Dafra Smart 125 mostra agilidade e equilíbrio na cidade
Da Infomoto
O scooter Smart 125 é o primeiro produto da parceria entre a brasileira Dafra e a chinesa Haojue, mesma fabricante que produz o Burgman 125 Automatic, vendido aqui no Brasil pela Suzuki J Toledo. Apesar do país ainda não ser um voraz consumidor deste tipo de veículo, o modelo sino-brasileiro oferece boa dose de agilidade e conforto, além de uma ciclística (suspensão e freios) bem acertada.
Primeiro modelo Dafra equipado com injeção eletrônica de combustível, o Smart 125 tem preço sugerido de R$ 6.190, valor competitivo frente a concorrência formada por Yamaha Neo 115 (R$ 6.211), Honda Lead 110 (R$ 6.250) e o próprio Burgman (R$ 5.990).
Para oferecer um produto de melhor qualidade ao consumidor brasileiro, a Dafra foi buscar fornecedores de primeira linha: Mikuni (injeção eletrônica), Panasonic (eletrônica do painel), 3M e Dupont (peças plásticas), NGK (velas) e Pirelli (pneus). O Smart 125 é muito parecido com os modelos de maior cilindrada vendidos na Europa, o que fica evidenciado pela grande lanterna traseira. Já na pilotagem noturna, o conjunto óptico dianteiro oferece bom feixe de luz.
CICLÍSTICA
Febre na Europa, principalmente na Itália, aos poucos os consumidores brasileiros vão descobrindo as vantagens deste pequeno veículo. Em função de suas dimensões, o primo-irmão do Burgman conta com boa ergonomia. A vantagem é que o piloto vai sentado, com os pés apoiados no assoalho e as pernas protegidas pelo escudo frontal. Já o apoio para os pés do garupa não ficam numa posição muito confortável. Outra vantagem é a transmissão automática CVT (transmissão continuamente variável, na sigla em inglês).
Para aumentar o nível de comodidade, o modelo conta com dois porta-objetos: um no anteparo do escudo, outro sob o banco, mas não são todos os capacetes abertos que cabem sob o assento. Como alternativa para aumentar a capacidade de carga, o piloto pode instalar um pequeno baú sobre o bagageiro. Outro problema surge na hora do abastecimento, quando é preciso levantar o banco -- um bocal externo seria uma boa pedida.
No caso dos espelhos retrovisores, apesar das hastes serem fixas, o conjunto é muito parecido com o utilizado nos carros. Para ajustar a posição, basta empurra a lente com o dedo.
Para reforçar o conforto e a segurança, o scooter da Dafra adotou soluções tradicionais, mas bem calibradas em sua parte ciclística. Na dianteira, garfo telescópico de 70 mm de curso e, na traseira, monoamortecedor com 50 mm de curso. Com uma suspensão macia, mas firme, o Smart copia bem as imperfeições do piso e em nenhum momento deste teste chegou ao final de seu curso. Pena que as rodas de 10 polegadas sejam o ponto fraco do Smart -- bem como de outros modelos vendidos no Brasil. A medida é exata para o scooter cair dentro de um buraco.
Muito cuidado também com os desníveis e ondulações na pista, já que estas imperfeições no piso podem desequilibrar o piloto. Uma curiosidade: na unidade avaliada, o pneu dianteiro era da marca Pirelli e o traseiro Metzeler. Muito atenção também na hora de calibrar o pneu traseiro. O espaço é pequeno e o motociclista mais desatento pode queimar a mão no escape.
O sistema de freios conta com disco simples na parte dianteira e tambor na roda de traseira. Apesar de sua simplicidade, está de acordo com a proposta urbana do veículo. Para obter mais eficiência, a sugestão é acionar os manetes simultaneamente, tendo o cuidado de dosar a força na frenagem.
