VW diz que entrada da Porsche como acionista não garante empregos

Frankfurt (Alemanha), 28 set (EFE).- A entrada da Porsche no conjunto de acionistas da Volkswagen não é "um contrato de manutenção de postos de trabalho", ainda que represente um apoio à companhia, disse hoje o presidente da marca Volkswagen, Wolfgang Bernhard.

Em entrevista ao jornal Handelsblatt, Bernhard enalteceu o interesse do fabricante de veículos esportivos na VW, mas acrescentou que não deve ser entendido como uma mudança de posição na situação da companhia. Além disso, afirmou que a Porsche não representa uma garantia de trabalho para os diretores nem para os outros empregados.

Sobre a entrada da Porsche na Volkswagen com a compra de 20% de suas ações, Bernhard comentou que as duas empresas já cooperam com muito sucesso na produção do 4x4 Cayenne, baseado no VW Touareg, mas que ainda não puderam fazer muito mais.

O diretor, promotor de um plano de rentabilidade para melhorar o rendimento da marca Volkswagen, considerou que o maior fabricante automobilístico europeu ainda deverá reforçar o controle de custos para poder investir no futuro.

Segundo ele, as medidas adotadas para a fabricação do novo 4x4 compacto da marca em Wolfsburg, que representaram condições salariais inferiores para mil trabalhadores, são apenas "o primeiro passo de um longo caminho".

Bernhard assinalou que o consórcio precisa de uma estrutura de custos competitiva e que só pode investir onde seja seguro que os empregos também serão competitivos.

Além disso, ressaltou que a empresa deve oferecer a seus clientes bons automóveis a preços justos, independentemente de onde sejam produzidos.

Neste sentido, disse que as fábricas de Polônia e Eslováquia têm as melhores cotas de produtividade da companhia e oferecem veículos de melhor qualidade.

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