Banco ameaça se retirar da Volkswagen devido a entrada da Porsche

Frankfurt (Alemanha), 2 dez (EFE).- O banco de investimento dos EUA Tweedy Browne pode se retirar da carteira de acionistas da Volkswagen, na qual tem uma participação de 1%, por causa de desavenças em relação à composição da cúpula diretora, após a entrada da Porsche no negócio.

A informação é do diretor da gerência de fundos, William Browne, publicada no jornal Financial Times. Em nome do banco, Browne garantiu que a manutenção do cargo de presidente do conselho de controle da Volkswagen a Ferdinand Piech "é intolerável".

Além de presidir o órgão do maior fabricante automobilístico europeu, Piech também possui uma elevada participação na Porsche, o que tem motivado críticas de diversos setores entre os acionistas, que consideram que há um conflito de interesses para o desempenho do cargo.

Entre os detratores de Piech está Christian Wulff, primeiro-ministro do Estado federado da Baixa Saxônia (região que possui 18,2% das ações com direito a voto), que fracassou em sua tentativa de tirar Piech do cargo.

Além disso, existem divergências no conselho de supervisão do grupo sobre a permanência de Piech à sua frente.

A Porsche comprou, há alguns meses, 18,6% dos títulos com direito a voto da Volkswagen e se tornou assim o maior acionista de Wolfsburg (norte da Alemanha).

Tweedy Browne é o sexto maior investidor da Volkswagen e tem um capital de US$ 700 milhões em nove companhias alemãs, embora a situação na Volkswagen possa obrigar a empresa a reorganizar seus investimentos na Alemanha.

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