AIE: bio-combustíveis diminuiriam a dependência do petróleo

Paris, 21 jun (EFE).- O desenvolvimento dos bio-combustíveis é positivo para os países da Agência Internacional de Energia (AIE) já que contribui para diminuir sua dependência do petróleo, mas também para os países do sul, que são os principais produtores e onde podem ter usos domésticos e agrícolas.

"O uso de bio-combustíveis líquidos, como o etanol e o bio-diesel no setor do transporte de todos os países pode reduzir a dependência do petróleo" e, em muitos países do sul, poderia ser utilizada "para cozinhar e para ser aplicada nas necessidades agrícolas", indica a AIE em um comunicado.

Essas são algumas das conclusões de um seminário realizado nesta agência vinculada à OCDE que reúne os principais consumidores de energia e que foi patrocinado pela Fundação das Nações Unidas e pelo governo do Brasil.

Os participantes, entre os quais havia seis ministros, vários embaixadores, empresários e especialistas em bio-combustíveis, ressaltaram os avanços tecnológicos que lhes dão grandes potencialidades.

Aludiram ao fato de que muitos países estão contemplando a possibilidade de elevar acima do objetivo inicial de 10% de bio-combustíveis a mistura utilizada nos combustíveis.

"Este nível é considerado um bom objetivo a curto prazo, porque requer poucas mudanças na distribuição do combustível ou nos motores dos carros", afirma a AIE.

No horizonte de 2025, o etanol poderia substituir 25% da gasolina utilizada como combustível, de modo que em certos países isso permitiria substituir as importações de petróleo.

O diretor executivo adjunto da AIE, William Ramsay, disse que os participantes do seminário tinham detectado "um número destacável de novas políticas para ampliar a produção de bio-combustíveis para ser usado em países em desenvolvimento e industrializados".

Ramsay também fez referência a "um grande número de novos investimentos tanto na produção como no desenvolvimento de novas tecnologias de bio-combustíveis".

De acordo com este responsável pela agência, os bio-combustíveis representam "uma oportunidade única" de desenvolver a cooperação entre países do sul e entre estes e os países do norte.

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