YZF-R1, os dez anos de um mito em duas rodas
Da Infomoto
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Divulgação
Sobre a Yamaha YZF-R1 os motociclistas puderam sentir o gosto de pilotar uma moto com alma de pista. Recheada de tecnologia, a máquina chegou ao mercado com motor de quatro cilindros, cinco válvulas (conceito Gênesis), 998 cc, potência de 152 cv e torque de 11 kgfm. Bastavam três segundos para atingir a marca dos 100 km/h.
LEVEZA
A R1 mudou os conceitos das superesportivas. À época, era leve e imponente em comparação com as concorrentes. Pesava 177 kg (a seco) e trazia muitos materiais nobres, como alumínio e ligas especiais no quadro e motor, para reduzir o peso. Além disso, os engenheiros eliminaram o peso suspenso nas rodas e baixaram o centro de gravidade. Assim, a Yamaha se destacava também na pilotagem mais esportiva.
O quadro Deltabox (duas traves superiores em alumínio) abraçava o motor, formando um conjunto capaz de oferecer resistência e, ao mesmo tempo, toda a flexibilidade necessária.
A mesma qualidade era oferecida pela balança traseira (em alumínio). Para completar, o sistema de suspensão trazia recursos usados nas motos de competição. Na dianteira, tubos invertidos (upside-down) com regulagem total, assim como o monoamortecedor traseiro. Tudo isso exigia um sistema de freios à altura. Um par de discos flutuantes de 298 mm com pinças de quatro pistões, na dianteira, e disco simples de 245 mm com pinça de dois pistões, na traseira, tinham a missão de segurar esse canhão.
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QUINTA GERAÇÃO
A quinta e mais recente geração da R1, que desembarcou no Brasil no ano passado, é a prova de que o modelo ainda se mantém como um dos principais destaques dentro da categoria das superesportivas. Totalmente nova, foi projetada com auxílio do piloto Valentino Rossi, da categoria MotoGP. A começar do motor, um dos itens mais importantes neste segmento.
Dessa forma, o propulsor manteve o mesmo diâmetro e curso (77 x 53,6mm) da versão anterior, mas todo o resto foi melhorado. Além do cabeçote de quatro válvulas e um novo desenho da câmara de combustão, a grande novidade fica por conta do duto de admissão variável, chamado de YCC-I (Yamaha Chip Controlled Intake) -- solução já utilizada em carros esportivos e que chegava pela primeira vez a uma moto de série.
O YCC-I varia o comprimento do duto de admissão, feito em resina plástica, de acordo com a rotação do motor. Na nova R1 seu comprimento pode variar entre 65 mm e 140 mm. Como resultado, a moto tem o motor sempre cheio, oferecendo o melhor em desempenho. Um outro destaque é o sistema de aceleração eletrônica ride-by-wire, chamado nesta quinta geração da R1 de YCC-T (Acelerador Yamaha Controlado por Chip), que garante maior precisão nas acelerações.
O resultado de todo esse aparato pode ser visto nos 5 cv a mais na potência. Agora, o motor de quatro cilindros em linha da R1 2007 oferece 180 cv a 12.500 rpm -- isso sem contar a indução direta de ar (Ram Air) que funciona apenas em altas velocidades e faz com que o propulsor chegue a 189 cv.
CICLÍSTICA
O novo quadro Deltabox também foi inspirado na moto de corrida do piloto italiano Rossi, e recebeu melhorias para "suportar" o motor mais potente. Teve a rigidez reforçada, garantindo melhor maneabilidade, mais precisão nas curvas e estabilidade em altas velocidades.
A balança traseira, construída de forma assimétrica, é 30% mais rígida que na versão anterior, e promete manter a roda no chão nas saídas de curva. O sistema de suspensão também foi redesenhado com um novo amortecedor na traseira, totalmente ajustável. Na dianteira, o garfo upside-down de 43 mm de diâmetro ganhou novos ajustes e está mais firme.
Os freios também são novos nessa quinta geração. Na dianteira, as rodas chegaram com dois discos de 310 mm de diâmetro (10 mm menor que a versão 2006) mas com pinças radiais mais potentes, de seis pistões.
No Brasil a R1 chega importada do Japão, com preço de R$ 59.384, e disputa mercado com Honda CBR 1000RR, Suzuki GSX-R1000 e Kawasaki ZX-10. Se depender da Yamaha e dos fãs tupiniquins do modelo, esse mito sobre duas rodas ainda terá muitos anos de vida.