Prednisolona: para que serve, como tomar, efeitos e bula completa

A prednisolona é um tipo de corticoide usado para tratar várias doenças inflamatórias e autoimunes. Ela atua como imunossupressor, diminuindo a resposta exagerada do sistema imunológico. Além disso, pode ser incluída em alguns tratamentos contra o câncer.
Confira, a seguir, todas as informações encontradas na bula de prednisolona.
Prednisolona: para que serve e bula completa
Para que serve a prednisolona? O que ela trata?
A prednisolona é usada como anti-inflamatório e para diminuir a atividade do sistema imunológico em doenças que envolvam processos inflamatórios e/ou autoimunes. Ela também é indicada para tratar problemas nas glândulas e em tratamentos de suporte para alguns pacientes em tratamento contra o câncer.
Ela tem forte ação contra inflamações, reumatismos e alergias, sendo usada para tratar doenças que respondem bem aos corticosteroides, uma classe de medicamentos feita sinteticamente para ter a mesma ação que o hormônio cortisol no corpo.
Precisa de receita médica para comprar prednisolona?
A prednisolona só pode ser comprada com receita médica e está disponível como genérico ou com nomes comerciais, como Preni, Prelone e Predsim, entre outros.
Qual é a diferença entre prednisolona e prednisona?
A prednisona também é um glicocorticoide que faz parte da classe dos corticosteroides, mas é uma pró-droga. Isso significa que, para fazer efeito, ela precisa ser convertida em prednisolona pelas enzimas do fígado. Até ser metabolizada pelo fígado, a prednisona é um composto biologicamente inativo.
Já prednisolona tem ação um pouco mais rápida, exatamente porque não precisa dessa conversão.
Como usar a prednisolona?
O medicamento pode ser encontrado em comprimidos de 5 ou 20 mg, em forma líquida (xarope ou solução em gotas), além de cremes e pomadas para uso tópico. Também pode ser administrado por injeção intravenosa ou intramuscular, que são mais comuns em hospitais.
A prednisolona deve ser usada conforme as orientações do médico, seguindo as doses, os horários e o tempo de tratamento indicado. Cada caso é único, e as doses devem ser ajustadas conforme a gravidade da doença e a resposta do paciente ao tratamento.
A dose inicial varia de 5 a 60 mg por dia, dependendo da doença. Em bebês e crianças, a dosagem deve ser baseada na resposta ao tratamento, sem depender apenas da idade ou do peso.
Em casos mais leves, doses menores geralmente são suficientes, mas, em alguns pacientes, pode ser necessário começar com doses mais altas. A dose inicial será mantida ou ajustada até alcançar uma resposta satisfatória, e depois é possível reduzir aos poucos até encontrar a quantidade ideal para o tratamento contínuo.
O acompanhamento constante do médico é fundamental para ajustar a dosagem, especialmente se não houver melhora em um período razoável de tempo. Caso isso ocorra, o médico poderá recomendar uma terapia diferente.
A dose pode precisar ser ajustada em situações como mudanças no estado de saúde devido à melhora ou agravamento da doença, sensibilidade do paciente ao medicamento ou exposição a situações de estresse não relacionadas à doença. Se o medicamento for usado por mais do que alguns dias e houver a necessidade de interromper o uso, isso deve ser feito de forma gradual e com orientação médica. Nunca pare de forma brusca e procure sempre o médico ou o farmacêutico em caso de quaisquer eventos adversos.
Quais as contraindicações da prednisolona? Quem não deve tomar?
Este medicamento não deve ser usado por pessoas alérgicas à prednisolona ou a qualquer ingrediente da fórmula. Também é contraindicado para pacientes com infecções graves causadas por fungos ou infecções que não estejam controladas.
Pessoas com diagnóstico prévio de glaucoma, diabetes ou hipertensão devem utilizar o medicamento com cautela, realizando o devido acompanhamento de sinais e sintomas destas doenças durante o período de tratamento.
O que saber antes de tomar o remédio?
É importante informar ao médico sobre qualquer problema de saúde ou medicamento que você esteja tomando. Além disso, é preciso ficar atento aos seguintes casos:
Pacientes com insuficiência hepática: por ser metabolizado no fígado, este medicamento poderá ser utilizado em doses menores em pacientes nesta condição.
