande parte foram iniciados no nosso governo e vou aprimorar, e vejo com certa estranheza a candidata Marina se queixar hoje das ofensas, das calúnias, dos boatos de que vão acabar com os programas. Esses boatos sempre existiram, existiram contra nós quando a senhora estava no PT e não me lembro infelizmente de nenhuma palavra da senhora contra esse tipo de política que o PT continua praticando.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva responde

Quem vai decidir a manutenção dos programas sociais no meu governo é a sociedade brasileira, que já tomou um outro caminho, que não tem a política mesquinha de achar que política de governo que dá certo é favor ou deve ser privatizada por um partido. E essa história de que você para defender os interesses dos trabalhadores, das pessoas mais humildes, tem que pertencer a mesma condição, isso não é verdade. Conheço muitas pessoas que nasceram em berço de ouro e que têm compromisso com a justiça social. Conheço pessoas que têm compromisso com a justiça social. Nós não temos essa visão mesquinha de que somente aqueles que se intitulam da esquerda ou que tiveram que passar por situações difíceis como a que eu tive que passar, a história se faz com homens e mulheres de bem, e pessoas boas existem em todos os lugares, em todas as classes. Eu tenho um compromisso sim em manter os programas sociais que de uma forma injusta e mentirosa dizendo que eu vou acabar. Eu reitero, a minha equipe de governo, no nosso programa nós nos comprometemos, vamos manter sim as conquistas já passo alcançadas nos governos anteriores, vamos corrigir os erros, principalmente a corrupção, que drena o dinheiro que poderia ir para a educação, para a saúde, para o Bolsa Família, para o minha casa minha vida, e vamos fazer esses investimentos sim em benefício da sociedade.

Jornalista Heródoto Barbeiro faz pergunta a Marina Silva

A pergunta vai para a Marina Silva e o comentário de Aécio Neves. Candidata Marina, a senhora assegura que é uma pessoa que passou fome na sua infância, juventude, por esse motivo disse que jamais caberia com os programas sociais do governo, como o Bolsa Família ou o fome zero. No entanto os seus principais conselheiros econômicos, especialmente os professores Eduardo e André Lara Resende, parece que têm outra origem, não passaram fome como a senhora passou e não têm muita simpatia pelos programas sociais como a gente imaginava que eles tivessem. A minha pergunta é a seguinte, afinal de contas, se a senhora for eleita Presidente da República quem decidiria a manutenção ou não desses programas sociais num possível governo?

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff comenta resposta de Aécio Neves

Eu acredito que o povo, apesar de muitas pessoas acharem que ele não tem memória, ele tem memória. O povo se lembra que o governo do PSDB quebrou o Brasil por três vezes. Que praticou as maiores taxas de juros de toda a história. Um determinado momento chegou a ter taxas de juros de 45%. Enquanto nós, não, nós reduzimos as taxas de juros e elas hoje são as menores da história. Desempregou em torno de 11,7, o desemprego era 11,7%, é por isso...

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves responde

Em primeiro lugar me orgulho muito da trajetória do meu partido. O Brasil não teria avançado até aqui se não tivesse havido o Plano Real, se não tivéssemos modernizado a nossa economia, se não tivéssemos implementado a Lei de Responsabilidade Fiscal do Brasil, contra o PT, sempre se opondo a esses avanços extraordinários. Eu me permito atualizá?lo, as últimas pesquisas, sem exceção, mostra que a única candidatura que saio cresce em todo o Brasil é a nossa candidatura. Porque as pessoas estão compreendendo de forma muito clara que a mudança precisa ser, para agradecer os elogios de uma candidata aos quadros do PSDB, da área econômica, e é isso mesmo. Quando se elege um candidato a presidência da República se elege um governo. Portanto, a nossa proposta é absolutamente coerente com tudo o que nós praticamos ao longo da nossa vida, eu não sou candidato a Presidente da República para colocar um candidato na parede, não. Eu sou candidato a Presidente da República porque nós criamos um projeto para o Brasil, para melhorar sua vida, para melhorar a saúde, para trazer mais empregos a partir do crescimento, para melhorar a qualidade da educação. Nós estamos prontos para fazer uma grande revolução nesse país, com ética, com decência, e com competência e é por isso que todas as pesquisas começam a sinalizar que nós estaremos no segundo turno, ainda certamente, não sei com quem.

Jornalista Eduardo Ribeiro faz pergunta a Aécio Neves

Boa noite Celso, boa noite a todos. A minha pergunta vai para o candidato Aécio Neves e eu gostaria que o comentário fosse da candidata Dilma Rousseff. Candidato, de todo o debate nacional e do amplo acesso do seu partido aos veículos de comunicação, nas duas últimas eleições, a ideia, o projeto defendido pelo senhor para o Brasil, não foi aprovado pelos brasileiros. Vejamos: Alckmin não conseguiu vencer Lula em 2006, e Serra não conseguiu vencer Dilma em 2010. Daí a gente pensa o seguinte, a uma semana das eleições, o senhor também não tem conseguido sequer encostar na segunda colocada nas intenções de voto. Eu pergunto: é o povo brasileiro quem não soube votar, candidato, ou na sua opinião é o projeto do seu partido que não tem atendido a expectativa do eleitor?

Marina Silva (PSB)

Marina Silva comenta resposta de Dilma Rousseff

Cerca de 56 mil pessoas são assassinadas por ano. A maioria delas são jovens até 27 anos das periferias do nosso país. Infelizmente, as políticas erráticas do atual governo têm colaborado para esse tipo de crime e de violência. No nosso governo, nós vamos atuar em parceria com os estados para ajudar a resolver o problema da Segurança Pública.

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff responde

Boa noite, Cristina. Eu tenho, Cristina. Essa, a minha nova estratégia é aproveitar uma bem sucedida, uma excelente iniciativa, que foi a integração durante a copa, das polícias, a Polícia Federal, a polícia rodoviária federal,  força nacional de Segurança Pública e também as polícias estaduais com o apoio do exército brasileiro. Eu pretendo mudar as regras jurídicas e garantir que a União, o Governo Federal, possa participar do combate a corrupção. Por quê? Porque esse combate é essencial. O crime, ele atua coordenadamente, enquanto as forças da ordem e da Segurança Pública atuam de forma desorganizada. O Governo Federal quer entrar sim para modificar esse quadro, criando centros de comando e controle em todos os estados, atuando em conjunto com todos os estados. Só assim eu acredito, nós combateremos o crime organizado. Agora, eu queria acrescentar uma coisa. Ao longo da minha vida eu tenho tido tolerância zero com a corrupção, não varro crimes para debaixo do tapete, não criei nenhum engavetadora geral da República. Eu criei cinco propostas para garantir, criar, por exemplo, crime de caixa dois e tornar os servidores públicos que não apresentaram...

