Presidente da Porsche participa de conselho de vigilância da VW

Frankfurt (Alemanha), 20 jan (EFE).- O presidente da fabricante de veículos esportivos Porsche, Wendelin Wiedeking, fará parte do conselho de supervisão do grupo automobilístico Volkswagen, depois do acordo alcançado entre seus dois maiores acionistas.

O Estado federado da Baixa Saxônia e a Porsche informaram hoje que ambas as partes puseram fim a suas desavenças sobre a composição do organismo de vigilância da Volkswagen, surgidas depois que a Porsche se transformou no maior acionista da Volkswagen.

Fontes ligadas ao grêmio de controle da casa de Wolfsburg (norte da Alemanha) apontaram que ambas as partes aprovaram um pacote de medidas "com o qual viverão bem".

Entre elas está a decisão de renovar o contrato do presidente da Volkswagen, Bernd Pischetsrieder, por mais cinco anos, que deverá ser esclarecido antes do próximo conselho geral de acionistas de maio.

Atualmente, a Porsche possui 18,53% das ações com direito a voto da Volkswagen e tem opções sobre mais 3,4%, enquanto a Baixa Saxônia é dona de 18,2% dos títulos.

A Porsche adquiriu em setembro passado esse pacote acionário para garantir o futuro da colaboração entre ambos os fabricantes e obter novas sinergias desta cooperação, especialmente nos custos de produção.

No entanto, a transação gerou disputas sobre a composição do conselho de vigilância da Volkswagen, comandado por Ferdinand Piech, que, além disso, é dono de uma parte da Porsche.

O presidente da Baixa Saxônia, Christian Wulff, avisou em várias ocasiões sobre a existência de um conflito de interesses na pessoa de Piech, que tentou tirar de seu cargo.

A entrada imediata de Wiedeking no organismo de controle da Volkswagen anunciada hoje surpreendeu o setor, que esperava que o presidente da Porsche passasse a fazer parte do conselho de supervisão mais adiante, no lugar de Piech.

Piech, por sua parte, explicou que não se apresentará à reeleição para este posto na primavera de 2007, quanto acaba seu mandato, o que encerraria uma época de tensões internas na cúpula da companhia.

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