Motonetas elétricas ainda empacam em vendas fracas
Da Auto Press
No Brasil, discurso ecológico é só discurso. E não são poucos os que olham os ativistas verdes como uma espécie de bicho-grilo com banho tomado. Uma prova disso é que, depois de um ano de mercado, a primeira linha de veículos brasileiros movido a energia elétrica, da Motor-Z, permanece praticamente inédita no país.
Os cinco modelos de motonetas elétricas, produzidos em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, somaram apenas 2.000 unidades até agora. De qualquer forma, as pretensões da empresa são mesmo modestas: a idéia é vender os modelos para uso em condomínios fechados, lugares de tráfego leve e outras áreas fechadas, como fábricas e depósitos, por exemplo.
Os modelos da Motor-Z são movidos a baterias do tipo ácido-chumbo, as mesmas usadas nos automóveis. Com peças trazidas da China, fornecidas pela montadora local Jiangsu Motorcycle, a marca monta cinco modelos elétricos em esquema de CKD (recebendo as unidades desmontadas): o S500, o V500, o S800, o SS500 e o S1000, na ordem do mais simples para o "top". Em todos eles, os dígitos representam a potência dos motores elétricos em Watts -- que são de 0,68 cv nos motores de 500 Watts e de 1,09 cv no propulsor de 800 Watts.
Em comparação com os motores a combustão, são números pequenos. Um propulsor a gasolina de 50 cc produz até 3 cv de força. Em compensação, o torque dos propulsores elétricos é despejado integralmente desde o momento da arrancada até a velocidade máxima -- em torno de 40 km/h, dependendo do peso do passageiro.
Para movimentar as unidades elétricas, cada scooter Motor-Z traz quatro baterias de 12 volts cada, que somam 48 volts todo e ficam alojadas sob o banco. A autonomia é de 40 km e leva-se até oito horas para recarregar as "pilhas" em tomadas de 110 ou 220 volts, com vida útil de 300 recargas.
Os preços são bons atrativos para as motonetas elétricas. Por exemplo, o scooter Motor-Z S500, o mais básico da gama, custa R$ 3.800, enquanto o "top" S1000 é vendido a R$ 5.400. A diferença de valores é justificada no fato do S1000 trazer dois motores de 500 watts, um no cubo da roda dianteira e outro na traseira. Os outros modelos trazem apenas na roda traseira.
A Motor-Z aposta na ampliação da rede de distribuidores para popularizar um pouco mais suas motonetas elétricas. Atualmente são 52 revendedores no país, número considerado pequeno pela empresa. Para contornar esta limitação, a Motor-Z decidiu tirar proveito do fato de seus veículos não precisarem ser emplacados, e passou a oferecer seus scooters elétricos pela internet, no portal www.motor-z.com.br. Dessa forma, pode entregá-los a domicílio, como se faz com qualquer produto comprado pela Web.
(por Diogo de Oliveira)
Os cinco modelos de motonetas elétricas, produzidos em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, somaram apenas 2.000 unidades até agora. De qualquer forma, as pretensões da empresa são mesmo modestas: a idéia é vender os modelos para uso em condomínios fechados, lugares de tráfego leve e outras áreas fechadas, como fábricas e depósitos, por exemplo.
Os modelos da Motor-Z são movidos a baterias do tipo ácido-chumbo, as mesmas usadas nos automóveis. Com peças trazidas da China, fornecidas pela montadora local Jiangsu Motorcycle, a marca monta cinco modelos elétricos em esquema de CKD (recebendo as unidades desmontadas): o S500, o V500, o S800, o SS500 e o S1000, na ordem do mais simples para o "top". Em todos eles, os dígitos representam a potência dos motores elétricos em Watts -- que são de 0,68 cv nos motores de 500 Watts e de 1,09 cv no propulsor de 800 Watts.
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Em comparação com os motores a combustão, são números pequenos. Um propulsor a gasolina de 50 cc produz até 3 cv de força. Em compensação, o torque dos propulsores elétricos é despejado integralmente desde o momento da arrancada até a velocidade máxima -- em torno de 40 km/h, dependendo do peso do passageiro.
Para movimentar as unidades elétricas, cada scooter Motor-Z traz quatro baterias de 12 volts cada, que somam 48 volts todo e ficam alojadas sob o banco. A autonomia é de 40 km e leva-se até oito horas para recarregar as "pilhas" em tomadas de 110 ou 220 volts, com vida útil de 300 recargas.
Os preços são bons atrativos para as motonetas elétricas. Por exemplo, o scooter Motor-Z S500, o mais básico da gama, custa R$ 3.800, enquanto o "top" S1000 é vendido a R$ 5.400. A diferença de valores é justificada no fato do S1000 trazer dois motores de 500 watts, um no cubo da roda dianteira e outro na traseira. Os outros modelos trazem apenas na roda traseira.
A Motor-Z aposta na ampliação da rede de distribuidores para popularizar um pouco mais suas motonetas elétricas. Atualmente são 52 revendedores no país, número considerado pequeno pela empresa. Para contornar esta limitação, a Motor-Z decidiu tirar proveito do fato de seus veículos não precisarem ser emplacados, e passou a oferecer seus scooters elétricos pela internet, no portal www.motor-z.com.br. Dessa forma, pode entregá-los a domicílio, como se faz com qualquer produto comprado pela Web.
(por Diogo de Oliveira)
IMPRESSÕES AO PILOTAR: MOTONETAS RODAM EM SILÊNCIO | ||||||
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