Quem dirige pelas vias da capital paulista deve ter percebido: vários semáforos passaram a trazer uma moldura com contorno amarelo.
3.out.2023-Bruno Escolastico/Ato Press/Estadão Conteúdo
A sinalização vem acompanhada de câmeras, também instaladas recentemente e que têm gerado dúvidas aos motoristas.
Afinal, elas estão ali para identificar irregularidades e multar os motoristas, como ocorre com os radares eletrônicos?
Na verdade, as novas câmeras não estão ali para isso. Elas trabalham de maneira integrada com os semáforos e têm apenas o objetivo de garantir maior fluidez no trânsito.
Os novos semáforos são "inteligentes", com foco na redução dos congestionamentos e também para diminuir e agilizar o reparo de eventuais panes nos aparelhos de sinalização de trânsito.
Esses equipamentos utilizam um sistema em tempo real capaz de transformar imagens captadas por câmeras integradas em dados e, por meio de algoritmos, ajustar o tempo de abertura dos semáforos.
Os tempos máximo e mínimo de acionamento dessas luzes são programados previamente pela CET e são ajustados pelo próprio semáforo para melhorar o fluxo de veículos.
Além disso, essa programação pode ser alterada remotamente por operadores da CET, por meio de uma central de controle.
A câmera que o novo semáforo traz substitui os chamados "laços", que são os sensores instalados no asfalto utilizados pelos semáforos convencionais.
Essa câmera, chamada de "laço virtual", faz com que a operação do semáforo não seja afetada por recapeamento ou reparos que exijam a remoção temporária do "laço" convencional.
Outra vantagem é que os novos semáforos "conversam" entre si e são sincronizados de acordo com as chamadas subáreas, que são as grandes avenidas e suas adjacências.
Conforme a SP Regula, a nova tecnologia deve estar presente em 270 cruzamentos até o fim de 2024.
3.out.2023-Bruno Escolastico/Ato Press/Estadão Conteúdo