Novo A8 tem tudo o que a Audi sabe fazer de melhor
Especial para Auto Press
Em Málaga (Espanha)
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Divulgação
Um sedã enorme e cheio de atrações para quem tem dinheiro e exige luxo: este é o A8
A briga no exigente segmento dos sedãs de luxo promete esquentar. Com o Mercedes-Benz Classe S ainda com fôlego, a nova geração do BMW Série 7 bastante recente no mercado e o novo Jaguar XJ, que promete surpreender, chega a mais recente geração do topo de gama da Audi. Anunciado como o modelo mais esportivo do nicho, a quarta geração do A8 -- contando com o Audi V8 de 1988, que marcou a entrada da marca das argolas no segmento -- é também, e não por acaso, o primeiro grande lançamento de 2010 da casa de Ingolstadt. Tanto por ser o modelo que indica o novo rumo que a montadora pretende seguir em termos de estilo, qualidade e tecnologia, como por evidenciar o seu objetivo de se tornar a principal marca premium no mundo.
ÁLBUM DE FOTOS |
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Com 5,13 m de comprimento, 1,94 m de largura, 1,46 m de altura e 2,99 m de entre-eixos, o novo A8 é mais comprido e mais largo, não só que o seu antecessor, mas também que seus rivais alemães -- com a nova geração, ainda volta a versão longa do sedã, que deve chegar no fim do ano apenas com os motores V8 e W12 e com entre-eixos 15 cm maior que a "normal". E entre os principais atributos do A8 estão um design com ares de cupê, que lhe confere uma aparência envolvente e dinâmica, que alguns apontam como pouco discreta para o segmento. Mas que, seguramente, tem a seu favor ser muito mais consensual do que o caminho escolhido pelos seus rivais.
O A8 ainda conta com outros argumentos bem interessantes. Tem uma gama de motores cujos consumos baixaram 22% face aos da geração anterior. A linha é composta apenas por propulsores com injeção direta e cilindros dispostos em V: 3.0 V6 TDI com 250 cv, 56 kgfm e sistema start/stop; 4.2 V8 TDI com dois turbos de geometria variável, common-rail, pressão de 2 mil bar, 350 cv e 81,5 kgfm; e 4.2 V8 FSI a gasolina, com 372 cv e 45,3 kgfm. No terceiro trimestre de 2010 chegarão as versões V6 do sedã: 3.0 litros a diesel e a gasolina, este com 290 cv.
No fim do ano será a vez de ser lançado o 6.3 W12 FSI de 500 cv e uma variante que se espera muito competitiva, com tração somente dianteira e animada por um motor 3.0 TDI de 204 cv, que promete um consumo médio de 16,6 km/l e emissões de CO2 de 156 g/km. Para uma fase posterior está confirmado o lançamento de uma versão diesel do A8 especialmente "limpa", já capaz de cumprir as normas Euro 6, que vão entrar em vigor em 2014. Preços: o 4,2 litros a gasolina começa em 89.300 euros (cerca de R$ 216 mil); o diesel parte de 90.800 euros (R$ 219.700).
CONTEÚDOS
De série, toda a linha é equipada com a nova caixa automática Tiptronic de oito velocidades, menor que a anterior de seis relações e dotada de borboletas no volante para mudanças sequenciais. O sedã também recebe sistema de tração integral quattro com três diferenciais e distribuição da tração entre os dois eixos com limites de 20/80 e de 60/40 para os eixos dianteiro e traseiro. Este sistema não é disponível na versão 3.0 TDI de 204 cv. Já a suspensão pneumática oferece três modos de funcionamento: Auto, Comfort e Dynamic. Como opcional, existe a configuração Sport, com distância do solo menor em 1 cm em relação ao modo Dynamic.
Ao mesmo tempo, o novo A8 tem uma estrutura mais leve e moderna. O chassi pesa apenas 231 kg e é composto por 13 diferentes ligas de alumínio. Com isso, é 40% mais leve do que uma estrutura equivalente em aço, oferece um aumento de 15% na rigidez torcional face ao A8 anterior e permite ao modelo ser cerca de 200 kg mais leve do que os rivais dotados de uma motorização e nível de equipamento equivalentes. A alta tecnologia também se faz presente nos equipamentos. Estão lá o Drive Select, que permite ao condutor configurar suspensão, motor, câmbio e direção. A iluminação interna é toda por leds e os bancos dianteiros têm ajustes elétricos com 12 regulagens de série, ventilação e massagem pneumática.
