Bancos credores ampliam participação no capital do grupo Fiat

Roma, 20 set (EFE).- Os bancos credores do grupo automobilístico Fiat ampliaram sua presença no capital da empresa ao transformarem em ações o empréstimo de 3 bilhões de euros concedido em 2002 e cujo vencimento estava previsto para hoje.

Fontes financeiras confirmaram que os bancos assinaram as mais de 290 milhões de ações ordinárias que a Fiat emitiu com esse propósito, ao preço de 10,28 euros por título.

Agora as entidades deverão oferecer estas novas ações aos sócios da Fiat, mas não são previstas adesões, já que seu preço supera por quase 3 euros o valor das ações na Bolsa de Milão, onde hoje fecharam o pregão cotadas a 7,29 euros.

Após a conversão do empréstimo, o Banco Intesa passa a ter 5,78% da Fiat; o Unicredito, 5,56%; o San Paolo Imi, 3,56%; e o Capitalia, 3,78%. A BNL e o Monte Paschi de Siena sobem ainda para 2,67% cada uma, enquanto o Abn Amro e o BNP assumem 1,34%.

Os bancos credores chegaram desta forma a uma cota total de cerca de 27%, mas a família Agnelli, fundadora da Fiat, seguirá como acionista referencial após ter adquirido, também hoje, uma cota de cerca de 8%, que estava em poder do grupo Exor.

Com este investimento, que supôs cerca de 576 milhões de euros, os Agnelli mantêm sua participação em algo mais de 30%, já que com a ampliação de capital sua presença foi reduzida a 22%.

O grupo Fiat, que está envolvido em um plano de reestruturação para superar a crise financeira dos últimos anos, registrou no primeiro semestre de 2005 lucro de 510 milhões de euros, contra 638 milhões de euros de prejuízo no mesmo período de 2004.

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