Suzuki remodela GSX-R 1000 para enfrentar a concorrência afiada

Da Infomoto

Durante o salão de motocicletas Intermot, realizado em outubro na Alemanha, a Suzuki apresentou ao público a nova versão da sua superbike GSX-R 1000, agora na nona geração. A moto de mil cilindradas está mais leve, mas há quem olhe para a moto e diga que não nada mudou esteticamente. Mas mudou. O farol agora está mais largo, com duas lâmpadas auxiliares nas pontas, ao invés do formato ovalado do modelo anterior. Na parte traseira, a rabeta continua abrigando a luz de freio (iluminada por LEDs) e os piscas e a dupla de escapes -- tão discutida na versão anterior -- também está presente nessa versão, ainda que redesenhados e semelhantes a um instrumento musical de sopro. Porém, é necessário prestar bastante atenção nessa motocicleta para perceber os novos traços, principalmente na carenagem. As linhas curvas da antecessora foram substituídas por linhas angulosas e retas.

Fotos: Divulgação

Remodelada e mais 'magra', GSX-R 1000 está pronta para a briga das mil cilindradas


Um detalhe curioso ao olhar o motor é que a parte inferior não está na posição horizontal, mas sim em direção ao chão. Nos detalhes técnicos não há uma explicação para a peculiaridade. Informações sobre o desempenho da moto, como potência e torque também ainda não foram divulgados.

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CICLÍSTICA
O quadro de dupla trave superior, assim como a balança em formato de bumerangue, são novos e construídos em alumínio. O destaque fica para a suspensão dianteira. Desenvolvida em conjunto com a Showa, a Suzuki apresenta a suspensão invertida com ajustes de pré-carga, retorno, compressão e amortecimento da mola. Já na traseira o amortecedor da Showa montado por links é totalmente ajustável, completando o conjunto. Graças a somatória do chassi mais compacto e um motor com menor comprimento, o entre-eixos encurtou 10 milímetros, agora são 1.405 mm.

O que foge à regra de encurtar medidas é a balança. Mais longa, melhora o desempenho da Suzuki principalmente nas curvas e evita que a roda dianteira saia do chão com facilidade.

A nova "milzona" da Suzuki passou por testes de túnel de vento para melhorar a aerodinâmica em altas velocidades. A entrada de ar também foi revista e com maior indução melhora o desempenho do sistema SRAD (Suzuki Ram Air Direct).

MOTORIZAÇÃO
A estrela da nova GSX-R 1000 é o motor. Embora a Suzuki ainda não tenha revelado os números de potência e torque, temos uma idéia do que está por vir. Ele está 59 mm menor, com uma maior taxa de compressão (12.8:1 contra 12.5:1 do modelo anterior) e as válvulas em titânio -- tanto a de admissão quanto a de escape -- estão 1 mm maiores, oferecendo mais rendimento, em tese, ao motor da esportiva.

O diâmetro e curso do motor também foram alterados -- 74,5 mm x 57,3 mm (ante os 73,4 mm x 59,0 mm); na prática o motor com curso menor tem melhor desempenho em altos giros. Mas os engenheiros da fábrica japonesa trabalharam bastante também para garantir rendimento em baixos e médios giros, e tornar possível pilotar essa nova GSX-R 1000 civilizadamente nas ruas e estradas. Para a alegria dos pilotos com pouca experiência o sistema de escolha do mapa de ignição (S-DMS) foi mantido na nova versão com as três curvas de potência.

No total, a "dieta" imposta à nova superesportiva resultou na perda de cinco quilos. Agora resta saber qual a potência e torque desse motor. No modelo anterior, eram 185 cv. Na Europa, cogita-se que a nova mil da Suzuki será referência na categoria -- será que a GSX-R 1000 ultrapassará a marca dos 200 cv em uma esportiva fabricada em série? A nova Yamaha V-Max já alcançou essa cifra de potência, mas ela não é classificada como esportiva. Resta aguardar.
(por Bruno Parisi)

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