GM diz que ainda não escolheu Magna como comprador de parte da Opel

Em Frankfurt

A montadora americana General Motors (GM) insistiu hoje em que ainda não escolheu a oferta do grupo austríaco-canadense Magna para assumir parte da Opel frente ao grupo investidor belga RHJI.

A informação foi passada pelo vice-presidente da GM, John Smith, em um blog da empresa. Smith é o principal responsável pelas negociações de venda de uma participação na Opel/Vauxhall.

O executivo reconheceu que as negociações feitas nesta semana com Magna e RHJI foram construtivas.

A GM considera que a proposta do RHJI é a mais simples das duas e que houve poucos aspectos a discutir sobre esta oferta.

Por isso, a empresa americana usou a maior parte de seu tempo para trabalhar com o Magna e seu parceiro, o banco estatal russo Sberbank.

Smith reiterou que, para a GM, "a proposta do Magna é mais complexa, devido à inclusão da Rússia e de um terceiro investidor russo", no caso, a montadora GAZ.

Nesta semana, a GM conversou em Berlim com o Governo alemão, o Magna e o RHJI.

O Magna - que pediu a Berlim 4,5 bilhões de euros em garantias de empréstimo -, é o favorito da Opel e do Governo alemão, porque seu plano é o que menos postos de trabalho cortaria na Alemanha e permitiria o desligamento da marca alemã de sua matriz.

O Magna pretende cortar 11.600 postos de trabalho na Opel, sendo 2.500 na Alemanha.

Com sua oferta, o Magna prevê adquirir 27,5% da Opel, enquanto seus parceiros russos GAZ e Sberbank assumiriam outros 27,5% e o elenco da firma alemã, 10%. A GM ficaria com os 35% restantes.

Além disso, Magna e Sberbank forneceriam 500 milhões de euros (US$ 720 milhões) em capital próprio.

Por sua parte, a montadora GAZ pôs à disposição sua rede de concessionárias na Rússia.

A GM, no entanto, prefere a oferta do RHJI porque facilitaria uma eventual recompra da Opel após o saneamento de suas finanças e porque tem reservas em oferecer sua tecnologia aos russos.

A matriz americana tem problemas em relação ao uso da marca Chevrolet na Rússia, aos direitos de transferência da propriedade intelectual na Rússia, ao acesso à tecnologia, às responsabilidades sobre o desenvolvimento de produtos, assim como aos direitos de acionistas minoritários.

Neste sentido, Smith se limitou a dizer no blog que "alguns progressos" foram alcançados.

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