Ford fecha venda da Volvo à chinesa Geely

Da Redação, com agências

  • AFP

    Li Shufu, pela Geely, e Lewis Booth, pela Ford, cumprimentam-se neste domingo em Gotemburgo, na Suécia, no anúncio da venda da Volvo à empresa chinesa; atrás deles, um exemplar do sedã S60, renovado pela Volvo este ano

    Li Shufu, pela Geely, e Lewis Booth, pela Ford, cumprimentam-se neste domingo em Gotemburgo, na Suécia, no anúncio da venda da Volvo à empresa chinesa; atrás deles, um exemplar do sedã S60, renovado pela Volvo este ano

Foi anunciada oficialmente neste domingo (28) a venda da Volvo, fabricante sueca de veículos, à Geely, a maior montadora privada da China. A formalização do negócio acontecerá ao longo dos próximos meses, informa o boletim Automotive News Europe. A Ford receberá US$ 1,8 bilhão, mas pagou pela Volvo cerca de US$ 6,4 bilhões em 1999. Na ponta do lápis, a perda é de US$ 4,6 bilhões.
 
A Volvo fazia parte do -- agora fechado -- leque de marcas premium do grupo norte-americano Ford, que já incluiu Aston Martin, Land Rover e Jaguar, estas duas últimas vendidas para o grupo indiano Tata. A venda da marca sueca -- que tem obtido bons resultados com seus modelos no Brasil -- aos chineses vinha sendo negociada desde outubro de 2009.

Com o negócio, a Ford pretende focar energias (e dinheiro, obviamente) em seu negócio principal -- os carros, picapes e caminhões da própria marca Ford. Entre os três grandes grupos automotivos dos Estados Unidos (os outros dois são General Motors e Chrysler), a Ford foi o que menos sofreu com a crise global de 2008-2009. Não pegou dinheiro emprestado do governo (ao contrário da GM, que hoje, na prática, é uma estatal) nem foi absorvida por um rival europeu (como a Chrysler, nas mãos da Fiat).

A política de livrar-se de marcas deficitárias e/ou internacionais ajudou nisso: restaram à Ford apenas a Lincoln e a Mercury, ambas voltadas aos mercados da América do Norte. Nos últimos anos, por exemplo, a Ford desfez-se de seus ramos britânico (as já citadas Land Rover e Jaguar) e japonês (Mazda, na qual passou a ter participação minoritária).

Por sua vez, a chinesa Geely, uma montadora de veículos que nasceu como fábrica de geladeiras em 1986, seis anos depois passou a fabricar motocicletas, e em 1998 lançou seu primeiro carro, consolida-se como player no mercado automotivo mundial. No ano passado, a Geely fabricou cerca de 329 mil veículos. Por ora, não vende seus produtos no Brasil.

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