Para virar 'global', Opel planeja demitir mais de 8 mil

Da Redação

O novo chefão da Opel/Vauxhall, divisão europeia da General Motors, quer transformar a companhia em "global", mudando seu esquema de marketing e tapando os buracos que existem em suas gamas de modelos e de motores/transmissões. Os planos de Nick Reilly foram expressados numa carta aos cerca de 48 mil empregados da Opel/Vauxhall, divulgada pelo boletim Automotive News Europe.

  • AFP

    O novo chefe da Opel/Vauxhall, Nick Reilly, acha que este ano será ruim para a indústria

Os novos tempos para a Opel/Vauxhall -- cujas sedes ficam na Alemanha e Inglaterra, respectivamente -- não vão ser fáceis, no entanto. Reilly espera que, este ano, as vendas de veículos novos caiam em cerca de 1,5 milhão de unidades na Europa.

O chefão deve detalhar seus planos para a companhia no próximo mês. Entre as medidas tidas como inevitáveis estão o fechamento de uma fábrica da Opel em Antuérpia, na Bélgica, e a extinção de cerca de 8.300 postos de trabalho. A Opel perde dinheiro a cada ano e conta com ajuda estatal para funcionar; até agora, fracassaram as tentativas da GM de vendê-la.

A marca alemã deve gastar cerca de 3,3 bilhões de euros para se reestruturar. Desse valor, ao menos 2,7 bilhões de euros viriam da ajuda financeira de governos dos países em que a Opel tem fábricas.

Uma das reivindicações dos funcionários da Opel, segundo o Automotive News Europe, é uma maior autonomia decisória, já que atualmente boa parte das diretrizes para a companhia vem diretamente de Detroit, sede norte-americana da GM.

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