Sem Frescura: andar descalça e ficar com cabelo molhado pioram cólicas?
Você já deve ter ouvido aquelas receitas de vó para evitar as cólicas. Elas iam desde evitar ficar com cabelo molhado a não andar descalça. Mas será que esses ditados fazem sentido?
Ainda que não haja uma comprovação científica, talvez a exposição ao frio possa piorar as dores de uma forma geral. Isso porque, em temperaturas baixas, nosso corpo contrai os músculos, o que tende a tornar as cólicas ainda mais intensas.
O melhor a se fazer, portanto, é se manter quentinha nesses dias. Além disso, alguns hábitos podem ajudar a aliviar essas dores. A lista inclui atividade física, ioga, acupuntura, meditação e também uma alimentação saudável, evitando alimentos inflamatórios, como frituras e bebidas alcoólicas.
Mas, por mais que muitas mulheres experimentam esses incômodos no período menstrual, algumas sortudas sequer notam a dor.
A explicação para isso está na liberação de um hormônio chamado prostaglandina, que promove a contração do útero para que o sangue menstrual seja eliminado. Enquanto algumas mulheres liberam menos, outras, mais.
Quanto mais desse hormônio no corpo, mais intensas são as cólicas e os sintomas típicos desses dias, como distensão abdominal, inchaço e dor nos seios, constipação, retenção de líquido ou quantidades excessivas de gases, dores de cabeça e nas costas, falta de concentração e insônia.
Se você está no grupo das produtoras de prostaglandina em escala industrial, não tem jeito: provavelmente vai ter que procurar um médico para ver uma forma de amenizar os sintomas.
Outro motivo para procurar um especialista, caso você tenha cólicas menstruais muito fortes, é que elas podem ser sintomas de problemas de saúde, como pólipos, mioma uterino ou endometriose.
Considerando que esse não seja o caso, há maneiras de amenizar o sofrimento e ter dias mais normais nesse período do mês. Além de analgésicos e anti-inflamatórios, o tratamento com anticoncepcionais também pode ajudar.
Roteiro: Rodrigo Lara. Fontes: Fernanda Mastrocola, médica ginecologista e especialista em reprodução humana da Huntington Medicina Reprodutiva; Lidia Myung, ginecologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Gustavo Maciel, ginecologista do Fleury Medicina e Saúde; e Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês e Hospital Albert Einstein.
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