Volkswagen vai transferir parte da produção à Europa do Leste

Frankfurt (Alemanha), 25 abr (EFE).- O fabricante automobilístico alemão Volkswagen vai transferir parte da produção do modelo Pólo da Espanha à Europa do Leste, disse hoje à EFE uma porta-voz da empresa.

Deste modo, a Volkswagen confirmou uma informação publicada na edição de hoje do jornal alemão "Handelsblatt", que assegurou que "a direção da marca Volkswagen, sob a liderança de Wolfgang Bernhard, leva a cabo sua ameaça e transfere parte da produção do Pólo da Espanha à Europa do Leste".

"A direção da Volkswagen concordou ontem em criar capacidades adicionais nas fábricas fora da Espanha", segundo o jornal alemão, que acrescenta que a fábrica eslovaca de Bratislava é uma das favoritas.

A porta-voz da Volkswagen se recusou a dar mais detalhes sobre a decisão da direção do maior fabricante automobilístico da Europa.

A fábrica da Volkswagen em Landaben (Navarra) negocia há mais de 15 meses um novo acordo coletivo, sem que até agora se tenha chegado a um acordo. Quase toda a equipe de 4.200 pessoas de Landaben realizou várias greves, totais e parciais, no final de março e começo de abril, com as quais se opôs aos planos de cortes da matriz.

No início de março, a direção da companhia decidiu retirar sua oferta para produzir 10 mil novas unidades do Pólo na Espanha devido à ausência de um acordo coletivo.

Atualmente, as fábricas de Landaben e a eslovaca de Bratislava produzem o modelo Pólo.

"Deste modo, Bernhard demonstra força aos sindicatos em meio às negociações de saneamento para as fábricas da Volkswagen da parte ocidental da Alemanha", segundo o "Handelsblatt".

O jornal alemão acrescentou que "os empregados na Alemanha também estão ameaçados por reduções salariais e horários de trabalho mais longos devido aos planos de economia do consórcio".

O lucro líquido da Volkswagen Navarra caiu em 2005 para US$ 18,3 milhões de euros (US$ 23 milhões), 14% a menos que no ano anterior.

A fábrica de Landaben produziu e vendeu no ano passado 211.678 veículos, 9% a menos que em 2004, segundo a empresa, "como conseqüência das quedas da demanda de veículos utilitários nos mercados francês, alemão, italiano e britânico especialmente".

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