Conceito SR1 dá pistas dos próximos modelos da Peugeot

Da Auto Press

Os chamados conceitos têm funções bem específicas no universo automotivo. Uns surgem para indicar como será a próxima geração de um carro da marca. Outros servem simplesmente para colocar em prática os devaneios dos desenhistas do setor, os quais nunca chegarão às ruas. E ainda há aqueles que também dificilmente ganharão as vitrines das revendas, mas que sinalizam os novos rumos de design de um fabricante.

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    Discreto, o conceito SR1 abandona o 'bocão' frontal da gama atual da Peugeot

É nesse último caso que se encaixa o SR1, novo conceito da Peugeot. Além de inaugurar a mais recente logomarca da montadora francesa, o protótipo de cupê conversível aponta como serão os próximos modelos da marca do leão. Tudo, é claro, com abuso de linhas arrojadas e futuristas, típicas dos conceitos.

Com 4,82 metros de comprimento, 1,91 m de largura, 1,24 m de altura e 2,59 m de entre-eixos, o SR1 já mostra de cara como será a nova "identidade" da Peugeot. Sai a generosa grade estilo "bocão", que estreou no 307, e surge uma grade trapezoidal, mais diminuta, com contornos arredondados e barras cromadas bem definidas, e que parecem soltas da carroceria.

ÁLBUM DE FOTOS
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MAIS DETALHES DO SR1
O conjunto óptico também abandona os faróis projetados para fora e extremamente angulosos. No SR1, as lentes estão dispostas de forma mais horizontal, mas mantêm a agressividade com traços irregulares que passam sensação de movimento e (ainda) lembram os olhos de um felino.

O estilo do conjunto óptico se repete em várias outras partes do SR1, como nos espelhos retrovisores e nas laterais, num desenho cavado bem ao centro das portas do conceito. O mesmo traço é encontrado em duas aletas posicionadas à frente das colunas dianteiras do carro, que servem como entradas de ar. Segundo a marca, as linhas foram inspiradas no mundo náutico e têm formato de velas.

O jeitão de cupê do protótipo fica evidente no capô longo, rebaixado e todo esculpido, com o novo leão em meio a diversos vincos e saliências. O aspecto sinuoso se repete nas laterais, o que reforça a sensação de movimento que o conceito quer passar. Contribuem para essa característica o vidro dianteiro inclinado e o teto removível com caimento acentuado em forma de arco.

A traseira chama a atenção principalmente pela protuberância da tampa do porta-malas. Com seções bem definidas e aspecto levemente bojudo, ela parece formar um bico e se descolar do restante da carroceria. As lanternas, por sua vez, começam nas laterais em dois filetes que se juntam na altura do porta-malas em várias seções partidas, o que lhes dá um ar bastante agressivo.

O habitáculo do SR1 mistura tons e materiais como madeira, couro, cromados e níquel. O painel é envolvente, e o quadro de instrumentos conjuga elementos analógicos e digitais. O volante é oval e, ao centro do painel, há uma tela de LCD, além de um relógio desenvolvido pela Bell&Ross, fabricante suíça famosa por seus modelos usados por Forças Armadas de todo o mundo.

DESEMPENHO
Sob o capô, para não fazer feio e ficar antenado com as preocupações ecológicas da indústria, o SR1 utiliza o sistema de propulsão batizada pela Peugeot de HYbrid 4, com tração integral. Consiste num motor dianteiro 1.6 THP a gasolina com turbo de alta pressão de potência de 218 cv e torque de 29 kgfm, que move o eixo dianteiro. Ele trabalha em conjunto com uma transmissão manual de seis marchas e uma unidade de força elétrica posicionada na parte de trás do veículo, que gera 95 cv e impulsiona as rodas traseiras. No total, o modelo gera 313 cv de potência.

Segundo a marca, o conceito vai de zero a 100 km/h em 4,7 segundos, atinge a máxima de 250 km/h, emite 119 gramas de CO2/km e atinge média de consumo de 20,4 km/l em uso misto (combustão e eletricidade). O sistema híbrido de tração integral já vai estrear no crossover 3008 no ano que vem. Já as novas tendências de design sugeridas pelo SR1 devem começar a permear a linha Peugeot a partir do 408 -- nova geração de médios-grandes da marca que vai estrear na China no próximo dia 25 de janeiro. (por Fernando Miragaya)

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