Fiat teve lucro de 1,42 bilhão de euros em 2005

Roma, 30 jan (EFE).- O grupo automobilístico italiano Fiat registrou em 2005 um lucro líquido de 1,42 bilhão de euros, frente à perda de 1,579 bilhão de euros de 2004, e encerra uma série de cinco anos de prejuízos.

O conselho de administração da Fiat aprovou hoje os resultados consolidados do grupo e confirmou suas metas para o período 2006-2007, de acordo com um comunicado.

O presidente do grupo, Luca Cordero di Montezemolo, manifestou sua "profunda satisfação com os resultados" e disse que "na vida é necessário olhar sempre para frente, mas também é útil olhar de onde se partiu".

A dívida industrial líquida do grupo em 2005 foi de 3,219 bilhões de euros, o que representa uma redução de dois terços do total. O resultado, entre outros fatores, resulta de um fluxo de caixa líquido (lucro mais amortizações) industrial de 3,4 bilhões de euros.

A dívida total líquida do grupo ficou, no final do ano, em 18,523 bilhões de euros, em queda frente aos 25,423 bilhões de euros de 2004.

O grupo teve um volume de negócios de 46,544 bilhões de euros, 2% acima do ano anterior quando chegou a 45,637 bilhões de euros, acrescenta a nota.

No quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido do grupo foi de 84 milhões. Pela primeira vez, após 17 trimestres no vermelho, o lucro de gestão ordinária foi de 21 milhões de euros.

O volume de negócios nos três últimos meses de 2005 foi de 13,140 bilhões de euros, 7,5% a mais que no mesmo período do ano anterior (12,218 bilhões).

O lucro do ano passado foi de 2,215 bilhões de euros contra um prejuízo de 585 milhões de euros em 2004. O lucro antes dos impostos chegou a 2,264 bilhões de euros A divisão Fiat Auto (Fiat, Alfa Romeo, Lancia e Veículos comerciais) registrou no ano passado um faturamento de 19,533 bilhões, uma redução de 0,8% em relação a 2004 (19,695 bilhões de euros).

O resultado da gestão ordinária foi -281 milhões euros, o que representa uma melhora de 541 milhões de euros sobre 2004, diz ainda a nota.

As vendas no primeiro semestre foram afetadas por uma "intensa pressão competitiva". Mas, com o lançamento dos modelos Croma, em maio, e Grande Punto e Alfa 159, em setembro, os volumes, que estavam em baixa nos três primeiros trimestres, subiram para 7,6% no último.

No Brasil, a demanda confirmou a fase de expansão e o aumento chegou a 9,1%.

Na Europa ocidental, a demanda durante 2005 se manteve estável em relação ao ano anterior (-0,2%). Houve uma pequena redução no mercado italiano (-1,3%) e uma queda substancial das encomendas no mercado polonês (-26,5%).

A Fiat Auto entregou, em 2005, um total de 1,6 milhão de veículos, 3,9% a menos que em 2004. Na Europa ocidental, a entrega caiu 7,8%, ou menos 1,1 milhão de veículos.

O grupo Fiat conquistou todas as metas fixadas para este ano, entre elas o lucro de cerca de 700 milhões de euros e fluxo de caixa operacional positivo. Montezemolo lembrou que "foram superados todos os objetivos" definidos em julho de 2004 e confirmados os de 2006.

O grupo italiano informou que emitirá um bônus com prazo de vencimento de sete anos em euros (benchmark), cujo valor e preço serão definidos de acordo com as condições do mercado.

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