Cristina Lemos pergunta a Dilma Rousseff

Boa noite Adriana (mediadora), boa noite a todos. A pergunta é para candidata Dilma, com comentário de Marina Silva. Candidata, a Segurança Pública continua no topo da lista das preocupações dos cidadãos brasileiros. Recentemente a senhora propôs ampliar a participação do Governo Federal e também as atribuições do Governo Federal nas ações de combate a violência. Mas mesmo experiências que pareciam bem sucedidas, como é o caso das unidades de polícia pacificadora já começam a mostrar algum esgotamento e não atendem à enorme necessidade de segurança. Isso já está ficando cada dia mais claro. Eu pergunto à senhora: Pelos próximos quatro anos, o crime vai continuar vencendo a ordem? A senhora tem uma nova estratégia para enfrentar a enorme necessidade de Segurança Pública?

Mediador explica regras do segundo bloco

Agora é a vez das perguntas dos jornalistas do grupo Record. Cada candidato responderá e comentará uma só vez. Os tempos são um minuto e meio para respostas e 30 segundos para os comentários. A primeira a perguntar é a repórter especial do jornal da Record, Cristina Lemos. Boa noite, Cristina, para quem vai sua pergunta e quem comenta?

Começa o segundo bloco do debate entre presidenciáveis

Neste bloco, candidatos respondem e comentam perguntas feitas por jornalistas convidados. 

Termina o primeiro bloco

Primeiro bloco do debate entre presidenciáveis da Record termina. 

Marina Silva (PSB)

Marina Silva faz sua tréplica

A nova política que eu pratico é exatamente para evitar esse tipo de atitude, que espalha boatos, que espalha calúnias, sem nenhum compromisso com a verdade. Isso é velha política. É por isso que eu disse que existe velha política de direita, mas também existe velha política de esquerda, que faz a mentira, que espalha o boato, que não se preocupa com os fatos. Eu tenho uma atitude, uma história progressista no Congresso Nacional, o tempo todo reafirmo as minhas posições. Elas são as mesmas desde sempre.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro faz sua réplica

A nova política da Marina é assim: Ela recebe a pressão do agronegócio, cede e diz que nunca foi contra os transgênicos. A pressão dos banqueiros ela cede dizendo que vai dar autonomia para o Banco Central. A pressão dos reacionários do Congresso Nacional, que eu não chamo de evangélicos, porque os evangélicos não endosso amo essa política homofóbica defendida pelo Malafaia, mas ela cede aos reacionário, a política dos direitos do LBGT, essa é a nova política da Marina, mais velha do que a história.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva responde

Primeiro você tem que entender o que significa nova política. A nova política não é um monopólio da Esquerda, não é um monopólio também da Direita. Aliás, a nova política, ela é praticada pela sociedade. Esse discurso de que existe um grupo que é o supremo bem e o outro é o supremo mal, isso é uma visão autoritária do mundo, porque você tem o poder de dizer, decretar quem é o bem e quem é o mal. A nova política está sendo feita sim, Luciana, pela sociedade brasileira, que tem a capacidade de fazer as mudanças que o Brasil precisa. Hoje, nós vemos um movimento no Brasil inteiro que quer melhorar, sim, a qualidade da política, que não é mais dirigido pelo partido, pelo sindicato, pela liderança carismática, pela une, pelas ONGs, é o que eu chamo de ativismo da sociedade. Ativismo autoral. Existem pessoas que não são capazes de compreender isso e vão ficar com o discurso de que a nova política é o monopólio daqueles que se auto intitulam de Esquerda. Eu sou, sim, parte desse processo, não sou sozinha. Estou com a sociedade, defendemos uma nova maneira de governar, de fazer escolhas, e vamos sim mudar o Brasil com a ajuda sociedade brasileira.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro pergunta a Marina Silva

Tua nova política é muito parecida com o PSDB, inclusive, teus economistas são ligados ao PSDB, e têm defendido uma política econômica que vai gerar mais desemprego, e mais arrocho salarial para o povo. Além disso, tua nova política... eu quero saber como é que vai fazer uma nova política com esses aliados?

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff usa direito de resposta

Na verdade, uma coisa tem de ficar clara, quem demitiu o Paulo Roberto fui eu. A Polícia Federal do meu governo... investigou todos esses malfeitos, esses crimes e esses ilícitos. Eu quero dizer que sou a única candidata que apresentei propostas concretas de combate a corrupção, principalmente à impunidade, como por exemplo tornar o crime de caixa dois um crime eleitoral. Eu quero também, só tenho 30 segundos, ótimo. Eu vou usar meu tempo nas outras respostas.

Mediadora intervêm

Tempo encerrado, muito obrigada. Eu quero comunicar que durante essas respostas, a comissão organizadora do debate concedeu 30 segundos de direito de resposta à candidata Dilma Rousseff porque ela foi mencionada num confronto anterior. Eu peço à plateia que não se manifeste, por favor, porque ela foi mencionada num confronto anterior. A senhora tem 30 segundos, candidata.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro faz sua tréplica

Não se pode fazer a política de segurar inflação com altas taxas de juros. Essa política só resulta no que nós estamos vendo agora. O Brasil se endividando cada vez mais e o povo endividado cada vez mais com os brancos lucrando. Nós podemos segurar a inflação com os preços administrados pelo governo, que aliás subiram acima de 200% da inflação. A luz, a energia elétrica, o governo está pagando, está dando empréstimo para as distribuidoras que o povo vai pagar, tanto a Dilma, a Marina e o Aécio estão promovendo...