MOTORIZAÇÃO
O Smart 125 está equipado com motor OHC (comando simples no cabeçote), quatro tempos, 124,6 cm³, com potencia máxima de 10,3 cv a 8.000 rpm e torque máximo de 0,97 kgfm a 7.000 rpm. Equipado com injeção eletrônica Mikuni, o propulsor está dentro dos padrões de emissão de poluentes estabelecidos pelo Promot 3.
O desempenho do motor monocilíndrico não é de arrepiar, mas cumpre seu papel mais urbano. Em retomadas, porém, perde rendimento e também sente a falta de fôlego nas subidas mais acentuadas.
De toda forma, quando o motor trabalha "cheio", a velocidade final pode superar os 90 km/h. Aliás, na cidade, o Smart se saiu muito bem na árdua tarefa de driblar os carros e rodar pelo corredor. Resumindo: o modelo Dafra/Haojue é versátil e ágil, não forte. O consumo foi de 31 km/l, com o scooter rodando no carregado trânsito de São Paulo e também em vias rápidas.
OLHE O ÓLEO
Com boa visualização noturna, o painel de instrumentos conta com marcador analógico de velocidade (ponteiro) e display de cristal líquido para indicar o nível de combustível, hora e hodômetro (parcial e total). O scooter Smart 125 também tem lampejador de farol alto. Além disso, o painel conta com luzes-espia que informam nível de carga da bateria, funcionamento do sistema de injeção eletrônica. Há até um indicador de troca de óleo ("Oil Change") -- a luz nada mais é que um lembrete visual para informar ao piloto a hora certa de trocar do óleo do motor. A primeira indicação é pré-programada de fábrica e se acende aos 1.000 km. A indicação pode ainda ser programada pelo próprio condutor, de acordo com indicações do manual do proprietário. (por Aldo Tizzani)
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Equilibrado, Smart 125 é fruto da parceria entre a montadora brasileira Dafra a e chinesa Haojue
Para oferecer um produto de melhor qualidade ao consumidor brasileiro, a Dafra foi buscar fornecedores de primeira linha: Mikuni (injeção eletrônica), Panasonic (eletrônica do painel), 3M e Dupont (peças plásticas), NGK (velas) e Pirelli (pneus). O Smart 125 é muito parecido com os modelos de maior cilindrada vendidos na Europa, o que fica evidenciado pela grande lanterna traseira. Já na pilotagem noturna, o conjunto óptico dianteiro oferece bom feixe de luz.
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Confortável, Dafra Smart 125 custa R$ 6.190
Febre na Europa, principalmente na Itália, aos poucos os consumidores brasileiros vão descobrindo as vantagens deste pequeno veículo. Em função de suas dimensões, o primo-irmão do Burgman conta com boa ergonomia. A vantagem é que o piloto vai sentado, com os pés apoiados no assoalho e as pernas protegidas pelo escudo frontal. Já o apoio para os pés do garupa não ficam numa posição muito confortável. Outra vantagem é a transmissão automática CVT (transmissão continuamente variável, na sigla em inglês).
Para aumentar o nível de comodidade, o modelo conta com dois porta-objetos: um no anteparo do escudo, outro sob o banco, mas não são todos os capacetes abertos que cabem sob o assento. Como alternativa para aumentar a capacidade de carga, o piloto pode instalar um pequeno baú sobre o bagageiro. Outro problema surge na hora do abastecimento, quando é preciso levantar o banco -- um bocal externo seria uma boa pedida.
No caso dos espelhos retrovisores, apesar das hastes serem fixas, o conjunto é muito parecido com o utilizado nos carros. Para ajustar a posição, basta empurra a lente com o dedo.
Para reforçar o conforto e a segurança, o scooter da Dafra adotou soluções tradicionais, mas bem calibradas em sua parte ciclística. Na dianteira, garfo telescópico de 70 mm de curso e, na traseira, monoamortecedor com 50 mm de curso. Com uma suspensão macia, mas firme, o Smart copia bem as imperfeições do piso e em nenhum momento deste teste chegou ao final de seu curso. Pena que as rodas de 10 polegadas sejam o ponto fraco do Smart -- bem como de outros modelos vendidos no Brasil. A medida é exata para o scooter cair dentro de um buraco.