Pessoas com doenças hepáticas crônicas: podem ter efeitos como fraturas, aumento de glicose, pressão alta, catarata e síndrome de Cushing, condição causada por níveis elevados e prolongados do hormônio cortisol no corpo devido ao uso excessivo de medicamentos corticoides ou por problemas nas glândulas que produzem cortisol. Esses casos ocorreram em cerca de 30% dos pacientes.
Tuberculose: corticosteroides podem reativar focos de tuberculose que estavam sem sintomas aparentes. Seu uso no caso de uma tuberculose ativa é restrito a casos graves, nas quais o corticosteroide é usado para o controle da doença associado a um regime antituberculoso apropriado.
Infecções: o medicamento pode mascarar sinais de infecção, diminuir a resistência e dificultar a localização de novas infecções.
Fertilidade masculina: a corticoterapia pode alterar a motilidade e o número de espermatozoides.
Olhos: uso prolongado pode causar catarata, glaucoma e aumentar infecções por fungos ou vírus nos olhos.
Pressão e minerais: pode elevar a pressão arterial, reter sal e água e aumentar a excreção de potássio e cálcio. Pode ser necessário dieta para controle de níveis de sódio e potássio.
Doenças específicas: pessoas com hipotireoidismo ou cirrose têm aumento do efeito do medicamento. Quem tem herpes ocular deve usar com cuidado para evitar perfuração na córnea.
Efeitos psíquicos: podem surgir alterações de humor, insônia, alteração de personalidade, depressão e até psicose. Tendências psicóticas preexistentes podem ser agravadas pelo medicamento.
Outros cuidados: usar com cautela no caso de uma cirurgia do intestino chamada anastomoses de intestino e em doenças como colite ulcerativa, diverticulite, úlcera péptica ativa ou latente, insuficiência renal, hipertensão, osteoporose e miastenia gravis (fraqueza dos músculos).
Retirada do medicamento: a suspensão deve ser feita gradualmente para evitar insuficiência adrenal, especialmente após tratamento prolongado.
Idosos: requerem cuidado, pois são mais propensos a efeitos adversos.
Vacinas: não devem ser aplicadas durante o uso de altas doses por risco de complicações neurológicas e ausência de resposta de anticorpos, exceto em casos específicos, como substituição na doença de Addison.
Crianças: elas são mais vulneráveis a infecções ao usar imunossupressores. Além disso, é importante evitar contato com quem tenha varicela (catapora) ou sarampo e avisar ao médico se isso acontecer porque essas doenças podem ter um curso mais grave e até fatal em crianças e adultos não imunes sob corticoterapia.
Esses pacientes também não devem ser vacinados contra varíola ou outras vacinas, devido ao risco de complicações neurológicas e a ausência de resposta imune. Não só isso; o uso prolongado de corticoterapia em crianças exige atenção para possíveis efeitos graves, como obesidade, atraso no crescimento, enfraquecimento dos ossos (osteoporose) e problemas na produção de hormônios pelas glândulas adrenais.
Grávidas e lactantes podem tomar prednisolona?
Como não existem estudos suficientes sobre os efeitos dos corticosteroides na reprodução humana, nem estudos em gestantes, o uso de prednisolona durante a gravidez, amamentação ou em mulheres que podem engravidar só deve acontecer se os benefícios forem maiores que os riscos para a mãe, o bebê ou o feto.
A prednisolona deve ainda ser usada com cuidado por mulheres que estão amamentando, pois ela é eliminada em pequenas quantidades no leite materno (menos de 1% da dose).
Além disso, crianças recém-nascidas cujas mães foram tratadas com corticoides ao longo da gestação devem ser acompanhadas desde as primeiras semanas de vida por conta doo risco de hipoadrenalismo (condição na qual as glândulas suprarrenais tem função abaixo do normal).
Prednisolona dá sono?
Pode ocorrer sonolência no uso de prednisolona, mas é uma reação pouco frequente.
Interação medicamentosa: pode tomar prednisolona com outros remédios?
