BMW e Mercedes processam fabricantes de automóveis chineses
Frankfurt (Alemanha), 14 set (EFE).- As indústrias alemãs BMW e Mercedes-Benz abriram processos na Alemanha contra seus concorrentes chineses, que acusam de plágio, para evitar a venda de alguns de seus veículos na Europa.
Segundo disse hoje à agência Efe o porta-voz da BMW, Andreas Lamtka, a empresa "iniciou ações legais num tribunal de Munique para evitar a venda na Alemanha de um veículo de um fabricante chinês".
O modelo é o 4x4 CEO da Shuanghuan, que lembra muito a versão antiga do 4x4 X5 da BMW e foi exibido no Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt.
A companhia alemã também recorreu à Justiça na Itália para evitar a comercialização do CEO no país.
Caso a justiça alemã proíba a venda do modelo na Alemanha, os outros países europeus só teriam que ratificar a sentença.
Automaticamente a proibição se estenderia a toda a Europa, disse Lamtka.
Ao mesmo tempo, a Daimler-Chrysler iniciou também ações jurídicas contra a Shuanghuan. O alvo, no caso, é o Nobel, um modelo que se parece muito com o Smart, carro de dois lugares da marca Mercedes-Benz.
Por enquanto, a Daimler-Chrysler espera evitar que o Nobel seja apresentado no Salão de Frankfurt, disse à Efe um porta-voz da companhia alemã.
O gerente da importadora China Automobile Deutschland, Karl Schlössl, admitiu que os fabricantes chineses se inspiram nos europeus. Mas rejeitou as acusações de plágio.
O X5 da BMW custa na Europa, pelo menos, ? 59 mil (US$ 82 mil).
Já o CEO é vendido a partir de ? 25.900 (US$ 36 mil).
Os fabricantes europeus temem há muito tempo que os produtores chineses de veículos e autopeças se transformem em fortes e desleais concorrentes.
Ferdinand Dudenhöffer, presidente da empresa de consultoria alemã especializada na indústria do automóvel B&D Forecast, disse à Efe que "com as ações legais os fabricantes querem deixar claro à China que não aceitam o plágio".
Na sua opinião, os clientes das marcas ocidentais não vão comprar um carro barato que seja uma cópia. Mas o perigo não está no mercado europeu. Ele acredita que é mais perigoso o fato de que as empresas ocidentais, para produzir na China, tenham que criar sociedades com fabricantes chineses, que absorvem assim idéias e segredos de estratégia empresarial, exportados depois como produto chinês.
Além disso, atualmente são feitas muitas cópias de má qualidade de autopeças. Isso pode criar problemas de segurança e causar acidentes se os clientes forem capazes de reconhecer a falsificação.
A China se defende alegando que, na sua mentalidade, uma cópia é sinal de admiração, acrescentou o analista.
Na edição anterior do Salão de Frankfurt, em 2005, a indústria automotiva alemã considerou a China o mercado do futuro de automóveis e autopeças. Cerca de 100 empresas da Alemanha estão no país, muitas vezes através de associações com firmas chinesas.
Há dois anos, o grupo americano General Motors processou o produtor Chery Automobile por ter supostamente copiado em seu Chery QQ o desenho dos coreanos Daewoo Matiz e Spark.
Segundo disse hoje à agência Efe o porta-voz da BMW, Andreas Lamtka, a empresa "iniciou ações legais num tribunal de Munique para evitar a venda na Alemanha de um veículo de um fabricante chinês".
O modelo é o 4x4 CEO da Shuanghuan, que lembra muito a versão antiga do 4x4 X5 da BMW e foi exibido no Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt.
A companhia alemã também recorreu à Justiça na Itália para evitar a comercialização do CEO no país.
Caso a justiça alemã proíba a venda do modelo na Alemanha, os outros países europeus só teriam que ratificar a sentença.
Automaticamente a proibição se estenderia a toda a Europa, disse Lamtka.
Ao mesmo tempo, a Daimler-Chrysler iniciou também ações jurídicas contra a Shuanghuan. O alvo, no caso, é o Nobel, um modelo que se parece muito com o Smart, carro de dois lugares da marca Mercedes-Benz.
Por enquanto, a Daimler-Chrysler espera evitar que o Nobel seja apresentado no Salão de Frankfurt, disse à Efe um porta-voz da companhia alemã.
O gerente da importadora China Automobile Deutschland, Karl Schlössl, admitiu que os fabricantes chineses se inspiram nos europeus. Mas rejeitou as acusações de plágio.
O X5 da BMW custa na Europa, pelo menos, ? 59 mil (US$ 82 mil).
Já o CEO é vendido a partir de ? 25.900 (US$ 36 mil).
Os fabricantes europeus temem há muito tempo que os produtores chineses de veículos e autopeças se transformem em fortes e desleais concorrentes.
Ferdinand Dudenhöffer, presidente da empresa de consultoria alemã especializada na indústria do automóvel B&D Forecast, disse à Efe que "com as ações legais os fabricantes querem deixar claro à China que não aceitam o plágio".
Na sua opinião, os clientes das marcas ocidentais não vão comprar um carro barato que seja uma cópia. Mas o perigo não está no mercado europeu. Ele acredita que é mais perigoso o fato de que as empresas ocidentais, para produzir na China, tenham que criar sociedades com fabricantes chineses, que absorvem assim idéias e segredos de estratégia empresarial, exportados depois como produto chinês.
Além disso, atualmente são feitas muitas cópias de má qualidade de autopeças. Isso pode criar problemas de segurança e causar acidentes se os clientes forem capazes de reconhecer a falsificação.
A China se defende alegando que, na sua mentalidade, uma cópia é sinal de admiração, acrescentou o analista.
Na edição anterior do Salão de Frankfurt, em 2005, a indústria automotiva alemã considerou a China o mercado do futuro de automóveis e autopeças. Cerca de 100 empresas da Alemanha estão no país, muitas vezes através de associações com firmas chinesas.
Há dois anos, o grupo americano General Motors processou o produtor Chery Automobile por ter supostamente copiado em seu Chery QQ o desenho dos coreanos Daewoo Matiz e Spark.