A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou nesta quarta-feira (24) que a fabricante de automóveis americana General Motors (GM) devolveu ao governo alemão a última parcela do crédito-ponte que recebeu para garantir a sobrevivência de sua filial europeia Opel.

Em discurso na assembleia anual da patronal, realizado hoje em Berlim, Merkel defendeu como "correta" a decisão de ter concedido o crédito então, com o qual, segundo ela, o Estado "não perdeu nem um só centavo".

"Foi correto dar o crédito quando a General Motors não tinha condições de manter a Opel flutuando", afirmou a chanceler, que acrescentou que teria gostado se tudo tivesse terminado de outra forma, mas que esperava "receber dentro de um ano uma carta de agradecimento da GM".

Merkel tinha apostado firmemente pela venda da Opel ao consórcio formado pela fabricante austro-canadense Magna e o banco russo Sberbank, o não aconteceu, porque a GM optou por manter sua filial europeia.

A GM tinha até hoje pendente a devolução dos últimos 400 milhões de euros do crédito de 1,5 bilhões de euros que o Governo alemão disponibilizou. No total, o grupo só utilizou 1,2 bilhões de euros.

O empréstimo vence no dia 30 de novembro. A GM teve que pagar 28 milhões de euros em juros.