São muitos os riscos de interação da prednisolona com outras substâncias, sejam medicamentosas, químicas ou mesmo em exame laboratorial. Por isso, sempre informe ao seu médico sobre os medicamentos que está utilizando e não use remédios sem orientação médica, pois isso pode ser perigoso para sua saúde. Confira:
- Interação com substância química:
Álcool (severidade maior)
Misturar prednisolona com álcool pode aumentar o risco de feridas no estômago ou intestino (úlceras) e de hemorragias.
- Interações com outros medicamentos:
Drogas anti-inflamatórias não esteroidais (severidade maior)
Misturar prednisolona com anti-inflamatórios não esteroidais, como diclofenaco e cetoprofeno, pode aumentar o risco de feridas no estômago ou intestino (úlceras) e de sangramentos. Porém, no tratamento da artrite, usar os dois juntos pode trazer benefícios, já que o efeito combinado pode permitir a redução da dose prednisolona. Importante: a automedicação não é recomendada. Use apenas sob orientação e recomendação do seu médico.
Anticolinérgicos (severidade moderada)
O uso prolongado de prednisolona junto com anticolinérgicos, como a atropina, pode aumentar a pressão intraocular (dentro dos olhos).
Anticoagulantes (severidade moderada)
A combinação de prednisolona com anticoagulantes, como derivados cumarínicos, indandionas, heparina, estreptoquinase ou uroquinase, pode alterar os efeitos desses medicamentos. Normalmente, os efeitos dos anticoagulantes, como cumarínicos ou indandionas, diminuem, mas em alguns casos podem aumentar. Por isso, pode ser necessário ajustar as doses e acompanhar o tempo de protrombina (coagulação do sangue) durante e após o uso de prednisolona.
Além disso, há um maior risco de feridas no estômago ou intestino (úlceras) e de hemorragia. Essas interações exigem acompanhamento médico cuidadoso.
Agentes antidiabéticos (severidade moderada)
Quando a prednisolona é usada junto com medicamentos para diabetes, como glimepirida, metformina, sulfonilureia ou insulina, pode aumentar os níveis de açúcar no sangue. Por isso, pode ser necessário ajustar a dose desses medicamentos.
Agentes antitireoidianos ou hormônios da tireoide (severidade moderada)
O uso de prednisolona junto com medicamentos para tireoide, como levotiroxina, pode alterar a condição da tireoide. Essas mudanças podem ocorrer devido à administração, ajuste de dose ou interrupção desses medicamentos.
Em pessoas com hipotireoidismo, o organismo elimina os corticosteroides mais lentamente, enquanto em pacientes com hipertireoidismo, a eliminação é mais rápida. Por isso, pode ser necessário ajustar a dose de prednisolona, com base nos resultados de testes da função da tireoide.
Estrogênios ou contraceptivos orais contendo estrogênios (severidade moderada)
O uso de prednisolona junto com estrogênios ou anticoncepcionais que contenham estrogênios pode alterar o metabolismo do remédio. Isso faz com que ele demore mais para ser eliminado do corpo, aumentando os efeitos e o risco de toxicidade dos glicocorticoides, como a prednisolona. Por isso, pode ser necessário ajustar a dose da prednisolona durante e após o uso combinado.
Glicosídeos digitálicos (severidade moderada)
Usar prednisolona junto com medicamentos como digoxina pode aumentar o risco de arritmias (problemas no ritmo do coração) ou intoxicação causada pela digoxina. Isso ocorre devido à queda nos níveis de potássio no sangue (hipocalemia).
Diuréticos (severidade moderada)
A combinação com diuréticos, como furosemida e hidroclorotiazida, pode afetar a retenção de sódio e líquidos no corpo, reduzindo a ação de ambos os medicamentos. Diuréticos que diminuem o potássio, quando usados com corticosteroides, podem causar queda nos níveis de potássio no sangue (hipocalemia), o que aumenta o risco de problemas cardíacos.
Por isso, é importante monitorar os níveis de potássio no sangue e a função do coração durante o uso desses medicamentos juntos.
Somatropina (severidade moderada)
O uso prolongado de prednisolona em doses altas pode interferir no efeito de medicamentos como somatrem ou somatropina, dificultando o crescimento. Isso pode acontecer com doses diárias acima de 2,5 a 3,75 mg de prednisolona oral ou 1,25 a 1,88 mg de prednisolona injetável (por m2 de superfície corporal). Se doses maiores forem necessárias, a administração de somatrem ou somatropina deve ser postergada.
