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Sem Frescura: depilação íntima faz mal ou não faz?

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Gabriela Ingrid

Do VivaBem, em São Paulo

23/12/2019 04h00

Todo mundo tem pelo, você sabe. Enquanto o padrão estético determinou que as mulheres não deveriam ter nenhum, a evolução persiste e diz que, sim, devemos ter esses cabelinhos em certas áreas do corpo.

Eles têm diversas funções, como o controle da temperatura do corpo e proteção, por exemplo. A questão é que muita gente acha que ter pelos na região íntima, mais conhecida como virilha e ânus, é sinal de falta de higiene. Será mesmo?

Bem, depende. As regiões genitais e o ânus costumam ter pelos por razões fisiológicas, como controle de umidade, de temperatura e também para atuarem como uma barreira contra a entrada de agentes patológicos.

Quando raspamos todos os pelos dessas regiões, elas perdem parte de sua proteção natural. Além disso, a remoção dos pelos também pode causar um desequilíbrio na região genital, especialmente para as mulheres, contribuindo para o surgimento de doenças.

Não é que exista uma contraindicação formal em relação à depilação íntima. Afinal, o corpinho é seu e você faz o que achar melhor para ele. Mas algumas dicas podem te ajudar.

Se você costuma depilar com frequência, por exemplo, e enfrenta problemas como foliculite, o melhor a se fazer é somente aparar os pelos ou partir para a depilação definitiva. O mesmo vale para quem apresenta quadros como dermatite de contato ou irritação por causa do atrito da região com roupas ou outras partes do corpo.

Já se você se depila sempre e tem infecções vaginais recorrentes, aí talvez seja o caso de deixar os pelos no local como uma proteção contra bactérias e fungos.

E se você quer deixar os cabelinhos lá, show, mas cuidado que eles podem dificultar a higiene nessas regiões. Então tem que limpar corretamente.

Ah, e a gente também precisa considerar a questão sexual. Há pessoas que se depilam porque alegam sentirem mais prazer quando não há pelos na região pubiana. Aqui, novamente, não há qualquer regra ou contraindicação.

De qualquer maneira, caso você decida depilar completamente a região, o ideal é procurar especialistas nesse tipo de procedimento e prestar atenção em possíveis reações. E, claro: se houver problemas recorrentes, procure um médico.

Fontes: Ana Célia Xavier, dermatologista da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo; Lílian Licarião, dermatologista do Fleury Medicina e Saúde; Luiz Guilherme Castro, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP); Jairo Iavelberg, ginecologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.