Muito cuidado também com os desníveis e ondulações na pista, já que estas imperfeições no piso podem desequilibrar o piloto. Uma curiosidade: na unidade avaliada, o pneu dianteiro era da marca Pirelli e o traseiro Metzeler. Muito atenção também na hora de calibrar o pneu traseiro. O espaço é pequeno e o motociclista mais desatento pode queimar a mão no escape.
O sistema de freios conta com disco simples na parte dianteira e tambor na roda de traseira. Apesar de sua simplicidade, está de acordo com a proposta urbana do veículo. Para obter mais eficiência, a sugestão é acionar os manetes simultaneamente, tendo o cuidado de dosar a força na frenagem.
SMART 125
Motor | OHC, 124,6 cm³, quatro tempos, monocilíndrico, refrigeração a ar. |
Potência | 10,3 cv a 8000 rpm. |
Torque | 0,97 kgf.m a 7000 rpm. |
Diâmetro e curso | 52,4 x 57,8mm. Taxa de compressão: 9,4:1. |
Alimentação | Injeção eletrônica, partida elétrica e a pedal. |
Câmbio | Automático CVT. |
Quadro | Monobloco. |
Suspensão | Garfo telescópico, com 70 mm de curso (dianteira); Monoamortecedor, com 50 mm de curso (traseira). |
Pneus e rodas | 3,5-10, de liga leve (dianteira e traseira). |
Freios | Disco simples de 180 mm de diâmetro (dianteira), a tambor (traseira). |
Dimensões | 1.986 mm (comprimento), 674 mm (largura), 1.104 mm (altura), 1.240 mm (entre-eixos); 110 mm (distância do solo) e 740 mm (altura do assento). |
Tanque | 6,9 litros. |
Peso | 110 kg. |
Cores | Preto, grafite, vinho e amarelo. |
O Smart 125 está equipado com motor OHC (comando simples no cabeçote), quatro tempos, 124,6 cm³, com potencia máxima de 10,3 cv a 8.000 rpm e torque máximo de 0,97 kgfm a 7.000 rpm. Equipado com injeção eletrônica Mikuni, o propulsor está dentro dos padrões de emissão de poluentes estabelecidos pelo Promot 3.
O desempenho do motor monocilíndrico não é de arrepiar, mas cumpre seu papel mais urbano. Em retomadas, porém, perde rendimento e também sente a falta de fôlego nas subidas mais acentuadas.
De toda forma, quando o motor trabalha "cheio", a velocidade final pode superar os 90 km/h. Aliás, na cidade, o Smart se saiu muito bem na árdua tarefa de driblar os carros e rodar pelo corredor. Resumindo: o modelo Dafra/Haojue é versátil e ágil, não forte. O consumo foi de 31 km/l, com o scooter rodando no carregado trânsito de São Paulo e também em vias rápidas.
OLHE O ÓLEO
Com boa visualização noturna, o painel de instrumentos conta com marcador analógico de velocidade (ponteiro) e display de cristal líquido para indicar o nível de combustível, hora e hodômetro (parcial e total). O scooter Smart 125 também tem lampejador de farol alto. Além disso, o painel conta com luzes-espia que informam nível de carga da bateria, funcionamento do sistema de injeção eletrônica. Há até um indicador de troca de óleo ("Oil Change") -- a luz nada mais é que um lembrete visual para informar ao piloto a hora certa de trocar do óleo do motor. A primeira indicação é pré-programada de fábrica e se acende aos 1.000 km. A indicação pode ainda ser programada pelo próprio condutor, de acordo com indicações do manual do proprietário. (por Aldo Tizzani)