Barbituratos e drogas indutoras enzimáticas (severidade moderada)
O uso de prednisolona junto com medicamentos como barbituratos (ex.: fenobarbital) e outras substâncias que aumentam a atividade das enzimas do fígado (ex.: fenitoína, carbamazepina) pode acelerar o metabolismo da prednisolona. Isso significa que pode ser necessário aumentar a dose de prednisolona durante o tratamento combinado.
Isoniazida (severidade menor)
O uso de prednisolona pode acelerar o metabolismo e a eliminação da isoniazida pelo fígado, o que reduz os níveis desse medicamento no sangue e sua eficácia. Isso é mais comum em pessoas que processam a isoniazida mais rapidamente (acetilação rápida). Por isso, pode ser necessário ajustar a dose da isoniazida durante e após o uso conjunto.
- Interferência em exame laboratorial:
Dosagem de Digoxina no sangue
O uso de prednisolona pode causar um aumento falso nos níveis de digoxina, que é um medicamento para o coração. Isso significa que os exames podem mostrar níveis mais altos de digoxina do que realmente existem.
Testes para diagnóstico de infecções e testes de alérgenos
O uso da própria prednisolona pode interferir em exames laboratoriais. Ela pode alterar o teste de "Nitroblue tetrazolium" usado para detectar infecções bacterianas, causando resultados falso-negativos. Além disso, os corticosteroides podem reduzir as reações em testes feitos na pele.
Onde armazenar a prednisolona?
Guarde o medicamento em temperatura ambiente (entre 15 °C e 30 °C), longe da luz e da umidade. Evite guardar medicamentos na cozinha e no banheiro, principalmente em locais onde as temperaturas costumam chegar acima de 30 ºC.
Confira as informações sobre o lote, a fabricação e o prazo de validade na embalagem e não use o medicamento se estiver vencido. É indicado também mantê-lo sempre na embalagem original.
Antes de usar, verifique se o remédio está em boas condições. Mesmo dentro do prazo de validade, se notar algo diferente no aspecto, procure um farmacêutico para saber se pode utilizá-lo. E, lembre-se: todos os medicamentos devem ser mantidos fora do alcance das crianças.
O que fazer se esquecer de tomar este medicamento?
Se você esquecer de tomar o medicamento ou não puder usá-lo no horário certo, tome assim que lembrar. Mas, se já estiver perto do horário da próxima dose, tome apenas essa próxima dose, sem dobrar a quantidade.
Quais os possíveis efeitos colaterais e reações adversas da prednisolona?
A prednisolona pode causar efeitos colaterais semelhantes aos de outros corticosteroides, e eles geralmente podem ser reduzidos ou revertidos diminuindo a dose, o que é preferível a interromper o tratamento. Esses efeitos podem se tornar mais graves se a dose ultrapassar 80 mg/dia.
Reações comuns (entre 1% e 10% dos casos):
Problemas no sistema digestivo: aumento do apetite, má digestão, úlceras no estômago ou duodeno que podem causar sangramentos e perfurações; inflamação no pâncreas e esôfago —com úlcera.
Efeitos no sistema nervoso: nervosismo, euforia, cansaço e dificuldade para dormir.
Problemas dermatológicos: reações alérgicas locais.
Alterações nos olhos: catarata, aumento da pressão intraocular (dentro dos olhos) e olhos saltados. Infecções nos olhos por fungos ou vírus podem ficar mais intensas.
Alterações endócrinas: pré-diabetes, manifestação de diabetes mellitus latente, aumento na necessidade de insulina ou remédios para diabetes e elevação dos triglicérides no sangue em caso de doses elevadas.
Reações incomuns (entre 0,1% e 1% dos indivíduos):
Problemas dermatológicos: cicatrização lenta, pele fina e frágil, manchas pequenas vermelhas (petéquias), manchas roxas (equimoses), rosto avermelhado, suor excessivo, reações alérgicas na pele (urticária), inchaço nos olhos e lábios, dermatite alérgica. Além disso, facilidade para ter hematomas, espinhas no rosto, peito e costas, e estrias avermelhadas nas coxas, nádegas e ombros.
