Com quase 30% dos votos válidos, pouco mais de 910 mil votos, o candidato do PSOL Marcelo Freixo considera que, embora não tenha conseguido chegar ao segundo turno das eleições, sua candidatura foi vitoriosa.

“Tivemos uma votação expressiva que mostra que é possível fazer política com outras práticas, diferente do que se tem feito até aqui com mensalões que continuam se reproduzindo (em referência ao caso do apoio do PTN ao prefeito reeleito Eduardo Paes) como aqui no Rio. Mas essa mobilização que conseguimos mostra que estamos no caminho certo e que a resistência já começou” declarou ele ao ser recepcionado por um grupo de cerca de 300 seguidores, em sua maioria jovens.

Ele comemorou, ainda, o fato de a bancada do PSOL ter feito quatro vereadores - o PSOL tinha apenas duas vagas na Câmara, sendo que uma havia sido assumida por um suplente, o vereador reeleito Paulo Pinheiro.

Freixo disse que fez uma campanha limpa e que evitou agressões. “Eu não utilizo os mesmos expedientes que ele, Paes, utiliza para construir suas alianças políticas, mas procurei respeitá-lo e desejo boa sorte a ele”, declarou.

Questionado se poderia se constituir numa força para disputar o cargo de governador do Rio em 2014, como uma opção da esquerda, Freixo disse que não vive de cargos, mas não descartou completamente a possibilidade. “Não estamos pensando nisso, isso não se constrói assim, mas certamente nossa votação renderá frutos, já está rendendo”.  E repetiu: “a resistência já começou."

Enquanto era entrevistado por diversas equipes de jornalistas, seguidores do candidato, em sua maioria jovens, hostilizaram a equipe de reportagem da TV Globo.