OUTUBRO ROSA

4 fatos sobre maternidade e câncer de mama

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A médica Solange Moraes Sanches, vice-líder do Centro de Referência em Tumores da Mama do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, esclarece que o desejo de ser mãe biológica não precisa ser adiado, necessariamente, por conta da doença. Conheça 4 fatos a seguir. 

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) estimam mais de 60 mil novos casos no Brasil até o final de 2020.

O diagnóstico não é um impeditivo aos planos de gravidez, por isso a preservação da fertilidade e a conscientização sobre temas relativos à maternidade estão cada vez mais em pauta entre oncologistas e pacientes.

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O tratamento contra o câncer de mama pode evoluir para a infertilidade em, pelo menos, 40 a 50% dos casos. Isso varia conforme o tipo de tratamento, assim como a medicação e a idade. Nesses casos, indica-se o congelamento de óvulos para pacientes que possuem tipos de câncer curáveis, com menor risco de reincidência.

Infertilidade pode atingir até 50% das pacientes

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Após o tratamento, a mulher deve tomar alguns cuidados para tentar engravidar. O tempo pode variar de dois anos, no caso de tumores de baixo risco, até o término do tratamento completo, em aproximadamente cinco anos. É importante ressaltar que isso é personalizado para cada paciente.

Tempo de espera para gravidez após tratamento pode chegar a 5 anos

"São situações raras e de alta complexidade, que necessitam de uma avaliação rigorosa por parte da equipe médica", alerta Solange Sanches.

Durante o 1º trimestre de gestação, as pacientes não devem receber quimioterapia, sob risco de afetar o crescimento do feto. Em casos específicos, a mulher pode receber alguns tipos de químio a partir do 2º trimestre de gravidez.

Grávidas podem receber químio em situações raras

Apesar de não ser determinante, o aleitamento materno pode prevenir o aparecimento de tumores malignos.

A amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, a exposição a certos hormônios que podem estar por trás do surgimento de tumores, caso do estrógeno.

Amamentar ainda envolve outras alterações hormonais complexas que também podem ser protetoras.

Amamentar protege contra o câncer de mama

Montagem e edição: Bárbara Paludeti

Fonte: Solange Moraes Sanches, vice-líder do Centro de Referência em Tumores da Mama do A.C.Camargo Cancer Center (SP)

Publicado em 7 de outubro de 2020

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