SAÚDE

Será que causa câncer?

Veja se algumas situações do dia a dia aumentam riscos da doença 

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Em 2020, o câncer foi responsável por cerca de 10 milhões de mortes no mundo. No Brasil foram mais de 625 mil casos. O termo abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças que ocorrem após o crescimento desordenado das células. Pode afetar qualquer parte do corpo, invadir tecidos e órgãos próximos. 

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O câncer não tem uma causa única e há vários fatores de risco envolvidos. Geralmente, a doença ocorre devido a mutações genéticas, questões hereditárias e hábitos de vida inadequados. 

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No entanto, é provável que você já tenha ouvido falar de alguns mitos sobre as causas do câncer. A seguir, veja detalhes se algumas atitudes do dia a dia contribuem para aumentar o risco de ter a doença. 

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Durante muitos anos, a sacarina e o ciclamato, substâncias presentes em alguns adoçantes, foram apontadas como cancerígenas. Mas, até o momento, os estudos foram realizados apenas em ratos e não há comprovação científica de que usar adoçante cause câncer em humanos. 

Adoçantes artificiais

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Raio-X

Você já reparou que os especialistas que fazem raio-X usam um tipo de colete de proteção? As radiações eletromagnéticas usadas na medicina diagnóstica provocam  tumores malignos. Já foi comprovado que a exposição causa leucemias, linfomas, câncer de pulmão, tireoide e mama. Sem pânico: só o excesso de radiação provoca a doença. 

Até o momento, não há evidências científicas de que o uso de celulares cause câncer. Um dos motivos desse mito é que esses aparelhos emitem radiação não ionizante. Mas são necessárias mais pesquisas para afirmar os efeitos do uso prolongado de celulares no corpo. 

Celulares

Embutidos

Consumir em excesso alimentos como salsicha, linguiça, salame e presunto aumenta o risco de câncer de intestino e estômago. Isso ocorre porque eles contêm conservantes como nitritos e nitratos e sal em grandes quantidades. O ideal é passar longe desses itens sempre que possível. 

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O câncer do colo do útero tem como causa mais frequente a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV). A principal via de transmissão é por meio das relações sexuais. Os preservativos podem reduzir os casos de  HPV e diminuir a incidência desse tipo de câncer. 

Sexo sem proteção

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Não há estudos científicos que comprovem que o uso de desodorantes nas axilas provoque câncer de mama. Pesquisas em andamento apontam que algumas substâncias nocivas presentes nesses itens podem ser absorvidas pela pele, mas ainda não há comprovação que provoque tumores. Por isso, o uso é considerado seguro. 

Desodorantes

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Estar constantemente exposto a pesticidas, tintas e vernizes pode aumentar o risco de câncer, principalmente de pulmão. Isso porque eles contêm substâncias chamadas de compostos orgânicos voláteis, potencialmente cancerígenos. O risco é maior para quem trabalha com esses itens. 

Tintas e pesticidas

Há diversas evidências científicas que mostram que a poluição ambiental está associada ao câncer de pulmão e bexiga, principalmente. Mas também causa neoplasias de mama, fígado e pâncreas. A exposição a poluentes afeta o organismo como um todo, causando alterações no DNA, na resposta imunológica e inflamações no organismo.

Poluição do ar

Crédito da imagem, se necessário

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Diversas pesquisas já foram realizadas ao longo das décadas para comprovar se quem mora perto de redes de transmissão de energia estão mais suscetíveis ao câncer. O que se sabe é que os riscos são baixos. No entanto, há um aumento de casos de leucemias em crianças. Mas ainda não há evidências concretas sobre o assunto. 

Redes de transmissão de energia

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Bastante prático e usado no dia a dia, o aparelho não aumenta o risco de câncer. O eletrodoméstico emite radiação não ionizante, mas não extravasa para o ambiente externo. E ele não altera a estrutura química ou molecular do alimento. Por isso, o uso é considerado seguro. 

Micro-ondas

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Para diminuir as chances de ter um câncer é importante manter hábitos saudáveis: dieta equilibrada, não fumar ou ingerir bebidas alcoólicas e praticar atividade física regular. Também é necessário controlar o peso e usar protetor solar. 

Como minimizar os riscos? 

Referências: OMS e Inca

Edição: Bárbara Paludeti

Fontes: Duílio Rocha, chefe do serviço de oncologia clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (CE); Artur Malzyner, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e Virgilio Souza e Silva, oncologista clínico do A.C.Camargo Cancer Center (SP).

Reportagem: Samantha Cerquetani

Publicado em 7 de julho de 2021