Argentinos entram com ação contra a Ford por seqüestro durante a ditadura
BUENOS AIRES, 24 fev (AFP) - A empresa americana Ford Motor Company e sua filial Ford Argentina são objeto de uma ação na Justiça civil por sua presumível participação no seqüestro de sindicalistas da empresa durante a ditadura (1976/83), informou à imprensa o advogado dos trabalhadores.
A queixa foi apresentada por um grupo de ex-operários presos em 1976 por um grupo militar dentro da fábrica da Ford na cidade de General Pacheco, província de Buenos Aires.
"Fomos seqüestrados pelas forças de segurança no interior da fábrica e levados a um precário centro clandestino de detenção no campo esportivo da Ford", denunciou o ex-delegado sindical Pedro Norberto Troiani ante a justiça.
"Ali nos encapuzaram, nos agrediram, sofremos simulações de fuzilamento e fomos submetidos a outras torturas. Alguns receberam choque elétrico, outros foram obrigados a urinar e a defecar nos sapatos", acrescentou.
No total, 24 delegados da comissão sindical interna e empregados da Ford foram presos em 1976, depois do golpe de Estado de 24 de março, segundo o processo.
Na ação, os operários solicitaram, também, a detenção de várias pessoas que dirigiam a empresa no momento dos fatos.
Os envolvidos são o ex-presidente da filial argentina, o chileno Nicolás Enrique Courard; o ex-gerente do grupo, o austríaco Pedro Müller e o ex-dirigente das relações industriais, Guillermo Galárraga.
Também pediram a prisão do ex-chefe de segurança da empresa, Héctor Francisco Sibilla e um ex-diretor da Escola de Engenharia do Exército, o militar da reserva Antonio Francisco Molinari.
Um outro operário, Vicente Ismael Portillo, denunciou que "as forças militares utilizaram para os seqüestros meios fornecidos pela empresa" e que todos os seqüestrados haviam sido levados numa caminhonete Ford F100.
Na fábrica que a Ford ainda mantém em Pacheco trabalhavam 5.000 operários em 1976 e ali produziam o modelo Falcon que, em sua versão de cor verde, tornou-se emblema da repressão do regime militar.
A queixa foi apresentada por um grupo de ex-operários presos em 1976 por um grupo militar dentro da fábrica da Ford na cidade de General Pacheco, província de Buenos Aires.
"Fomos seqüestrados pelas forças de segurança no interior da fábrica e levados a um precário centro clandestino de detenção no campo esportivo da Ford", denunciou o ex-delegado sindical Pedro Norberto Troiani ante a justiça.
"Ali nos encapuzaram, nos agrediram, sofremos simulações de fuzilamento e fomos submetidos a outras torturas. Alguns receberam choque elétrico, outros foram obrigados a urinar e a defecar nos sapatos", acrescentou.
No total, 24 delegados da comissão sindical interna e empregados da Ford foram presos em 1976, depois do golpe de Estado de 24 de março, segundo o processo.
Na ação, os operários solicitaram, também, a detenção de várias pessoas que dirigiam a empresa no momento dos fatos.
Os envolvidos são o ex-presidente da filial argentina, o chileno Nicolás Enrique Courard; o ex-gerente do grupo, o austríaco Pedro Müller e o ex-dirigente das relações industriais, Guillermo Galárraga.
Também pediram a prisão do ex-chefe de segurança da empresa, Héctor Francisco Sibilla e um ex-diretor da Escola de Engenharia do Exército, o militar da reserva Antonio Francisco Molinari.
Um outro operário, Vicente Ismael Portillo, denunciou que "as forças militares utilizaram para os seqüestros meios fornecidos pela empresa" e que todos os seqüestrados haviam sido levados numa caminhonete Ford F100.
Na fábrica que a Ford ainda mantém em Pacheco trabalhavam 5.000 operários em 1976 e ali produziam o modelo Falcon que, em sua versão de cor verde, tornou-se emblema da repressão do regime militar.