'Ninjinha' pode marcar estréia nacional da Kawasaki
Da Infomoto
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Divulgação
Verdade ou não, nenhum executivo da marca confirma tais informações, que rolam soltas pelos bastidores desde o último Salão Duas Rodas, em 2007. Certo mesmo é que já há algum tempo a Kawasaki anda de olho em nosso crescente e promissor mercado. Se todas as previsões se confirmarem, a "Ninjinha" tem tudo para cair nas graças dos consumidores brasileiros em um futuro não muito distante. Atrativos para isso não faltam nessa pequena máquina japonesa.
O projeto moderno e compacto de todo o conjunto, aliado ao desenho esportivo, fazem desse modelo um dos mais desejados, principalmente pelos motociclistas mais jovens. Não por menos, a 250R é uma das motos de maior sucesso da Kawasaki no mercado europeu e norte-americano desde que foi apresentada, na década de 1980.
DESIGN
A versão mostrada nas fotos dessa reportagem é a mais recente, lançada oficialmente para o público durante o Salão de Milão, em 2007. O maior destaque fica por conta do visual arrojado. Na dianteira, chama a atenção o conjunto óptico formado por duas lanternas dispostas lado a lado. Como em todo modelo esportivo, as carenagens têm linhas harmoniosas, mas não escondem o espírito agressivo que toda moto de sua categoria tem de ter. Neste sentido, diga-se, não há como não comparar a pequena Ninja com suas irmãs maiores, a ZX-6 e ZX-10.
Apesar de todo o conjunto se mostrar bonito e inovador para uma esportiva de pequena cilindrada, o painel da 250R peca pela aparência antiga. No lugar de modernos mostradores digitais estão três grandes "relógios" analógicos para as rotações do motor, velocidade e combustível. Nem mesmo o hodômetro escapou desse deslize.
O tanque de combustível com capacidade para 17 litros também agrada pelo visual. A rabeta tem aspecto moderno e esportivo. A altura baixa do assento (775 mm do solo) aliada ao baixo peso do conjunto (154 kg) deve agradar aos pilotos mais inexperientes.
Mas não estão apenas no desenho os principais atrativos da pequena valente japonesa. A Kawasaki também reservou boas surpresas para a parte mecânica. O objetivo era oferecer o máximo em desempenho. E nisso, apesar de sua baixa cilindrada, a 250R não deixa nada a desejar.
O painel um tanto conservador é um dos pontos fracos da moto japonesa |
A moto é equipada com um motor bicilíndrico em linha de 249 cm³ com duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC), com oito válvulas e câmbio de seis velocidades. O propulsor gera bons 33 cv de potência a 11.000 rpm, com torque de 2,24 kgfm a 8.200 rpm. Todos esses números são resultados, entre outros, de um sistema de exaustão do tipo 2 em 1 bastante eficiente, que se caracteriza por oferecer ao condutor uma entrega de potência mais precisa já em baixas rotações.
No sistema de alimentação a Ninjinha ainda sai equipada com dois carburadores Keihin CVK 30. No entanto, caso os rumores se confirmem, por aqui a Kawasaki deverá equipar o modelo com um moderno sistema de injeção eletrônica a fim de se adequar às rígidas normas de anti-poluição que passam a vigorar no Brasil a partir de janeiro de 2009 (Promot 3). Vale lembrar que na Europa a versão injetada já é comercializada pela fabricante.
Na parte ciclística, a pequena Kawasaki traz o "feijão com arroz", ou seja, nada de muita sofisticação, apenas o trivial. As rodas são de 17 polegadas com pneus de medida 110/70 na frente e 130/70 atrás. Os freios merecem algum destaque, já que ambos são do tipo margarida com um disco simples de 290 mm na dianteira e outro de 220 mm na traseira. A suspensão é telescópica com tubo de 37 mm e curso de 120 mm. Atrás o sistema utiliza um amortecedor a gás Uni-Trak com cinco regulagens na pré-carga da mola. Completa o conjunto ciclístico o quadro do tipo diamante confeccionado em aço.
Disponível em duas cores, verde e preto, a versão 2008 da Ninja 250R é vendida nos Estados Unidos por cerca de US$ 3.500 (R$ 5.700). Para os motociclistas brasileiros, resta apenas esperar e torcer para que os rumores se confirmem e a Kawasaki realmente chegue ao país como fábrica, com um produto a altura dos anseios de seus futuros consumidores. (por Murillo Ghigonetto)