BMW X1 chega para ser um pioneiro 'crossover-hatch'

Da Redação

Depois de comemorar o status de maior crescimento de vendas entre todas as BMW do mundo em 2009, a unidade brasileira da montadora alemã começa a vender por aqui, na próxima semana, o X1, crossover compacto que -- segundo seus executivos -- deve inaugurar um novo subsegmento no mercado premium. Até uma nova sigla foi inventada para descrever o modelo: SAV, ou Sport Activity Vehicle, em vez do (supostamente banalizado) SUV, ou Sport Utility Vehicle. A tradução é ruim -- afinal, o que é uma "atividade"? Mas a intenção é clara: diferenciar e singularizar o X1 dentro das opções premium.

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    Cara de BMW sedã, 'queixo' de SUV, roda de esportivo, corpo de hatch... Esse é o X1

De fato: se o X6 foi o primeiro crossover-cupê, o X1 pode ser descrito como o primeiro crossover-hatch. Visto de lado, ele parece uma espécie de Super-Série 1. Medindo 4,45 metros, é 21 cm maior que o hatch de entrada da marca bávara, mas a silhueta é bem semelhante -- especialmente pelo primeiro volume alongado, que guarda o motor longitudinal. O pouquíssimo que o X1 tem de "utilitário", em termos visuais, está nas proteções da grade inferior dianteira e do para-choques traseiro. Os pneus de perfil baixo (225/50), por exemplo, não deixam dúvida sobre sua vocação urbana e "asfáltica".

A frente do modelo traz a característica grade com o desenho do "duplo rim", e a traseira fica num meio-termo entre station wagon e SUV. O X1 que chega às lojas está na configuração top de linha, a xDrive 28i. O carro possui tração integral (por isso é da família X) e seu motor é de 3 litros; normalmente o "28" indicaria um propulsor 2.8, mas não é o caso aqui. A potência é de 261 cavalos, e o torque chega a 31 kgfm, a 2.600 giros.

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O preço anunciado é de R$ 174.900, para levar à garagem um carro megaequipado em termos de segurança (possui airbags de quinta geração, capazes de calcular o volume ocupado pelos passageiros), dirigibilidade (o controle de tração atua independentemente em cada uma das quatro rodas) e conforto (interior todo em couro e bancos elétricos com duas memórias de ajuste). Um pacotão de opcionais, que inclui um acerto do motor para elevar a velocidade máxima de 206 km/h a 230 km/h, joga o preço a R$ 199 mil.

Em maio, a BMW deve trazer uma versão mais em conta do X1, com tração traseira e motor 2.0 de quatro cilindros. Esse carro deve custar algo entre R$ 120 mil e R$ 130 mil. Um sofisticado sistema de navegação, que deve incluir GPS com informações até do relevo de onde o carro está passando, é um mimo que virá num segundo momento da comercialização do X1 (mas ainda em 2010).

O dado mais curioso é que a marca bávara vê como principais concorrentes do X1 o Volvo XC60 e o Volkswagen Tiguan -- mesmo que a Volks não seja habitualmente considerada premium. Isso, entre os carros que existem, porque há os que ainda estão na prancheta: a BMW acredita que a Audi lançará um crossover menor que o Q5, que se chamará Q3; e a Mercedes-Benz criará o seu próprio SAV a partir da minivan Classe B, batizando-o de BLK...

No exíguo test-drive do modelo, que consistiu em duas voltinhas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi possível notar a atuação do controle de tração "segurando" o X1 nas curvas -- já na entrada delas o carro parecia tomar uma anestesia geral; nas saídas, o bom câmbio automático de seis marchas, em cuja performance não se notam trancos, engatava a segunda para garantir uma retomada decente. O carro pareceu confortável e tem um interior silencioso. Mais que isso só será possível dizer após dirigir o X1 em situações reais, e por um período mais extenso.

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