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix faz sua réplica

Por isso, Luciana, a minha proposta matriz é mudar o desenvolvimento social bancário e financeiro, que tiraniza o povo, onde sim com mais produção, com mais produtividade nós teremos um país que tenha realmente um futuro para seus filhos. Onde educação, saúde, moradia, e acima de tudo os nossos velhinhos que estão com esse fator previdenciário possam receber salário futuro... exatamente eu defendo como você também.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro responde

Pois é, Levy, eu sou radical mesmo, e aí o Eduardo faltou na aula de sociologia. Não dá para defender classes e estar junto com o governo da direita, não se avança em pautas progressistas com o governo da direita. E é verdade, Levi, nós temos no Brasil as mais altas taxas de juros do mundo. Isso significa endividamento para as famílias. 60% das famílias brasileiras estão endividadas, 57 milhões de pessoas já não conseguem mais pagar suas dívidas em dia por causa das altas taxas de juros. A presidente Dilma aumentou a taxa de juros nove vezes em apenas um ano, isso significa ganhos para os bancos e perdas para a população. Perdas para as famílias, e também desemprego. O IBGE divulgou um dado muito trágico. Nós temos um índice de desemprego entre os governos de 18 a 25 anos que chega a 14 por  cento. Isso significa que as empresas estão especulando no mercado financeiro, colocando seu dinheiro lá para render às altas taxas de juros ao invés de investir na produção, que gera emprego, que gera salário, que gera desenvolvimento e a concentração de renda aumenta cada vez mais. O Brasil inclusive subiu no ranking do país que mais tem bilionários no mundo. Nós temos 61 bilionários que possuem uma fortuna acumulada de mais de 150 bilhões de dólares.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix pergunta

Luciana Genro sabe que nós temos posições às vezes radicais à direita, e você à esquerda, e o universo conspira a nosso favor quando se trata de macroeconomia. A candidata Marina, pelo que tudo indica, está muito bem acompanhada de sonegadores, banqueiros, e ao que tudo indica, está muito... você acha que nós temos condições de pagar R$ 250 bilhões em juros dos nossos sofridos cofres?

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix faz sua tréplica

Everaldo, já tivemos alguns escândalos bem recentes, mensalão, e outros que ainda estão por surgir. Eu creio que até o final dessa eleição, ao que tudo indica, vem o tal do Yousseff com suas denúncias, após o Paulo, né? Eu acho que essa eleição não vai terminar bem desse jeito. Não sei, os três que estão pontuando poderão ter algumas surpresas com os três menores que aí estão. Vamos ver o que o povo decide no dia cinco de outubro próximo, vamos lá. 

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo faz sua réplica

Por ter falado sobre esse assunto no programa eleitoral do PSC envolvendo membros do atual governo, a candidata tirou um minuto do nosso tempo de televisão, uma atitude antidemocrática, autoritária. No Brasil do atual governo, falar a verdade é proibido. Se um funcionário da Petrobras, indicado pelo atual governo, disse que recebeu mais de R$ 50 milhões de propina, imagina os seus chefes? Lamentavelmente...

Josias de Souza

Josias de Souza comenta

Levy e Everaldo espancam Dilma ao falar sobre Petrobras. Em resposta, a presidente diz que foi a única a apresentar propostas contra a corrupção. Quando? Anteontem, com atraso de 12 anos.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix responde

Não só não tem a menor ideia nisso como em outras coisas. No debate da TV aparecida eu coloquei que o Orçamento nacional, a candidata colocou outro número. Isso é lamentável porque uma candidata que dirige a nação tem que ter conhecimento dos números. Realmente nos preocupa muito esses escândalos que preocupam a nossa nação. Petrobras e outros. A preocupação maior é ter a solução para esses problemas que cotidianamente ocorrem. Sabemos que o judiciário é lento, o MP acusa mas não prossegue. A que tudo indica o Yousseff vem com novos escândalos.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo pergunta

Lamentavelmente tenho que voltar ao assunto que continua sendo manchete no noticiário. Dilma disse que não tinha a menor ideia do que estava acontecendo na Petrobras. Você acha que ela não tem ideia do que ocorre em outros setores?

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo faz sua tréplica

Entre outros aspectos que o senhor falou dessa situação, nós temos que aumentar a fiscalização também sobre os veículos, tanto caminhões, veículos de passeio, os públicos, que, efetivamente, colocam uma poluição muito grande, principalmente nas grandes cidades. Nós, que viajamos pelo Brasil, todo temos visto que a falta de mobilidade urbana adequada tem provocado engarrafamentos quilométricos...

Josias de Souza

Josias de Souza comenta

Abespinhada por menções feitas ao seu governo por Marina e Pastor Everaldo, Dilma já requereu dois ‘direitos de resposta’. Nesse ritmo, o debate vai virar tribunal de recursos.  

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge faz sua réplica

O pastor acertou muito bem na questão do CID, um elemento importante voltar para você estimular o combustível mais limpo nas cidades. Mas eu quero voltar a insistir nesse ponto. A presidenta, o seu Ministro da Saúde, não falam nada sobre isso. São 60 mil brasileiros que vão morrer esse ano por causa da poluição do ar! E o Brasil, erradamente, na contramão da história, já colocando petróleo cada vez mais na nossa matriz energética, portanto, comprometendo definitivamente o ar das cidades brasileiras por décadas

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo responde

Candidato, lamentavelmente, não morre só pela poluição do ar. No ano passado, foram mais de 50 mil brasileiros que morreram, não só pela poluição do ar, por falta de saúde, por violência na rua. Então nossa proposta, inclusive, o governo desonerou, tirou a CID da gasolina, que é um combustível poluente, e deixou a CID em cima do etanol, prejudicando mais ainda a poluição do ar. Então, eu tenho a convicção de que fazendo as políticas corretas a respeito do meio?ambiente, nós defendemos um meio?ambiente saudável, sustentável. O PSC defende dessa forma, então eu acredito que com a política correta nós vamos evitar as mortes, não só pela poluição do ar, mas outras mortes que têm acontecido no país por falta de estrutura, e você, que é médico, já falou sobre isso aí, da situação que hoje, quantas pessoas chegam no hospital e estão morrendo porque não têm atendimento, não têm médico, não têm remédio, não têm aparelho funcionando para fazer os exames necessários? Então nossa preocupação no meio?ambiente é com um todo, não com o aspecto de estar essa poluição que nós vemos aí e que as pessoas realmente têm sofrido de maneira drástica nesse país.  

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge pergunta

Esquerda ou direita? Vou para a direita para andar com a direita. Um dos dramas hoje do Brasil, que pouca gente sabe, mas estudos científicos já provaram e a Faculdade de Medicina de São Paulo tem destacado nesse setor, é que morre uma pessoa por dia a cada um milhão de habitantes nas cidades brasileiras por causa da poluição do ar. Não sei se o senhor sabia disso. Um estudo recente, estudou o Estado de São Paulo. São 44 pessoas por dia. No Brasil, cerca de 200 por dia por causa da poluição do ar, diesel e gasolina. Qual sua atitude para enfrentar essa calamidade da saúde brasileira?

