Sofre com hemorroidas?

Confira alimentos e bebidas que amenizam o problema e quais evitar

As hemorroidas são veias dilatadas que estão localizadas ao redor do ânus ou na parte inferior do intestino (reto). O problema causa dor, coceira intensa e, em alguns casos, sangramentos e até dificuldade para sentar. Pessoas obesas, sedentárias ou gestantes estão mais propensas a ter o problema. 

Uma alimentação rica em fibras pode diminuir os sintomas de hemorroidas. Isso porque previne a constipação intestinal e facilita a eliminação das fezes. Quando o intestino não funciona adequadamente, muitas vezes, a pessoa precisa fazer força para evacuar, causando desconfortos para quem sofre com o problema. 

No entanto, alguns alimentos devem ser evitados por quem tem hemorroidas, já que irritam a região e causam prisão de ventre. A seguir, veja quais itens incluir e quais é melhor consumir com moderação para diminuir o problema. 

O QUE COMER E BEBER?

A ingestão de líquidos melhora o funcionamento intestinal e previne a doença hemorroidária. O consumo insuficiente de água deixa as fezes mais ressecadas e uma dieta rica em fibras sem ingestão de líquidos adequada não garante o bom funcionamento do intestino, piorando a constipação.

Água

Consumir vegetais e legumes regularmente também contribui com o funcionamento do intestino, já que são fontes de fibras. Eles ajudam na manutenção de uma flora bacteriana saudável, estimulam a motilidade intestinal e contribuem para formação de um bolo fecal mais consistente. Sendo assim, incluir esses itens na dieta controla os sintomas. 

Vegetais e legumes

Além de ser nutritivo, o cereal é fonte de fibras e o consumo regular diminui a prisão de ventre. Sempre que possível, opte pelo farelo de aveia, que se origina na casca dos grãos e possui muitas fibras. Acrescente o alimento em frutas, iogurte ou massas de bolo e tortas.

Aveia

O ideal é consumir frutas todos os dias. Mas quem sofre com hemorroidas deve investir naquelas com mais fibras: mamão, laranja, ameixa, abacate, caqui, goiaba e kiwi devem entrar na lista do supermercado com frequência. 

Frutas

Alimentos como feijão, lentilha e ervilha são laxantes naturais riquíssimos em fibras e indispensáveis na dieta de quem sofre com hemorroidas. A recomendação é consumir pelo menos uma porção por dia para melhorar o funcionamento intestinal. 

Leguminosas

Incluir castanhas, nozes e amêndoas na dieta também é benéfico para diminuir o problema. Elas ajudam no equilíbrio da microbiota intestinal e no funcionamento do intestino e também são fontes de gorduras saudáveis. Por isso, dão uma consistência amolecida nas fezes, facilitando a eliminação. 

Oleaginosas

MELHOR EVITAR

O condimento deve ser evitado por quem tem hemorroidas, pois irrita o estômago e as veias do ânus. No entanto, vale destacar que não há relação entre o consumo do alimento e o aumento do risco de desenvolver o problema.

Pimenta

O consumo de carne vermelha em excesso está associado a um piora do funcionamento intestinal, ou seja, agrava os sintomas de doença hemorroidária. Além disso, ela demora mais para ser digerida, o que dificulta a saída das fezes e aumenta a pressão na região anal, ocasionando desconfortos. 

Carne vermelha

Esses alimentos são pobres em fibras e nutrientes, além de ter conservantes em excesso. É melhor passar longe de salame, presunto e salsichas ou consumir com bastante moderação. 

Embutidos

O consumo de álcool provoca uma série de sintomas intestinais e quadros de diarreia, o que pode agravar a doença hemorroidária. As bebidas alcoólicas também dilatam e inflamam as veias do ânus, aumentando os desconfortos. 

Álcool

Ao ter sangramento anal, com ou sem dor, presença de sangue nas fezes ou no papel, coceira ou irritação no ânus e dor contínua ou ao evacuar, é importante visitar um especialista para ter o diagnóstico correto e adequar a dieta para controlar os sintomas e prevenir as crises. Dependendo do grau do problema, o tratamento é realizado com medicamentos e mudanças de hábitos. 

Quando procurar um médico?

Fontes: Henrique Perobelli, coloproctologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo; Paulo Gustavo Kotze, coloproctologista e professor da Escola de Medicina da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Bruna Vailati, coloproctologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Edson Credidio, nutrólogo, pós-doutor em ciências de alimentos pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Fontes: Henrique Perobelli, coloproctologista do Hospital São Camilo; Paulo Gustavo Kotze, coloproctologista e professor da Escola de Medicina da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Bruna Vailati, coloproctologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Edson Credidio, nutrólogo, pós-doutor em ciências de alimentos pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Edição: Gabriela Ingrid

Reportagem: Samantha Cerquetani

Publicado em 16 de julho de 2021