Por que donos de carros como Porsche e Lamborghini não fazem seguro

Por Alessandro Reis

O boletim de ocorrência sobre a colisão envolvendo Porsche 911 Carrera GTS 2024 e Renault Sandero trouxe como informação o fato de o modelo de luxo não contar com um seguro.

Reprodução / Porsche

Segundo a Tabela Fipe, o Porsche 911 Carrera GTS 2024 conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, tem preço médio superior a R$ 1,2 milhão.

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Como um veículo tão caro não possui seguro?

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Segundo especialista consultada por UOL Carros, essa situação é muito comum.

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Muitos proprietários de carros caros, avaliados em mais de R$ 1 milhão, simplesmente preferem se arriscar a ter o patrimônio comprometido em caso de furto, roubo ou sinistro.

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Lilian Viana, diretora da oficina independente Frison, especializada em reparos de automóveis esportivos de luxo, esclarece a questão.

Reprodução/Redes Sociais

"Menos de 10% dos meus clientes têm seguro porque não vale a pena. Eles usam o esportivo poucas vezes ao ano e têm carros mais tradicionais para o dia a dia. A relação custo x risco não compensa", diz.

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No caso de carros mais caros e luxuosos, é mais frequente haver perda total em caso de acidente na comparação com veículos convencionais, justamente devido ao elevado custo de peças.

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Via de regra, as seguradoras dão perda total e pagam o valor da Tabela Fipe ao proprietário quando o reparo chega a 75% do valor de mercado do veículo.

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Em fevereiro de 2019, o piloto Rubens Barrichello danificou a dianteira de um raríssimo Lamborghini Gallardo LP-570-4 Super Trofeo Stradale 2013.

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Com produção limitada a 150 exemplares no mundo todo, o cupê italiano teve de duas a três unidades destinadas ao Brasil e hoje custa cerca de R$ 1,1 milhão, de acordo com a Fipe.

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Nossa reportagem confirmou que, na época, o reparo chegou a receber orçamento de aproximadamente R$ 700 mil.

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Valor este que correspondia a pouco mais de 63% do preço de tabela. Detalhe: o carro não tinha seguro.

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Publicado em 15 de abril de 2024.

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