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge faz sua tréplica

Eu gostaria de crer nisso, mas, na verdade, PSDB, PT e PSB são muito próximos às suas propostas econômicas, aliás, da mesma família, da mesma família socialista com temperos capitalistas liberais. Tem que olhar com uma lupa para ver a diferença.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves faz sua réplica

Candidato, na verdade, nós só vamos voltar a crescer no momento que o Brasil voltar a ser respeitado, no momento em que tivermos a... é outra herança macabra. Na minha proposta de governo nós vamos elevar a taxa de investimento da nossa economia em 18% do PIB para algo em torno de 23% a 24% do PIB, porque nós temos time de alta qualidade para permitir que os investimentos privados voltem a nos ajudar a gerar empregos no Brasil.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge responde

Primeiro, uma lembrança para a Luciana. Ela não entende, porque faltou a aula de história do século XX. O PV não é um partido nem pró-socialista, nem pró-capitalista, é um partido ecologista. Se nós temos chances de ajudar um governo de esquerda ou de direita, vamos ajudar. É diferente de um partido de extrema esquerda, que tem suas leis, seus dogmas, Vaticanos, é diferente. Quanto à sua resposta, Aécio, a nossa proposta é que hoje a taxa de juros Selic do jeito que está, 11%, ela, na verdade, inibe o crescimento e a indústria. Tem muito industrial que aplica para virar rentista para não se arriscar, por isso viaja, passa dois meses lá em Miami viajando, garantindo seu lucro pelo rentismo. A principal proposta é trazer a taxa Selic para o nível civilizado, talvez para o nível da inflação, como outros países praticam, trazer dinheiro para o investimento, para avançar na saúde, educação e cultura, e ativar o crescimento industrial, de serviços, da agricultura, isso vai dar mais trabalho, mais renda para o trabalhador que por sua vez vai alimentar o crescimento. Esta é a nossa ideia, um crescimento, e não uma estagnação proveniente dessa ditadura dos rentistas no Brasil.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves pergunta

Vou fazer a pergunta ao candidato Eduardo Jorge. Caro candidato, nós assistimos diariamente o governo falar em pleno emprego. Eu percebo que o Brasil caminha para se transformar num país do pleno emprego de dois salários mínimos. Nós sabemos que os empregos que pagam melhor remuneração, sobretudo os da indústria, estão indo embora. E sabemos também que um quadro recessivo como o que estamos hoje gerará mais desemprego. Qual a opinião do candidato de que forma faremos o Brasil voltar a crescer e gerar mais qualidade?

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves faz sua tréplica

Eu não vendi nada, candidata, mas eu vou aqui voltar ao tema que é central e quero falar ao telespectador, à telespectadora. Apenas a denúncia, eu vou ficar apenas nela, do diretor nomeado pelo seu governo, pelo governo do PT e mantido no seu governo. Apenas aquilo que ele assume que foi desviado da Petrobras, permitiriam que 450 mil crianças, seu filho, por exemplo, estivesse numa creche. Possibilitaria que 50 mil casas do "minha casa minha vida" tivessem sido construídas, é aí que está o dolo. É isso que a  corrupção impacta na vida das pessoas.

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff faz sua réplica

Candidato, eu combato a corrupção para fortalecer a Petrobras. Tem gente que combate para usar as denúncias de corrupção para enfraquecer a Petrobras. Eu registro que os senhores foram sempre favoráveis a uma relação com a Petrobras de privatização. É eleitoreiro falar o que senhor vai reestatizar, aliás, o senhor vendeu uma parte das ações a preço de banana e tentaram tirar o "bras" do nome Petrobras, de Brasil, por quê? Para vender mais fácil no exterior.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves responde

Senhora candidata, eu tenho sido absolutamente claro no que diz respeito a Petrobras. Nós não vamos privatizá?la, inclusive, um projeto de lei que proíbe a sua privatização é de autoria do PSDB, mas eu vou reestatizá?la, vou tirá?las das mãos desse grupo político que tomou conta dessa empresa e está fazendo aquilo que nenhum brasileiro poderia imaginar, negócios há doze anos. Senhora Presidente, senhora candidata, e a senhora era a presidente do conselho de administração desta empresa. É vergonhoso. Eu expresso aqui a indignação de milhões de brasileiros. As denúncias não cessam. A última dessa semana é do coordenador da sua campanha. Preciso que isso seja comprovado, mas a denúncia está numa importante revista. Busca esse esquema de propinas e recursos para financiá?la. Eu prefiro não acreditar nisso, mas não há, senhora candidata, e vou falar de forma muito franca, não há um sentimento de indignação, não vejo em momento algum na senhora dizendo: "não é possível que fizeram isso nas minhas barbas sem eu saber o que estava acontecendo". Não, candidata, essa indignação está faltando, mas eu a expresso aqui e aproveito ainda para lembrar que quando nós, porque a história não pode ser reescrita, quando nós assumimos o governo com o presidente Fernando Henrique, a inflação era de 916% ao ano, levamos a 7%. A eleição do Presidente Lula elevou-a a 12%. A senhora será a primeira presidente pós-Plano Real, pós-redemocratização, que vai deixar a inflação maior do que recebeu.

Josias de Souza

Josias de Souza comenta

Incrível: Dilma pergunta a Aécio sobre Petrobras. Enforcada falando de corda. Vai privatizar? E Aécio: não, vou reestatizar, para interromper a corrupção! João Santana deve ter mordido a gravata! 

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff pergunta

Candidato, em seu  discurso proferido na Câmara, em março de 1997, declarou que pode ser que chegue o momento de discutirmos a privatização da Petrobras, mas não será agora. O senhor voltou ao tema dizendo que a Petrobras não está no radar da privatização do PSDB. Eu queria, candidato, dois esclarecimentos. Primeiro: o senhor assumiria o compromisso de nunca colocar a privatização no radar? Quais as privatizações que estão no radar?

