Renault revigora furgão Master, que fica mais versátil para levar pessoas ou carga

RICARDO PANESSA
Colaboração para UOL Carros

A Renault do Brasil apresentou neste final de semana, em São Paulo, a linha 2009/2010 do furgão Master. Revigorado, traz três versões de carroceria e seis configurações diferentes entre altura do teto, distancia entre-eixos e capacidades de carga. Todas têm a mesma motorização turbodiesel 2.5 dCi 16V e 115 cv de potência, com câmbio de seis marchas e tração dianteira. Os preços vão de R$ 77.000 (Chassi Cabine) até R$ 103.100 (Minibus L2H2 de 16 lugares). Opcionais como pintura metálica, ABS nas quatro rodas, ar condicionado e trio elétrico, entre outros, adequam a utilização do veículo ao transporte de carga ou pessoas, e podem elevar o preço até o patamar de R$ 120 mil.
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A Renault está otimista com o lançamento. Em 2008, apesar das atribulações do mercado, o segmento dos furgões grandes -- fora as furgonetas e a imbatível Volkswagen Kombi -- emplacou cerca de 20 mil unidades no Brasil, das quais 4.091 da linha Master. Este ano, até junho, cerca de 10,5 mil novos furgões ganharam as ruas, entre eles 1.838 Renault Master, ou cerca de 18% do total. Com o upgrade no design e aprimoramentos na parte mecânica, a nova versão do modelo tem como meta conquistar 22% do segmento de furgões grandes até o final deste ano.

PAPA-TUDO
O negócio de quem compra um furgão grande, de até 3.500 kg de peso bruto total, é transportar gente e/ou carga. Por isso, o ponto-chave desses veículos é a versatilidade. O Renault Master oferece três versões para transporte de carga: 8,3m³; 10,8 m³ e 12,6 m³ de capacidade. Para o transporte de passageiros, são outras duas versões: 13 e 16 lugares. E há ainda uma versão chassi-cabine, para receber carroceria ao gosto do freguês. Além disso, a Renault está ampliando sua linha de modelos transformados.

"Atualmente 25% das vendas do Master são de veículos transformados. Os que têm maior procura são os destinados ao uso hospitalar", afirma Fischer. Para atender à demanda de modelos com aplicações específicas de setores como saúde, transporte escolar, turismo, comércio, serviços e outros (há até uma versão dotada de isolamento térmico), a Renault desenvolve projetos em parceria com empresas especializadas em transformações, com a mesma garantia original de fábrica.

FURGÃO SOCIÁVEL
Aos olhos de quem o vê de fora, o novo Renault Master ficou com visual mais amigável e menos jeito de "caminhãozinho". A tampa do capô com forte vinco central, indo ao encontro da logomarca bem no meio da grade dianteira, dá tom de modernidade ao furgão. As luzes indicativas de direção, na cor âmbar, logo abaixo dos faróis de duplos refletores, e as luzes de neblina integradas a um parrudo para-choques, tornam seu aspecto sociável, mas imponente.

Acessibilidade é ponto alto do modelo. As duas portas traseiras oferecem excelentes ângulos de abertura, e a ampla porta lateral direita, corrediça, facilita o manuseio, além de oferecer um prático sistema de trava, que mantém a porta aberta mesmo com o carro parado numa ladeira. Já as versões Minibus têm maior área envidraçada e janelas laterais deslizantes.

FURGÃO SIM, MAS COM CONFORTO

Projetados para o transporte de carga urbano e rodoviário, os furgões grandes cumprem importante papel no setor. O mercado desses veículos no Brasil, de cerca de 25 mil unidades anuais, é disputado pelo Fiat Ducato, Iveco Daily, Mercedes-Benz Sprinter, Peugeot Boxer, Citroën Jumper, Renault Master e também pelo Ford Transit.

Segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o modelo líder deste segmento é o Fiat Ducato, que teve 7.867 unidades comercializadas em 2008. Na sequência vêm Renault Master, com 4.091; Mercedes-Benz Sprinter, 3.355; Peugeot Boxer, 2.135; Citroën Jumper, 1.449; e Iveco Daily, com 1.278 unidades vendidas entre janeiro e dezembro do ano passado. O Ford Transit foi lançado em dezembro e ainda não aparece nas estatísticas deste ano.

No acumulado de janeiro a junho deste ano, o ranking aponta o Ducato em primeiro, com 3.559 unidades emplacadas; seguido pelo Mercedes-Benz Sprinter (1.984), Renault Master (1.838), Kia K2500 (1.379), Iveco Daily (879), Peugeot Boxer (732), Citroën Jumper (598) e Ford Transit (358).

Projetados para o transporte de carga, todos oferecem diversas versões, desde modelos com chassi curto, longo ou extra-longo, até unidades com tetos mais altos, portas laterais corrediças, capacidade de carga de 1.300 kg a 2.270 kg e cabine com o mesmo conforto e dirigibilidade de automóveis.
Espaço é o que não falta dentro de um furgão Master. Medindo de 4,9 m a 5,9 m de comprimento, 2,0 m de largura e até 2,49 m de altura, nem poderia ser diferente. Ele pode transportar entre 1.364 kg e 1.526 kg, mas para o motorista e passageiros do banco da frente reserva os melhores benefícios. Graças ao banco do motorista com ajuste de altura e inclinação -- ítem de série em todas as versões --, à manopla do câmbio integrada ao painel e à direção assistida, não fosse pelo tamanho, seria tão fácil dirigir um Master quanto um automóvel de passeio.

O "jeito de automóvel" dentro da cabine é reforçado por painéis de portas forrados, saídas de ar redondas e uma profusão de porta-objetos. Segundo a Renault, o sistema de refrigeração foi redimensionado, reduzindo as diferenças de temperatura no interior do veículo. Mas o ar-condicionado é opcional em todas as versões.

Seja qual for a versão ou configuração, o novo Renault Master já sai de fábrica com direção hidráulica de série, ar quente, hodômetros digitais total e parcial, banco do motorista com regulagem de altura e inclinação, bloqueio de ignição por transponder, alerta sonoro de luzes acesas, faixa de proteção lateral na cor preta, relógio digital e farol com regulagem de altura, importante em veículos de carga.

Freios com ABS nas quatro rodas, air bag para o motorista, ar-condicionado, pintura metálica, divisória de vidro separando motorista e passageiro da área de carga, vidros dianteiros com acionamento elétrico e travas elétricas são opcionais.

MECÂNICA
Todas as versões do Master utilizam o mesmo motor turbodiesel de 2.5 litros, quatro cilindros, 115 cv de potência e 29,6 mkgf de torque máximo, a 1.600 rpm. Pesando entre 1.895 kg e 2.276 kg, qualquer versão pode, segundo a Renault, acelerar de 0 a 100 km/h em 16,5 segundos e atingir velocidade máxima de 145 km/h, números muito satisfatórios para um veículo com essas características e porte.

O bom desempenho deve-se não somente às qualidades do motor, mas também ao novo câmbio de seis marchas, com acionamento por cabos e alavanca no painel. Segundo Guilherme Gonçalves, supervisor de engenharia responsável pelo projeto Master Américas, o escalonamento da nova caixa foi feito para privilegiar o torque. "A sexta marcha, que será usada principalmente em estrada, garante mais economia de combustível e boa velocidade final", explica.

O novo Master conta também com caixa de direção recalibrada que, segundo Gonçalves, "exige 15% menos esforço dos motoristas durante manobras, mas que se mantém firme em altas velocidades." O sistema de freios, a disco nas quatro rodas com ABS opcional, juntamente com um conjunto de suspensões bem calibrado propõem otimizar o desempenho do veículo vazio ou carregado. Todas as versões saem da fábrica em São José dos Pinhais (PR) com rodas de aço e pneus 205/75 R16.

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