Covid-19: terapia da Regeneron reduz mortes entre pacientes hospitalizados
Um coquetel de anticorpos de covid-19, desenvolvido pela Regeneron Pharmaceuticals e pela Roche, reduziu mortes em pacientes hospitalizados cujos próprios sistemas imunológicos não haviam produzido uma resposta, segundo um estudo britânico nesta quarta-feira.
A terapia, REGEN-COV, recebeu autorização para uso emergência em pessoas com covid-19 de leve a moderado nos Estados Unidos, mas os resultados do teste RECOVERY passam evidências mais claras da sua eficiência entre pacientes hospitalizados.
O estudo descobriu que a terapia de anticorpos reduziu em um quinto a mortalidade ao longo de 28 dias de pessoas internadas no hospital com Covid-19, cujos sistemas imunológicos não havia construído uma resposta de anticorpos, conhecidos como soronegativos.
O resultado mostrou seis mortes a menos a cada 100 pacientes soronegativos tratados com a terapia, disseram os pesquisadores.
Não houve efeito discernível do tratamento em pessoas que haviam gerado respostas naturais de anticorpos.
"As pessoas estão muito, muito céticas de que qualquer tratamento contra esse vírus funcionária quando as pessoas chegarem ao hospital", disse Martin Landray, o investigador-líder conjunto do teste, a repórteres.
"Se você não criar anticorpos sozinho, seria benéfico se recebesse alguns", afirmou.
O tratamento também reduziu a estadia no hospital de quem era soronegativo e reduziu as chances de precisar de um ventilador mecânico, disse Landray.
Houve 9.785 pacientes hospitalizados com Covid-19 que foram aleatoriamente selecionados para receber o tratamento habitual mais a terapia com a combinação de anticorpos ou apenas o tratamento habituai, dos quais 30% eram soronegativos.
O teste RECOVERY também mostrou que o esteróide dexametasona e o remédio para artrite da Roche Actemra (tocilizumabe) cortou mortes em pacientes hospitalizados.
Outras empresas estão desenvolvendo tratamento similares.
A autorização de uso emergencial nos EUA foi concedida ao tratamento com anticorpos desenvolvido pela Eli Lilly and Co e pela Vir Biotechnology, com a GlaxoSmithKline. Os dois foram aprovados para tratamento de casos leves a moderados.
Na terça-feira, a AstraZeneca disse que sua terapia de anticorpos não mostrou evidências de proteger pessoas de desenvolverem a doença após exposição, embora outros testes do seu coquetel como prevenção ou tratamento estejam em andamento.
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