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff faz sua tréplica

Ao contrário, responderei. A política de etanol do meu governo foi baseada no que você é contra. O que é? Subsídio, nós demos subsídio para o etanol através de financiamento. Demos também desoneração de PIS, Cofins, e além disso, autorizamos aumentar a mistura de 25% para 27,5. Então nós temos um conjunto de medidas para reforçar o setor de etanol.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva faz sua réplica

Não respondeu o que era mais importante, que a política de etanol no seu governo é um fracasso, destruindo 60 mil empregos, prejudicando o setor. Eu vou repetir, Dilma, 70 usinas foram fechadas, 40 estão em recuperação judicial, e você não respondeu a questão importante, por que mudou as prioridades que o Presidente Lula tanto falou durante o seu governo?

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff responde

Antes eu vou responder a algumas questões que eu sou impedida de responder. Primeiro: o Brasil tem o maior programa de remédios gratuitos de todo o mundo. Nós damos remédios gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, portanto, mais de 18 milhões de remédios em milhares de farmácias. Aqui tem farmácia popular espalhada pelo Brasil. Segundo: eu queria dizer que nós reequipamos e modernizamos as Forças Armadas. As Forças Armadas hoje têm não só reequipamento, mas têm um plano estratégico de internalização de Defesa, dos caças e também de armamentos. Quero também destacar que o Brasil precisa de 70 mil investiga watts no horizonte, assim sendo é muito difícil, extremamente difícil alguém querer solucionar o problema de energia elétrica baseado pura e simplesmente em energia que não seja a hidrelétrica, e baseado também em outras fontes como a eólica. É importante, a biomassa é importante. Mas é fundamentalmente energia hidrelétrica. Queria também falar para o candidato Aécio que é estranho ele falar de inflação quando o ministro que ele escolheu para ser ministro da Fazenda levou a inflação a 7,7 e a 12,5%.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva abre segundo bloco de perguntas entre candidatos

Para a presidente Dilma. Dilma, o setor de álcool combustível tem pago um alto preço no atual governo, no seu governo. Cerca de 70 usinas fechadas, 40 em recuperação judicial, perda de emprego, cerca de 60 mil empregos perdidos,mesmo depois do presidente Lula ter estimulado o setor. O que aconteceu para que você mudasse o rumo da política, causando tanto prejuízo econômico e desemprego no nosso país?

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro faz sua tréplica

Não foi sem querer, Eduardo, agora eu vejo que tu tem postura muito semelhante a minha em várias pautas progressistas, só que eu me preocupo, porque eu acho, Eduardo, que é muito difícil se avançar nas pautas progressistas que nós defendemos com o tipo de alianças que tu e teu partido costumam fazer. Tu fostes secretário do Kassab, secretário do Serra, tu destes guarida aos governos mais autoritários e truculentos, que foram os do PSDB. O PV tem se aliado... como defender falsos progressistas...

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge faz sua réplica

Bom, sem querer você respondeu, porque a precificação dos quatro elementos principais são esses.. é o combustível fóssil, é o desmatamento, o boi para o abate e o lixo. Quem sabe, quem conhece inventário de gás de efeito estufa no Brasil sabe que esses são os quatro setores que têm que ser precificados. Carbono, para você transitar para o desmatamento zero, para o lixo zero, para a alimentação saudável e combustíveis limpos da matriz energética. A precificação é o instrumento.

Josias de Souza

Josias de Souza comenta

Luciana Genro diz a Eduardo Jorge que pode, sim, chegar à Presidência da República. O ‘possível’, de fato, está inserido no ‘impossível’. Mas não se deve dar crédito ao inacreditável.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro responde

Eduardo, não entendi o teu risinho, quando peguntaste se eu fosse presidente... e eu posso, sim, ser presidente, e tenho a convicção de que se todos que concordam com as propostas que eu tenho defendido, eu posso chegar ao segundo turno. Nada deve parecer impossível de mudar e nós temos a convicção de que depois de junho de 2013, o Brasil mudou porque o povo se deu conta que precisa atuar de forma mais firme na política, que precisa tomar a política nas suas próprias mãos, e nós precisamos de uma nova política de verdade, Eduardo, a tua preocupação com o carbono é muito justa, mas eu me preocupo também com a necessidade de nós termos um combate ao desmatamento, que é uma das maiores fontes de poluição do Brasil. Nós temos cinco mil quilômetros quadrados de áreas florestais sendo desmatadas a cada ano. Em 2013, o desmatamento da Amazônia aumentou em 28%. E a agropecuária ocupa mais de 70% da área de florestas no Brasil, da área desmatada e é um dos mais relevantes vetores de desmatamento. É preciso que o Brasil tome conta das suas florestas, porque garantir o futuro da nossa nação significa preservar o nosso meio?ambiente. E para preservar o nosso meio?ambiente é preciso ter uma postura dura contra o agronegócio, que é o principal vetor de desmatamento na Amazônia.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge pergunta

 Luciana, a precificação do carbono, para combater o aquecimento global... Quais as quatro áreas que você, se fosse presidente... você precificaria o carbono e por quê?

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge faz sua tréplica

Precisou importar porque não formou, não criou a carreira nacional de base municipal para o médico de família, enfermeira de família e os agentes comunitários. De última hora, vem nas pesquisas 85% do povo crítico a saúde brasileira, inventaram esses efeitos especiais e importaram médicos. Importar médico não é muito problema, importar escravo, semi-escravo sim, é uma vergonha para o Brasil, desonra o Brasil pagar R$ 3 mil a médico cubano.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix faz sua réplica

Eduardo, o Brasil está pagando mais de um bilhão de reais a Cuba para trazer treze mil cubanos, que não fazem nem o revalida. Imaginem só, se pudéssemos com esse mesmo dinheiro pagar R$ 10,7 mil, que é exatamente o que ... eu creio que sendo presidente ou não, qualquer um dos presidentes que vierem assumir, deverão repensar o Mais Médicos para só médicos brasileiros.

