Com injeção eletrônica, Honda Biz 125 fica mais econômica e atende nova lei de emissões
Da Infomoto
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Caio Mattos/Infomoto
PAINEL MUDOU POUCO |
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MAIS IMAGENS DA HONDA BIZ |
PEDIDO FEMININO
Assim como havia acontecido com a custom Shadow 750, que também ganhou injeção no modelo 2009, a Honda não fez grandes mudanças visuais em sua pequena motoneta. A Biz 125 manteve o design lançado em 2005, mas ganhou melhorias. O banco está mais confortável e o escudo frontal, ligeiramente mais largo. Outra alteração está na nova cor vermelho metálico que mais parece um vinho. E o pedal do câmbio rotativo mudou para facilitar as reduções de marcha com o calcanhar, um pedido das mulheres -- 60% das compradoras da Biz, segundo a fábrica --, que costumam pilotar com sandálias. Uma imprudência, cabe dizer.
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Mas a grande novidade está mesmo no novo sistema de injeção eletrônica de combustível, desenvolvido pela Keihin em conjunto com a Honda. Além de atender à lei, traz outra vantagem para o consumidor deste tipo de motocicleta: a economia de combustível. Segundo dados da fábrica, o consumo médio pode ser cerca de 7% menor que na versão anterior, carburada.
Como rodamos pouco com a nova Biz 125 Fuel Injection só pudemos confirmar outras qualidades do sistema, como acelerações mais lineares e sem "buracos" nas retomadas. Os números de desempenho continuam praticamente iguais. O monocilíndrico de 124,9 cm³ de capacidade, refrigerado a ar, produz 9,1 cv de potência máxima, mas agora em uma rotação maior, aos 7.500 rpm. O torque também se manteve: 1,06 kgfm, com a força chegando mais cedo, já nas 3.500 rotações.
FICHA TÉCNICA | |||||||||||||||||||
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2,5% MAIS CARA
Outro fator de suma importância para o sucesso das motos de baixa cilindrada está no preço. A desculpa de outras fábricas para não usarem a injeção eletrônica em seus modelos populares é o alto custo. Porém, como a Honda já utilizava tecnologia semelhante em motos de 125cc vendidas na Tailândia, Indonésia e Vietnã, a adoção da Fuel Injection não alterou tanto o preço da Biz 125. Em média, o aumento foi de 2,5%.
A versão mais básica, a KS, com partida a pedal e freio a tambor na dianteira, agora tem preço sugerido de R$ 5.147 (sem frete e seguro), um acréscimo de R$ 126 em relação ao modelo anterior. Já na versão ES, com partida elétrica e freio a tambor, o preço foi para R$ 5.854 (R$ 143 mais cara).
O freio a disco, como ainda não é exigido por nenhuma lei, continua disponível apenas na versão top de linha da motoneta. A Biz +, que tem também rodas de liga-leve e marcador de combustível com hodômetro digitais, subiu menos, 2%. O preço sugerido da Biz + agora é de R$ 6.480.
Com o novo modelo injetado, que chega às concessionárias na primeira quinzena de outubro, a Honda espera aumentar em 5% as vendas da Biz 125. Neste ano, as vendas do modelo devem alcançar 230.000 unidades. Em 2009, a fábrica projeta comercializar 240.000 motonetas Biz 125. Injetadas, de acordo com a lei e, o mais importante, menos poluentes e mais ecológicas.
(por Arthur Caldeira)