Alterações neurológicas: convulsões, aumento da pressão intracraniana com papiloedema (pseudotumor cerebral) —usualmente após tratamento—, dores de cabeça, tontura, agitação, problemas nos nervos causados por falta de circulação sanguínea (alterações isquêmicas), alterações no eletroencefalograma e crises.
Efeitos psiquiátricos: sensação de euforia, depressão grave com alucinações ou pensamentos confusos, mudanças na personalidade, irritabilidade intensa e alterações no humor.
Problemas endócrinos: irregularidades no ciclo menstrual, sinais de síndrome de Cushing (como rosto arredondado), crescimento mais lento de fetos e crianças, dificuldade das glândulas adrenais e pituitárias em responder ao estresse (como cirurgias ou doenças). Em alguns homens, pode haver aumento ou redução no movimento e quantidade de espermatozoides.
Problemas no sistema digestivo: inchaço no abdômen, diarreia ou prisão de ventre, náusea, vômitos, perda de apetite (que pode levar à perda de peso) e irritação no estômago.
Alterações nos líquidos e sais do corpo (hidroeletrolíticas): retenção de sal e líquidos, perda de potássio no sangue e aumento da pressão arterial, agravando problemas como insuficiência cardíaca em pessoas vulneráveis.
Efeitos nos músculos e ossos: fraqueza muscular, perda de massa muscular, osteoporose, morte dos ossos do ombro ou quadril (necrose), fraturas em ossos longos ou na coluna, piora da miastenia gravis e ruptura de tendões.
Problemas metabólicos: perda de nitrogênio por causa da quebra de proteínas no corpo.
Outros possíveis efeitos (observados em pós-venda, sem frequência exata)
Arritmias (batimentos acelerados ou lentos), perda de proteína na urina, ganho de peso, dores no peito e nas costas, sensação geral de mal-estar, palidez, sensação de calor ou frio, mudanças na cor da língua, dentes sensíveis, excesso de saliva, soluço, boca seca, falta de ar, coriza, tosse, urinar com mais frequência, má circulação nas extremidades, perda ou alteração do paladar e do olfato, músculos mais contraídos, movimentos involuntários dos olhos, paralisia facial, tremores, aumento da libido, confusão, distúrbios no sono e sonolência.
Sempre siga a orientação médica e monitore os efeitos durante o tratamento. Se você perceber qualquer reação indesejada, procure um médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico. Também informe à empresa fabricante através do serviço de atendimento ao cliente.
O que pode acontecer em caso de superdosagem?
Não há relatos claros sobre os efeitos de ingerir acidentalmente grandes quantidades de prednisolona em um curto período de tempo.
Uma superdose aguda com corticosteroides, incluindo prednisolona, geralmente não representa risco de morte, exceto em doses extremas. Altas doses por poucos dias dificilmente causam efeitos graves, a menos que o paciente tenha contraindicações, como:
Diabetes mellitus (diabetes);
Glaucoma;
Úlcera péptica ativa;
Uso de medicamentos como digitálicos (por exemplo, digoxina), anticoagulantes cumarínicos (como a varfarina) ou diuréticos que reduzem o potássio (furosemida ou hidroclorotiazida, por exemplo).
Se ocorrer um consumo de dose extrema a orientação é que:
Não tente provocar vômitos e evite comer ou beber.
Procure imediatamente um serviço médico, levando a embalagem do remédio e, se possível, informe a quantidade exata ingerida.
Você também pode entrar em contato com o Centro de Assistência Toxicológica da sua região para obter orientações específicas sobre o caso.
O tratamento no hospital pode incluir indução de vômitos (êmese) ou lavagem gástrica para limpar o estômago, além de tratar qualquer complicação associada de forma específica.
Caso precise de mais orientações, ligue para 0800 722 6001 (Disque Intoxicação).
Revisão técnica do texto feita por: Alexandre Bechara, farmacêutico, doutor em farmacologia pela Unifesp e coordenador do Grupo Técnico de Trabalho em Educação Farmacêutica do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo).
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.