Eduardo Jorge (PV)

Eduardo Jorge responde

Esse é o tema de toda a minha vida, posso falar muito tempo, mas falo somente de três assuntos. É preciso mais recursos federais porque eles reduziram a percentagem dos recursos federais à disposição dos SUS nos últimos doze anos, de 55% de financiamento federal, no conjunto, passaram para 45. Ponto dois. A saúde tem que conversar com as outras políticas públicas, o SUS sozinho não pode cuidar da saúde de todos os brasileiros se não tiver ajuda da área de transportes, de saneamento, de alimentação, que vão promover a saúde, o Sistema Único de Saúde não pode ser o sistema único da doença, tem que ser da saúde também. E para isso a promoção da saúde, coisa que o Brasil não faz, é essencial para o orçamento e para a qualidade de vida do povo.Em terceiro lugar, o programa mais importante que vai ordenar, que vai ser o farol para que o Sistema Único de Saúde como nós pensamos lá atrás, na constituinte, de 88, 89, tem como paradigma o Sistema Nacional inglês, tenha o sistema em qualidade, nesses doze anos foi abandonado em quantidade e qualidade. E esse é o programa principal para que o médico, a enfermeira, e os nossos queridos agentes comunitários tenham condição, conhecendo as pessoas, humanizar e racionalizar o B sistema, como é o sistema inglês. E quanto a CPMF quem mudou de posição foi o PT. Eu fui punido porque votei, e o Lula que era contra virou a favor quando era governo.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix pergunta a Eduardo Jorge

Meu tema é saúde. O senhor é médico, sabe que estamos sucateados de ponta a ponta. A população sofre nas filas dos hospitais, enquanto isso o governo proporciona, através do BNDES, R$ 100 milhões para o Sírio?Libanês e faz com o Mais Médicos o seguinte: traz 13 mil cubanos, em vez de empregar médicos brasileiros. O que você me fala sobre isso?

Levy Fidelix faz sua tréplica

Everaldo, aqui não é jogo de comadre não, mas eu concordo plenamente com você. Nós somos de centro direita, queremos a nossa Pátria, Pátria livre, para tal, gente, é muito importante isso, forças armadas são instituições perenes, temos que dar a elas as mínimas condições de funcionamento e o atual governo está deixando isso ao léo, para que daqui uns anos estejamos fracos e possamos até ser invadidos por esse bolivarianos.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo faz sua réplica

Everaldo, aqui não é jogo de comadre não, mas eu concordo plenamente com você. Nós somos de centro direita, queremos a nossa Pátria, Pátria livre, para tal, gente, é muito importante isso, Forças Armadas são instituições perenes, temos que dar a elas as mínimas condições de funcionamento e o atual governo está deixando isso ao leu, para que daqui uns anos estejamos fracos e possamos até ser invadidos por esse bolivarianos.

Levy Fidelix (PRTB)

Levy Fidelix responde

Muito obrigado, Everaldo, boa noite, senhores. É um tema muito interessante esse, na medida em que sabemos que isso não vem de agora apenas, vem lá de trás. Sabemos que nossas Forças Armadas não apenas estão sucateadas em equipamentos, como também faltam até coturnos, o salário está defasado em 28%, e o atual governo não consegue repor esses índices que a família militar tanto precisa e quer. E se formos observar a dificuldade que as Forças Armadas possuem hoje, em defender nossas fronteiras, é muito preocupante. Porque temos aí o narcotráfico. Temos aí os países bolivarianos nas fronteiras, que podem atacar as nossas fronteiras, invadirem, como estão fazendo com o narcotráfico, poderão fazer guerrilhas, isso é muito preocupante. Temos que aumentar o índice de apenas três porcento que temos hoje no investimento às Forças Armadas para pelo menos 5%. Temos hoje 350 mil homens em armas, podemos muito bem ampliar a nossa capacidade desse efetivo. É fundamental que nossa nação seja realmente bem guardada e a partir das nossas fronteiras, do reequipamento das nossas armadas e seus salários repostos. 

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo pergunta

Levy, vou fazer uma pergunta a você. Nos últimos doze anos as Forças Armadas brasileiras foram sucateadas, em torno de noventa porcento dos equipamentos já estão ultrapassados, em torno de 87% não dá nem para ser utilizado. Pergunto a você: qual é sua proposta para as forças armadas brasileiras?

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo faz sua tréplica

Quando eu coloco para a população brasileira que nós temos que reduzir o Estado hoje, que é um Estado inchado, governo inchado, com 'N' empresas que só servem de cabide de emprego e só servem para abastecer o foco de corrupção. Lamentavelmente, se uma pessoa, um membro, um diretor indicado pelo governo declarou, nos últimos dias, nas últimas horas, está aí na imprensa, que só ele recebeu de propina em torno de R$  50 milhões de reais, então não dá para se acreditar mais nesse governo.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves faz sua réplica

Concordo com o que diz o candidato Pastor Everaldo. Infelizmente as nossas empresas públicas e as nossas instituições foram tomadas por um grupo político que as usa para se manter no poder, essa é a realidade. A cada debate que nós encontramos, há uma denúncia nova em relação a Petrobras, por exemplo. Talvez, o retrato mais visível do descompromisso desse governo com a profissionalização, com o resultado, e é isso que precisa mudar no Brasil. A profissionalização.

Pastor Everaldo (PSC)

Pastor Everaldo responde

Nós temos andado pelo Brasil, e temos constatado que o brasileiro, você que está em casa, está tendo uma dificuldade de pagar suas prestações, você está tendo dificuldade de fazer a compra com os mesmos recursos que você fazia há tempos atrás. Você vai no supermercado, vai na feira, não consegue comprar, e recentemente, o IBGE, órgão conceituado no Brasil, ele divulgou uma pesquisa, desigualdade social, que foi considerada errada para consertar. Por quê? O governo, no ano passado, gastou mais de dois bilhões e meio com propaganda, mas recursos para o IBGE têm sido os mais escassos possíveis. Então, quando nós vemos que um órgão do governo que já teve uma credibilidade realmente de a gente poder acreditar nos seus índices, o que acontece? Divulga pesquisas totalmente erradas, indevidas. Eu pergunto a você que está em casa, que conhece a inflação, que bate no seu bolso, você que vai fazer a sua compra, pode confiar nesses índices que o atual governo divulga toda hora é muda, faz o contraponto para dizer que estava errado? Por quê? Porque os recursos que deveriam ser colocados no investimento para gerar emprego e renda para o brasileiro são desviados no ralo da corrupção.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves pergunta

Vou dirigir a minha pergunta ao Pastor Everaldo. Candidato, nós temos andado pelo país, todos nós sem exceção, tenho certeza que assim como eu, o senhor tem encontrado um sentimento de indignação por um lado, com sucessivas denúncias de corrupção que não cessam no país e de desesperança e preocupação do outro, como por exemplo com os altos índices inflacionário. Quais as propostas que o candidato tem para enfrentar essas duas questões?

