Vectra hatch GT-X oferece design arrojado e bom pacote a um preço competitivo

Da Auto Press

O Vectra GT-X faz o que poucos modelos que preenchem as "vitrines" das concessionárias conseguem. Além de chamar a atenção do público, a versão topo de linha do hatch médio da General Motors tem boa saída. Nos emplacamentos de 2009, o GT-X respondeu até aqui por consideráveis 30% dos pedidos. De março a julho, após o hatch receber um sutil "face-lift", a média mensal foi de 920 unidades, com aproximadamente 276 vendas/mês da configuração "top". Se levar em conta o preço inicial de R$ 64.134, é um grande feito. Ainda mais em um segmento superpovoado.
  • Luiza Dantas/Carta Z Notícias

    Design arrojado e boa lista de equipamentos de série garantem versão GT-X do Vectra

Somente com o Vectra GT-X brigam diretamente hoje Citroën C4 Exclusive 2.0 16V flex, Ford Focus Ghia 2.0 16V a gasolina, Volkswagen Golf 2.0 8V flex, Peugeot 307 Presence 2.0 16V flex automático e Fiat Stilo Blackmotion 1.8 8V flex e Nissan Tiida SL 1.8 flex - estes dois com cilindrada menor. Nas últimas semanas, chegou ainda o Hyundai i30, equipado com um motor 2.0 16V a gasolina. Todos os modelos têm preços entre R$ 60 mil e R$ 65 mil. Assim, a briga entre os hatchs médios "top" leva em consideração o custo/benefício, onde pesam a lista de série e o motor, além de aspectos subjetivos, como o design. E o Vectra GT-X reúne bons argumentos nesse sentido.

Visualmente, o hatch médio da GM chama a atenção. Há uma profusão de vincos salientes espalhados pela carroceria. Ela é montada sobre vistosas rodas de liga leve aro 17 calçadas por pneus de perfil baixo: 215/45. Na dianteira, os destaques são os faróis com máscaras negras iluminados por lâmpadas azuladas Blue Vision e as seções nos para-choques, com os faróis de neblina ao centro. Visto de lado, chamam a atenção o caimento acentuado do teto e a singular antena do tipo "barbatana de tubarão". Já na traseira, as lanternas têm lentes fumê. A reestilização deste ano ainda acrescentou ponteira cromada, luzes de direção nos espelhos laterais e quadro de instrumentos com novos grafismos em tons de branco e vermelho alaranjado.

Na carona do face-lift, o propulsor 2.0 flex de quatro cilindros em linha e oito válvulas foi modificado e ficou mais robusto. Um dos mais fortes do segmento, produz 133/140 cv de potência com gasolina/álcool a 5.600 mil rpm e um torque máximo de 19,7/18,9 kgfm a 2.600 rpm, na mesma ordem. A unidade de força vem acoplada a um câmbio manual de cinco marchas, com opção de um automático de quatro velocidades. Perde em potência apenas para os propulsores multiválvulas dos rivais Focus, C4, 307 e i30.

FICHA TÉCNICA

Chevrolet Vectra GT-X 2.0 flex
Motor: A álcool e a gasolina, dianteiro, transversal, 1.998 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção eletrônica de combustível multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle eletrônico de tração.
Potência: 133 cv a gasolina e 140 cv a álcool a 5.600 mil rpm.
Torque: 18,9 kgfm com gasolina e 19,7 kgfm com álcool a 2.600 rpm.
Diâmetro e curso: 86 mm X 86 mm. Taxa de compressão: 11,5:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braço de controle ligado ao subchassi, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira semi-independente por eixo de torção, com viga de torção com braços de controle fundidos, molas progressivas do tipo barril com diâmetro variável e amortecedores hidráulicos. Não oferece controle eletrônico de estabilidade.
Freios: Dianteiros a discos ventilados e traseiros a discos sólidos. Oferece sistema ABS com EBD de série.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,25 metros de comprimento, 1,75 metro de largura, 1,45 metro de altura e 2,61 metros de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.
Porta-malas: 345 litros/805 litros com o banco traseiro rebatido.
Peso: .303 kg em ordem de marcha, com 520 kg de carga útil.
Tanque: 52 litros.
É a lista de série, porém, o principal argumento que sustenta as vendas do Vectra GT-X. O hatch médio traz previsíveis ar, direção e trio, e ainda airbag duplo frontal, freios com ABS e EBD, sensor de chuva, computador de bordo e rádio/CD/MP3 com Bluetooth e entradas auxiliar e SD Card. Os bancos são revestidos em couro, assim como o volante multifuncional, que possui comandos para o som e para o controle de cruzeiro. E o pacote inclui ainda alarme, retrovisor eletrocrômico, espelhos laterais eletricamente rebatíveis, ajustes de altura para o assento do motorista e de altura e profundidade da coluna de direção, entre outros. Um conjunto interessante, que credencia o hatch da GM a brigar no andar de cima do segmento.

