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10 MITOS E VERDADES SOBRE ALIMENTAÇÃO DE QUEM TEM DIABETES 

O diabetes ocorre quando o corpo não produz insulina ou não consegue usá-la adequadamente. O hormônio é responsável pela glicose no sangue, que em excesso acarreta diversos problemas de saúde.

Estima-se que a doença crônica atinja cerca de 16,8 milhões de brasileiros entre 20 e 79 anos. Se o diabetes não for tratado adequadamente, causa sequelas e até óbitos.

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Uma das formas de controlar o quadro é ficar de olho na dieta. Uma alimentação inadequada leva ao aumento do peso e causa resistência à ação da insulina.

No entanto, é comum que apareçam diversas dúvidas sobre as mudanças necessárias na rotina alimentar. A seguir, veja 10 mitos e verdades sobre a alimentação de quem tem diabetes.

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MITO. O açúcar pode ser consumido desde que a quantidade de carboidratos seja computada. Com o controle da doença é possível abrir exceções em ocasiões especiais e consumir doces, seguindo as recomendações do nutricionista.

1. Quem tem diabetes não pode comer açúcar

Além do refinado, a recomendação é consumir com moderação o mel e outros tipos de açúcares como  mascavo, demerara ou cristal. Vale destacar que o açúcar não causa diabetes de forma isolada, mas contribui com o seu surgimento.

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MITO. No caso do diabetes tipo 1, não se sabe ainda ao certo quais os fatores de risco, mas a genética tem um papel importante. Já no diabetes tipo 2, a genética também está envolvida, mas pressão alta, colesterol e triglicérides elevados, sobrepeso e obesidade são os principais fatores.

2. Diabetes é causado apenas pela alimentação

O diabetes ainda pode ser causado por doenças como síndrome dos ovários policísticos, doença renal e apneia do sono, além do uso de alguns medicamentos (glicocorticoides e antipsicóticos) ou de quimioterapia.

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VERDADE! Os carboidratos são responsáveis pelo aumento do nível de glicose no sangue. Por isso, quem tem diabetes precisa consumir arroz, pães, massas e batatas com moderação. O ideal é substituir pelas versões integrais.

3. É perigoso exagerar nos carboidratos

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VERDADE! O álcool desequilibra os níveis de açúcar no sangue e altera os efeitos da insulina. Além disso, interfere na eficácia dos medicamentos orais usados para controlar a doença.

4. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas

MITO. O açúcar em excesso contribui para o excesso de peso, que é um fator de risco para o diabetes tipo 2. Estudos também têm indicado que o consumo excessivo de bebidas açucaradas, como sucos industrializados e refrigerantes, aumenta consideravelmente o risco de desenvolver a doença.

5. Comer muito açúcar causa diabetes

MITO. As frutas devem fazer parte da dieta de quem tem a doença. No entanto, elas possuem um açúcar natural, chamado frutose. Opte por maçãs, peras ou frutas vermelhas. Não ultrapasse três porções.

6. Quem tem diabetes pode comer frutas à vontade

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VERDADE. Os produtos dietéticos são isentos de açúcar, mas isso não significa que sejam mais saudáveis. Costumam ser mais calóricos e gordurosos por terem aditivos, o que os tornam mais palatáveis.

7. Tem que ter cuidado com produtos diet

MITO. Quem tem diabetes está mais propenso a ter problemas cardiovasculares. É importante evitar o consumo de gorduras saturadas e trans: elas aumentam a pressão arterial, os níveis de colesterol e o peso.

8. Gorduras estão liberadas

MITO. Há diversos tipos de adoçantes disponíveis. Quem tem diabetes deve se atentar aos rótulos e optar pelos naturais que contenham frutose, xilitol, eritritol e stevia. Já em relação aos sintéticos, os recomendados são os com sacarina, aspartame e sucralose.

9. Adoçantes estão liberados

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MITO. A dieta das pessoas com diabetes é semelhante à de indivíduos sem a doença. Precisam incluir frutas, legumes, verduras, peixes, ovos, carne magra e laticínios com baixo teor de gordura. 

10. Precisa de dieta especial

O ideal é fazer o acompanhamento com especialistas como nutricionistas e endocrinologistas para ter uma rotina alimentar equilibrada.

Porém, é importante ter um planejamento alimentar, consumir carboidratos com moderação e dar preferência a itens com baixo índice glicêmico (que não geram pico de glicose).

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Referência: IDF (The International Diabetes Federation).

Fontes: Paula Pires, endocrinologista da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia); Solange Travassos, endocrinologista e vice-presidente eleita da Sociedade Brasileira de Diabetes; Marlucy Vieira, nutricionista do Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim") e Nelson Gonfinetti, endocrinologista do Hospital San Gennaro.

Reportagem: Samantha Cerquetani

Edição: Gabriela Ingrid

Publicado em 16 de dezembro de 2021