Tata suspende construção do Nano e estuda transferir local de fábrica
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Reuters
O maior grupo automobilístico indiano, filial do conglomerado Tata, constrói uma fábrica em Singur, na região de Calcutá (no estado de Bengala Ocidental), para produzir o Nano, mas após as manifestações estuda transferir a produção para outro local, dentro da Índia. Na sexta-feira passada, milhares de manifestantes cercaram a área de produção do futuro supercompacto para protestar contra a expropriação de suas terras agrícolas.
Ratan Tata, presidente do conglomerado, já havia ameaçado transferir a produção do Nano de Bengala Ocidental, governado há 30 anos pelo Partido Comunista.
"A Tata Motors está obrigada a suspender a construção e o trabalho da fábrica Nano em Singur por causa da agitação e dos conflitos que prosseguem na área", afirma a empresa em comunicado.
"Seria extremamente otimista imaginar um retorno à normalidade nos próximos dias porque nada aconteceu nos últimos meses", criticou uma fonte da Tata Motors, que pediu anonimato.
A fonte disse que a empresa está disposta a deixar "uma janela de oportunidade aberta" para o retorno da calma na fábrica, mas ressaltou: "Não temos opção, temos prazos a respeitar".
A Tata Motors investiu US$ 350 milhões na fábrica para produzir 250.000 unidades por ano do Nano. O pequeno automóvel com motor de 600 cm³ de cilindrada seria vendido a partir de outubro, por um preço estimado em US$ 2.500.