IMPRESSÕES AO DIRIGIR
O Vectra GT-X é um típico carro de imagem. Seu porte encorpado, com vincos distribuídos por toda a carroceria e as imponentes rodas aro 17 sugerem um comportamento apimentado. Nas ruas, o modelo atrai olhares por onde passa. E o motor 2.0 flex de 140 cv com álcool até oferece um desempenho agradável, sobretudo em baixos giros. O propulsor de quatro cilindros em linha e oito válvulas enche rapidamente e empurra com vigor os 1.303 kg do hatch médio da Chevrolet. Isso graças ao torque máximo de bons 19,7 kgfm, despejado por inteiro logo aos 2.600 giros.

Nas três primeiras marchas, o escalonamento mais curto do câmbio também favorece arrancadas. Só na quarta e quinta marchas, mais alongadas, o motor demora a encher. Os engates do câmbio ainda são macios e precisos, embora o curso da alavanca seja longo demais para um veículo de pretenções esportivas. Já o comportamento do Vectra GT-X sobre o asfalto é exemplar. O hatch médio mantém-se equilibrado em curvas, retas e frenagens, sem pregar sustos. A versão GT-X avaliada ainda oferece um pacote de série extremamente bem servido. São sentidos apenas a ausência de airbags laterais e de controles de estabilidade e de tração, disponíveis em alguns rivais diretos. O espaço interno também não é muito generoso. Nada, porém, que o design arrojado e a lista de série não compensem. (por Diogo de Oliveira)

DE ZERO A 100 PONTOS, O VECTRA GT-X

Desempenho - O propulsor 2.0 flex oferece uma quantidade de força interessante no Vectra GT-X. Embora não proporcione grande arrojo, o motor de quatro cilindros em linha e oito válvulas tem um bom torque em baixo giros, com os 19,7 kgfm máximos despejados logo aos 2.600 giros. No trânsito urbano, o motor se mantém sempre cheio e pronto para acelerar. O zero a 60 km/h leva 5,8 segundos, enquanto o zero a 100 km/h é cumprido em 10,2 s. Falta força somente nas acelerações e retomadas em quarta e quinta marchas, ambas com relações muito alongadas. Nota 8
Estabilidade - É o principal destaque do hatch médio da GM. Tanto em curvas quanto em retas, a carroceria torce pouco e mantém a neutralidade, sem pregar sustos ao volante. Nas frenagens, o Vectra GT-X embica o mínimo a dianteira e mantém-se estável na trajetória, auxiliado pelo ABS e EBD. Nota 9
Interatividade - O GT-X oferece ampla gama de recursos eletrônicos e de ergonomia. Há regulagens para o assento do condutor e para a coluna de direção. O motorista pode controlar facilmente o rádio através dos botões no volante. Já na ponta da haste esquerda, lugar de acesso ruim, um pequeno botão aciona o controle de cruzeiro. Os comandos do ar também ficam mal posicionados, na base do console central, atrapalhados pela manopla do câmbio. Já a transmissão têm engates macios e precisos, mas o curso da alavanca é longo. Outro destaque é o indicador do momento certo para troca de marcha, acionado por um botão no console e visualizado no quadro de instrumentos. Nota 7
Consumo - O motor 2.0 flex foi honesto sob o capô do Vectra GT-X. A média foi de 7,1 km/l de álcool, num percurso que mesclou 1/3 de estrada com 2/3 de cidade. Nota 7
Conforto - O Vectra GT-X tem bancos largos cobertos em couro, mas não oferece fartura de espaço. Tanto na dianteira quanto na traseira, o espaço para pernas e cabeça vai no limite. Já o comportamento da suspensão é exemplar e absorve bem os rotineiros buracos do asfalto urbano. Nota 6
Tecnologia - Ao mesmo tempo em que oferece uma lista de série farta e moderna, o Vectra GT-X guarda algumas soluções antigas e deixa a desejar em segurança. A plataforma une a frente do Vectra sedã nacional com a traseira do Astra europeu. O motor 2.0 foi aprimorado, mas é originário dos anos 80. E o pacote de fábrica ressente-se da ausência de airbags laterais e de controles de estabilidade e tração. Nota 7
Habitabilidade - O porte médio e encorpado do GT-X esconde um interior claustrofóbico em termos de acessos e quantidade de porta-objetos. Só o porta-malas de 345 litros está na média do segmento. Nota 5
Acabamento - O painel com peças emborrachadas e encaixes precisos dá ao Vectra GT-X um padrão satisfatório. Embora tenham componentes de plástico rígido com texturas pouco atraentes, o conjunto agrada. Nota 7
Design - As linhas encorpadas e cheias de vincos deixam o Vectra GT-X imponente e chamativo nas ruas. O desenho tem harmonia e é atual, embora seja uma adaptação do Opel Astra europeu, que vai ganhar uma nova geração este ano. Nota 7
Custo/benefício - Recheado de equipamentos de série, o Vectra GT-X oferece um conteúdo bem completo para o segmento. Os R$ 64.953 pedidos na versão avaliada também estão na média do mercado. Nota 7
Total - O Vectra GT-X 2.0 flex somou 70 pontos em 100 possíveis. NOTA FINAL: 7,0

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