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves faz sua tréplica

Candidata Marina, nós concordamos em relação a necessidade de diversificarmos a matriz energética. É preciso Justiça. A senhora cita o governo do presidente Fernando Henrique, que tinha o grande desafio, o desafio de domar a inflação, de tirar o perverso imposto inflacionário das costas do sistema brasileiro. Lutamos muito por isso, contra o PT, lamentavelmente, no tempo em que a senhora participava do governo do PT, o governo Fernando Henrique cumpriu no seu tempo a sua maior obrigação, infelizmente esse governo não vem cumprindo a sua. 

Marina Silva (PSB)

Marina Silva faz sua réplica

O que precisa acabar é com o improviso, ter planejamento, nos dois governos nós tivemos sim o caso de improviso, e infelizmente o Brasil que tem o maior potencial de geração de energia limpa renovável e segura do vento, do sol, da biomassa, não faz o seu dever de casa. Nós temos uma proposta, trabalhar para que o Brasil tenha uma matriz energética limpa e diversificada, sem prejuízo da hidroeletricidade, vamos fazer sim os investimentos para que o Brasil tenha a matriz energética segura.

Aécio Neves (PSDB)

Aécio Neves responde

Candidata, todos nós sabemos que a nossa matriz energética é iminentemente hídrica, 70% vem das águas. Há uma necessidade iminente, urgente, de nós diversificarmos essa matriz energética. Infelizmente ao longo de todo o período do governo não houve planejamento,porque se por um lado alguns investimentos ocorreram, por exemplo, nos parques eólicos, sobretudo no Nordeste brasileiro, não houve capacidade do governo de planejar os investimentos em linha de transmissão que ligariam essa energia gerada ao sistema. Infelizmente, vários desses parques, cujos investimentos foram feitos, portanto, dinheiro público ali já gasto, não geram qualquer tipo de energia e benefícios à população brasileira, porque não foram interligados ao sistema, um outro, a meu ver, equívoco gravíssimo desse governo, diz respeito a sua política junto a Petrobras, que inviabilizou o etanol, talvez a grande, mais importante fronteira tecnológica de conhecimento que o Brasil atravessou. Apenas aquilo que poderia ser gerado através do bagaço, a biomassa, no Estado de São Paulo, permitiria quase que uma Belo Monte, do ponto de vista de geração. O que nós temos que fazer é a diversificação com o planejamento da nossa matriz energética.

Marina Silva (PSB)

Marina Silva pergunta

Senador Aécio Neves. Nós vivemos desde 2002 o grave problema da ameaça do apagão, no governo do presidente Fernando Henrique tivemos o improviso do racionamento. No governo atual, nós temos o grave problema de gastar bilhões e bilhões com termoelétricas por falta de planejamento em função de não darmos conta do grave problema da energia no nosso país. A minha pergunta para o senhor é o que vai fazer para resolver esse grave problema?

Marina Silva (PSB)

Marina Silva faz sua tréplica

Eu me lembro exatamente quando votei a favor. Não tenho a lógica da oposição pela oposição nem da situação raivosa, que não é capaz de dialogar em nome dos interesses do Brasil. E nem da situação cega, que só vê qualidades, mesmo quando os defeitos são evidentes. Eu tive uma prática coerente a vida toda, defendi sim a CPMF para o mundo de combate a pobreza, é mais uma das conversas que o PT tem colocado para deturpar o processo eleitoral.

Josias de Souza

Josias de Souza comenta

Apanhada na mentira, Marina desconversou. Dissera ter votado a favor da CPMF. Descobriu-se que votou contra. Indagada por Dilma, Marina falou de fundo da pobreza. Tim Maia costumava dizer: “Não fumo, não bebo e não cheiro. Só minto um pouco.” O que dirá a evangélica Marina? 

Dilma Rousseff (PT)

Dilma faz sua réplica

Candidata Marina, eu não entendo como a senhora pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF. Nessas quatro vezes a senhora votou não, isso consta dos anais do Senado. Atitudes como essa, candidata, produzem insegurança, governar o Brasil requer firmeza, coragem, posições claras e atitude firme. Não dá para improvisar. Então, candidata, me estarreço. Será que a senhora não lembre como votou quatro vezes contra a criação da CPMF?

Marina Silva (PSB)

Marina Silva responde

Mudei de partido para não mudar de ideais e princípio. A CPMF é um processo que começou em 93, com várias etapas. Nessas várias etapas, no momento em que foi o votação do fundo de combate a pobreza, que aliás foi uma iniciativa do senador Antônio Carlos Magalhães, a composição do fundo seria de recursos da CPMF e dos impostos sobre cigarro. Naquela oportunidade, tanto na comissão, quanto no Plenário, votei favorável, sim. Eu e o senador Eduardo Suplicy, mesmo com a oposição séria de várias lideranças do PT, que à época diziam que eu estava favorecendo um senador de direita. Eu tenho total coerência com as posições que defendo e foi por isso exatamente que eu disse que não faço oposição por oposição, que eu sei o que é melhor para o Brasil. Não só no caso da CPMF, para o fundo de combate a pobreza, quanto em relação a convenção 69 para defender o direito dos índios, o protocolo de Kioto, que o PT, na época até me orientou que talvez não fosse o mais oportuno, mas eu consegui convencer de que era o melhor para a proteção do meio-ambiente e da Amazônia, e também tivemos ali uma questão importante que foi a questão da reserva legal.

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff pergunta

Olha, eu queria dirigir uma pergunta a Marina. Candidata, Marina. A senhora mudou de partido quatro vezes nesses três anos, mudou de posição de um dia para outrem termos, em problemas de extrema importância como a CLT, a homofobia e o pré?sal. No debate da Bandeirantes a senhora disse que tinha votado a favor da criação da CPMF porque achava que era o melhor que se podia ter para a saúde. Qual foi mesmo seu voto, candidata, como senadora, na questão da CPMF?

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff faz sua tréplica

Eu reitero que 67% dos aposentados tiveram um aumento de 71% acima da inflação nos últimos anos. Queria dizer que é muito importante preservar a solidez da previdência social. Nós sempre estivemos abertos ao diálogo, ao debate sobre quaisquer questões da previdência, mas também temos a responsabilidade de assegurar esse que é um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, que é o direito a previdência. Por isso, nós acabamos com as filas. 

Mediadores intervêm novamente

Peço que respeitem, agora tréplica, trinta segundos para a presidente Dilma Rousseff.