Segurança também não falta. O A8 é vendido com encostos de cabeça ativos, controle de estabilidade, airbags frontais, laterais e do tipo cortina e controle de cruzeiro ativo. O sensor do ponto cego, o assistente de faixa e o sistema de visão noturna são oferecidos como opcionais. Apesar de tudo isso, um dos atrativos do sedã é o novo sistema MMI. Pela integração de uma impressionante quantidade de funções, que chega ao ponto de permitir escolher o destino para o sistema de navegação a partir da Internet. E também pelo MMI Touch, uma tela sensível ao toque, semelhante às de palm tops. Ela adota diversos tipos de função: pode agir como cursor, como um conjunto de botões e até como base para escrita, com dicionário para vários idiomas. (por António de Sousa Pereira, do Automotor/Portugal)
IMPRESSÕES AO DIRIGIR.
Audi A8 dá um exemplo de dinamismo
Em termos de eficácia aerodinâmica, o Cx de 0,26 do novo Audi A8 fala por si. Por isso, é lógico que as atenções se concentrem, essencialmente, naquilo que se relaciona ao desempenho do sedã da montadora alemã. Ao longo dos dois dias passados no Sul de Espanha e das várias centenas de quilômetros com as três primeiras versões do modelo que chegarão ao mercado, pode-se adiantar que a experiência de condução do novo A8 é muito gratificante. Uma vez a bordo, a primeira menção vai para o amplo espaço disponível, tanto na frente como atrás, para o acabamento sóbrio e elegante, para a iluminação suave e eficaz e para um nível de qualidade geral absolutamente insuspeito. |
Antes de colocar o motor em marcha, chamam a atenção o sistema MMI e o Drive Select, para configurar os principais parâmetros de funcionamento de diversos componentes do carro. De série, o A8 conta com um sistema de som com 180 W, 10 altofalantes, leitor de DVD e dois leitores de cartões SD, mas as unidades testadas contavam, ou com o soberbo sistema Bose com amplificador digital com 600 W, 12 canais e 14 altofalantes, ou com o magnífico sistema Bang&Olufsen, com dois amplificadores, mais de 1.400 W de potência, 19 canais e outros tantos altofalantes -- ambos equipamentos são opcionais. Uma delícia para os ouvidos. |
A primeira versão testada do A8 foi a com motor 3.0 TDI. Mesmo com a suspensão no seu modo mais confortável, o modelo brinda os seus ocupantes com um comportamento equilibrado. E até em um modo mais esportivo, mantém o excelente nível de conforto, sublinhado pelo baixo nível de ruído do motor e por um ótimo isolamento acústico. A suavidade das passagens de marcha, a competência do sistema de freios ou a precisão da direção são trunfos que contribuem de maneira decisiva para o prazer de dirigir o A8. O motor responde sempre com agilidade às solicitações do acelerador. Em trechos mais sinuosos e em uma velocidade maior, a suspensão baixa automaticamente em 2 cm. E o A8 responde com brio quando exigido, com uma agilidade e eficácia invulgares para um modelo com este porte. |
Na configuração 4.2 FSI há uma dose extra de entusiasmo proporcionada não só pelo desempenho superior, como também pelo melodioso som do motor em altos giros. Mas é no 4.2 TDI que as coisas atingem o seu patamar mais convincente, como se não bastasse esta ser a versão mais nervosa do A8. Embora menos potente do que o 4.2 FSI, o top das versões diesel conta com um excelente torque, que garante a melhor performance no zero a 100 km/h: 5,5 segundos – em todas as versões, a máxima está eletronicamente limitada a 250 km/h. |
Além do mais, é, ainda, a única versão que oferece de série o diferencial traseiro Dynamic Sport, que divide a força do toque entre as rodas traseiras e confere dose extra de eficácia ao modelo e, por consequência, de emoção ao condutor, sobretudo quando este opta por selecionar o modo mais dinâmico -- leia-se permissivo -- do controle eletrônico de estabilidade. Pena que o sistema não possa ser totalmente desligado. Terminada a avaliação, fica a certeza de que o novo Audi A8 é um rival à altura dos líderes do segmento, mesmo no nível dinâmico, prometendo, inclusive, tornar-se a nova referência do nicho. (do Automotor) |