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro faz sua réplica

Sim, a maioria dos aposentados ganha apenas um salário mínimo porque o Fernando Henrique desvinculou o reajuste das aposentadorias com reajuste do salário mínimo. Na época o PT era oposição e foi contra essa maldade feita pelo Fernando Henrique. Depois, governando há doze anos, o PT mantém essa mesma lógica, e mantém também o fator previdenciário, que dificulta as aposentadorias e reduz os benefícios, alegando um suposto déficit da previdência, quando na realidade, a seguridade é superavitária, a associação nacional dos auditores da Receita Federal todo dia demonstra o superávit da previdência.

Mediadores intervêm

Tempo encerrado, candidata, felicidade um e trinta para as respostas.

Dilma Rousseff (PT)

Dilma Rousseff responde

Candidata, eu queria primeiro cumprimentar a Record, cumprimentar os telespectadores, senhores e senhoras candidatos. Candidata, nós aumentamos muito a cobertura previdenciária no Brasil. Nós passamos praticamente de 37 milhões de pessoas para uma cobertura de quase 67 milhões de pessoas, foram 30 milhões que passaram a ter cobertura do INSS. Isso significou que houve um aumento do emprego, um aumento da formalização do trabalho, um aumento do micro e pequeno empreendedor, que passou, saltou de 710 mil micro e pequenos empreendedores que pagam INSS para quase quatro milhões e 300 mil micro empreendedores. Então houve um fortalecimento grande para a previdência. Eu acredito que hoje 67% dos aposentados, eles estão na faixa de até um salário mínimo. E nessa faixa, eles tiveram um aumento real nas suas aposentadorias, de 71% de 2003 até 2014. Quando se trata de aposentados a gente tem sempre de olhar não só os que já se aposentaram, mas os que estão prestes a se aposentar e os que se aposentarão nos próximos anos. Assim sendo, nós temos de manter...(Dilma é interrompida)

Luciana Genro (PSOL)

Luciana Genro pergunta

Boa noite a todos e a todas. Eu quero começar com uma cobrança, Presidente Dilma, porque os aposentados do nosso país vêm sendo massacrados. Desde à época do Fernando Henrique o cidadão se aposenta ganhando três, quatro salários mínimos, em poucos anos ele está ganhando apenas um, e isso faz com que aqueles que mais se dedicaram, mais produziram, e que chega o momento de ter uma retribuição, estejam numa situação de penúria, de miséria. A senhora vai manter essa maldade contra os aposentados?

Começa o 4º debate entre presidenciáveis da Rede Record

Começa, neste momento, o 4º debate entre presidenciáveis da Rede Record. 

Dilma Rousseff (PT) chega para 4º debate na TV entre presidenciáveis

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), já está nos estúdios da Rede Record, em São Paulo, onde participará do debate entre presidenciáveis neste domingo (28), às 22h30.

Dilma Rousseff (PT) chega para 4º debate na TV entre presidenciáveis - Reprodução

Datafolha: Dilma tem 40%; Marina tem 27%; e Aécio, 18%

Segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada na última sexta-feira (26), a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), lidera as pesquisas com 40% das intenções de voto. Marina Silva (PSB) aparece em segundo lugar, com 27%, e Aécio Neves (PSDB), em terceiro, com 18%. Os principais candidatos à Presidência participam do debate promovido pela Rede Record neste domingo (28) que começa às 22h30. Leia Mais

Candidatos começam a chegar para o debate na TV

Candidatos à Presidência da República começam a chegar aos estúdios da Rede Record, em São Paulo, para o debate entre presidenciáveis neste domingo (28). Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) já chegaram ao local. 

Debate terá três rodadas de confronto entre candidatos

De acordo com as regras do debate promovido pela Record, os candidatos à Presidência da República terão três ocasiões para fazer perguntas entre si.No primeiro bloco, candidatos fazem perguntas para candidatos. Os candidatos terão 30 segundos para fazer suas perguntas. As respostas deverão ter até 1 minuto e 30 segundos. Depois, vêm réplicas e tréplicas, cada uma com 30 segundos de duração. Haverá duas rodadas de confrontos diretos no primeiro bloco e todos os candidatos vão perguntar e responder uma única vez.No segundo bloco, será a vez de jornalistas fazerem as perguntas aos candidatos. Cada presidenciável poderá responder e comentar uma única vez. As respostas deverão ter  1 minuto e 30 segundos. Os comentários poderão ter até 30 segundos.No terceiro bloco, os candidatos voltam a fazer perguntas entre si, conforme as mesmas regras do primeiro bloco. No último bloco, os candidatos farão suas considerações finais. 

TSE decide a favor de Dilma, e Pastor Everaldo perde 1 minuto na TV

O candidato à Presidência da República, Pastor Everaldo (PSC), perdeu um minuto do seu tempo de TV por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A decisão teve como base um pedido da coligação da petista em relação a um trecho do programa de Pastor Everaldo no qual ele dizia que empresas estatais estavam sendo 'roubadas'.  Leia Mais

Em SP, Eduardo Jorge se encontra com grupo a favor da legalização do aborto

O candidato à Presidência da República pelo PV, Eduardo Jorge, pedalou até a avenida Paulista, em São Paulo, e se encontrou com um grupo de manifestantes favoráveis à legalização do aborto, uma das principais bandeiras do candidato. Eduardo Jorge (PV) participará do 4º debate na TV que começa hoje, às 22h30.  Leia Mais

Aécio Neves vai a batizado de filhos, em MG, antes de ir a debate em SP

O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, participou do batizado dos filhos recém-nascidos na cidade de São João Del Rey, em Minas Gerais, neste domingo (28). De lá, ele seguiu direto para São Paulo, onde participa do 4º debate na TV entre presidenciáveis, que começa hoje às 22h30. Leia Mais

Às vésperas de debate, Dilma defende critérios de escolha do Mais Médicos

Poucas horas antes de o 4º debate na TV entre candidatos à Presidência da República começar, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), voltou a defender o programa Mais Médicos.  Leia Mais

Datafolha: em 16 dias, Marina tem queda nos 2 maiores colégios eleitorais

Pesquisa do instituto Datafolha divulgada na última sexta-feira (26) indica que a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, teve queda nas intenções de voto em dois dos maiores colégios eleitorais do Brasil nos últimos 16 dias.  Leia Mais

Candidatos à Presidência da República participam de 4º debate na TV

Debate entre os principais candidatos à Presidência da República começa hoje às 22h30, em São Paulo.

Candidatos à Presidência da República participam de 4º debate na TV

Debate entre presidenciáveis começa às 22h30

O debate entre os candidatos à Presidência da República organizado pela Rede Record começa às 22h30, em São Paulo.

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